terça-feira, 9 de setembro de 2008

METALLICA - DEATH MAGNETIC (2008, VERTIGO)

O nono álbum dos quarteto de São Francisco é, sem dúvida um dos álbuns mais aguardados desta década, até deste novo século. Provavelmente até mais, depois que St. Anger arruinou as expectativas dos fãs em 2004 com uma sonoridade ranhosa, fraquinha, pouco elaborada, nada que tenha que ver com os Metallica. Aí estamos de acordo. E Death Magnetic é aquilo que os «hard-core» fãs dos metallica esperam há anos, senão mesmo décadas com um toque de amadurecimento. E Death Magnetic é isso mesmo, uma atracção fatal para os fãs clássicos dos Metallica, vestidos de cabedal e pretos, com camisolas de Anthrax e Slayer à mistura.


Sim nesse Death Magnetic é um bom álbum, não é um grande álbum, um excelente álbum. Parece um álbum extraído directamente da década de 80, só que com um som nítido e tratamento nítido que na altura não era possível dar.


Depois da desilusão, os Metallica passaram duas digressões a tocar material antigo e de baú, cedo se percebeu que a era nu-metal estava ultrapassada, e os Metallica a aperceberem-se de que o seu posto na era do metal era material ultrapassado com bandecas modernas a elevarem o seu nível técnico e de performance como os Avenged Sevenfold, e outras tantas com excelente nível como os Mastodon a retornarem às origens dos Metallica e a tomá-las como influências.


A necessitarem de um novo rumo, os Metallica fizeram a melhor coisa que podiam, fazer digressões. Por isso Death Magnetic é tudo aquilo que o povo pedia «novo velho material». Não se pode dizer que Death Magnetic seja algo inesperado, pelo contrário tem tudo aquilo que era esperado, ultrapassando todas as expectativas. Extensas composições, com a média das músicas a rondar os 7/8 minutos, instrumentais (Suicide & Redemption), e trilogias (The Unforgiven III). That was just Your life é o clássico, rápido e trepidante com riffs e batidas a superar a velocidade de uma NSR, e Lars Ulrich a melhorar significativamente o nível da sua performance. Contudo ele só voltou a ser o que era.


Os riffs continuam a ser brutais, aliás esse é o ponto forte de Hetfield, um excelente riff meister, cabendo os solos recuperados a Hemmett que parece reucperado da sua encruzilhada, voltando a pegar na sua Gibson Flying-V e rompedo em The End of the Line, ou no clássico Broken, Beat & Scarred. Aliás para culminar esta composição e completar o álbum de família em grande só faltava ressuscitar o Génio do 5 cordas Cliff Burton. Trujillo mostra, no entanto, porque é merecedor do título em All Nightmare Long.


Os Metallica voltaram à sua velha forma, mas não se deixem levar pois não estamos na década de 80 e o Master of Puppets já foi há 20 anos. É um excelente álbum sim sra. mas não traz nada de novo, mas outra vez recordar é viver... P.S. Oiçam Cyanide e The End of Line. Grandes riffs.

3 comentários:

ricardo disse...

...o meu album de referencia dos Metallica é o "black ambum"...tudo o que veio depois disso não me seduz... ;)

Refugee disse...

és capaz de gostar deste, se gostares do Ride the Lightning e do Master of Puppets. è muito semelhante aos clássicos dos Metallica...

André Sousa disse...

Isto sim, é Metallica dos bons velhos tempos!
Um regresso á forma 18 anos depois do "Black Album"