segunda-feira, 15 de setembro de 2008

ÁLBUNS CONCEPTUAIS#1: CAMEL - THE SNOW GOOSE (1975, Decca Records)


Em 1975, e após um relativo sucesso, os Camel como fervorosos adeptos da onda progressiva, que estava a gozar os seus últimos anos de auge, antes do advento do punk, decidiram prosseguir com adapatação da obra de Paul Gallico, com o mesmo nome. Já em Mirage White Ryder tinha a sua inspiração na obra do emntor da literatura fantástica de J.J.R. Tolkien. Não seria a primeira vez que a literatura faria incursões pelo mundo do rock, mas não era esse o fundamento, tentava-se assim fazer a música como veículo de mensagens, de histórias, a criação de um cenário melódico, transportador de mentes. Já os Zeppelin aproveitaram o cenário idílico de Tolkien por mais que uma vez, e assim como os Yes o fizeram, e os Genesis haviam de repetir.

Tal como sucedeu com os Genesis em 1973, em que Mike Rutherford propôs a adaptação do clássico de Saint-Exupéry, o Principezinho, também Andrew Latimer e Peter Barden estiveram num impasse sobre que obra adaptar para o universo musical. O esboço inicial era a adaptação de o clássico de Herman Hesse, Siddartha, a história de Budha.
Os Camel preferiram usar apenas o insturmental como veículo da sua mensagem e não admira que seja o álbum da banda mais reverenciado até hoje. Num estilo paisagísitoc e influenciado pelos Floyd, o álbum despoleta-se ao som de pianos calmos e agradáveis e passivos. The Great Marsh é uma abertura soberba com Andrew Latimer a reforçar o papel de um grandeflautista, pois os teclados e esta conjugam-se como dois cisnes encatados. O álbum é, provavelmente dos melhores e mais ocultos álbuns que a era progressiva produziu, e infleizmente as técnicas de marketing falharam em dar-lhes a ascensão e o reconhecimento que mereciam.
DePois de uma excelente abertura no campo Rhayader a nossa personagem vai para a cidade, nestas faixas, Latimer demonstra de como não vive apenas de sopros, e o harpejo em em Sanctuary não é de menos, e como quem compõe um arranjo clásscio moderno superam-se em Friendship. Os instrumentos modernos parecem ser levados pelo sons majésticos do violoncelo e das cordas, mas é tudo o grande poder dos mellotron. E os atributos de coros em surdina não ficam de fora, como é visível em Migration. The Snow Goose, quase que poderia ser a derradeira banda sonora de Fernão Capelo Gaivota.
Apesar de se encontrar no fundo de um pantâno de um rock há muito esquecido, os Camel são representativos de um movimento, que teima em renascer, encontrando-se em Snow Goose um dos seus expoentes máximos, de um moviemtno que teima, e bem, em renascer....

1 comentário:

André Sousa disse...

è talvez o melhor álbum que os Camel gravaram, mas também gosto muito do "Moonmadness".
Eram Grande banda, injustamente esquecida nos dias que correm.

Abraço

PS: Estou triste pela morte do Rick Wright