segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Two Gallants - Os Franciscanos

Depois da surpresa de Paredes de Coura, começava o meu caminho para afinidade a uma banda, que cedo encantou. Two Gallants eram bem mais que uma revelação. O título do texto pode ser controverso, e aberrante, obvimanete para quem não conhece a banda. Mas para além de terem o carisma do facto de serem um dueto, têm a agradável caracterísitca de serem oriundos de uma cidade que há muito e durante anos foi uma meca da música juvenil. São Francisco no final dos anos 50 e início dos anos 60 era o destino de muitos peregrinos rebeldes, que se reviam numa luta pelo fim da opressão dos velhos costumes, e procuravam libertar-se, prematuramente, do jugo dos progenitores. Abrindo os seus horizontes através de drogas alucinogénicas, para as quais não era conhecido os seus verdadeiros efeitos. Contudo ajudaram a construir um íconicidade, que só agora pertence a uma década como a de 60.
Foi neste ambiente, volvidos mais de 40que Adam Stephen e Tyson Vogel se juntaram, com as suas carreiras individuais. Adam Stephens parece o lado triste do filme Juno, mas a guitarra country, e a harmonica, com a batida forte, e peculiar de Tyson Vogel. No início fazia comparações com outros grandes duetos, mas não tem nada que ver. Os Two Gallants não são mais nada do que eles prórpios, com a sua humildade, com as suas camisasde flanela, falando de problemas quotidianos urbanos, e de amores desavindos. de certa maneira, não deixa de haver uma marca típica dos blues nos Two Gallants, mas que eles abordam à sua maneira, pois Adam Stephens não deixa de ter uma incrível preferência por dedilhados e arranjos quase desconexos e assimétricos, quase como que, momentaneamente, e ao acaso a música surgisse. As músicas dos Two Gallants não têm uma forma rigída e pré-definida, é bastante sentida e emotiva, o que a faz variar várias vezes consoante os segmentos, caso disso é Two Days Short Tomorrow, ou Deader. Como se pode ver facilmente pela batida de Tyson Vogel .
Os duos têm uma característica muito particular o facto de, serem extremamente criativos. Apesar de serem recentes (formaram-se em 2002), os Two Gallants têm já três álbuns e dois EP's, e múscas bastante compridas para um grupo tão reduzido. Excelência disso é Crow Jane do álbum the Throes. Não deixam, apesar do seu traço característico do blues e folk, terem variações interessantes como em Fail Hard to Regain, com o riff quasi-punk de stephens a puxar a batida rufante de Vogel. Two Gallants são para mim das bandas mais marcantes dos últimos tempos, e dos que hão-de vir......

2 comentários:

Anónimo disse...

tenho de sacar / tens de me mandar o álbum todo, porque gostei da que me mandaste.
e em paredes foi um concerto mágico, apesar do desconhecimento, com o sol ainda quentinho a pôr-se.

é esperar que voltem a um espaço mais intimista.

odete almerinda disse...

pareciam tão deslocados em Paredes de Coura, mas são bosn, sim! Precisamos de os ver num concerto em nome próprio!
Bjs