segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Festa do Avante - 5,6 e 7 de Setembro, Seixal


Este ano celbrou-se a 32ª Edição da Festa do Avante, o último grande festival de Verão, se é que lhe podemos assim chamar. Este foi dos anos em que o meu entusiasmo pela Festa caiu um pouco, e se como no ano anterior não pudesse ir, não ficaria tão incomodado.

De novo a Festa voltou a surpeender-me, mostrando porque não é um centro comercial ao ar livre, e é sem dúvida umas das iniciativas mais emblemáticas no nosso país, superando o célbre centro comercial ao ar livre «Rock In Rio». Para além da música, que é excelente e desconhecida, a Festa do Avante leva um pouco de todo o nosso país, com as comissões regionais do partido a levarem um pouco da tradição das regiões ao subúrbio da península de Setúbal. Não conta apenas com excelente gastronomia (mesmo assim houve quem se rendesse às cadeias de comida rápida que com mau grado de ano para ano entram no recinto da Festa), mas vestuário, livros, debates, teatro e muita música, e participação de organismos internacionais comunistas.


Todos os anos a Festa parte com um tema, este ano era comemoração dos 160 anos do Manifesto Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels publicado em 1848. uma das grandes novidades era a noite de abertura com Ópera que, infelizmente, não ocorreu pela forte chuva que desabou na 6ª feira. Mas isso não desanimou os visitantes, pelo menos alguns que continuavam com algumas «bengalas» a deambular pelo recinto. E para o bem de muita gente, a Festa do Avante não é para os comunistas apenas, mas para todos aquelesque gostam de convívio e de boas iniciativas colectivas. Obviamente os visitantes não podem descurar propaganda e slogans que proliferam na Festa, e o habitual Comício de Domingo, mas isso é claramente ultrpassável para muito boa gente.


Felizmente a Organização do Partido não tem dinheiro para pagar grandes cachés aos artistas, por isso, esforçam-se por trazer grandes artistas portugueses e estrangeiros um pouco desconhecidos do grande público, com excepção de alguns portugueses. Ao fim de um tempo torna-se um bocado repetitivo, mas a Festa tem o seu ambiente próprio, de passo a redundância, festa. Deste modo, artistas como Xutos & Pontapés e Da Weasel, são prenseças anuais na Festa. Ao fim de umas edições cansam, outros não chgeam a cansar, porque ficam pela abstinência de audiência.

Claro que um dos pontos fortes da Festa é a habitual Carvalhesa, que abre e encerra as actuações no placo 25 de Abril. No Sábado acturam entre outros, Galandum Galandaina e Kum pania Algazarra. Foi memorável, também jantar Salda de Polvo a ouvir um tributo a Carlos Paredes no Palco da Zona de Setúbal. Ao fim da noite deu para ver Camané no Auditório 1º de Maio. Camané foi muito bom, e houve apelo, mesmo pelas camadas mais jovens. Já o último dia foi o fatídico encerramento, mas foi bom rever Wragyunn e Terrakota, os primeiros hão-de com certeza voltar com mais amor, para todos os camaradas.....

1 comentário:

Anónimo disse...

o avante deste ano foi memorável pelo camané, pelo maluco do paulo furtado e pelo arroz de polvo.
e por tudo o resto... :)