segunda-feira, 21 de setembro de 2009

PEARL JAM - BACKSPACER (2009, SONY BMG)


Os sobreviventes de Seattle parecem não perder fulgor, nem vitalidade com a idade. Este quintento acaba por ser o último legado de uma geração de bandas pelo menos com este alinhamento, tirando Matt Cameron que foi baterista dos Soundgarden. De resto todos os actuais membros dos Jam estão lá desde a sua origem. Não deixa de ser curioso que na própria incipiência desta banda está um grupo de tributo, ao vocalista de Mother Love Bone da qual Jeff ament e Stone Gossard fizeram parte.
E volvidos quase 20 anos de carreira, um estilo que atravessou a decandência e o seu revivalismo relâmpago, e 10 discos, os Jam vêm sem grandes floreados, nem aspirações megalómanas. Nem essa foi atitude Grunge, porque apesar do som deles não ser o Grunge puro, a «filosofia» não deixa de comparecer.
Eddie Vedder não deixa de a sua voz esganiçada bem ao estilo de Do the Evolution? ou Stone sacar os riffs nitidamente rock. Os Jam são a mesma banda de sempre, a banda das guitarras - como se vê em Johnny Guitar, ou de inspirações humildes modestas como transparece em Just Breathe ou nas afinidades surfísticas de Eddie Vedder como Amongst the Waves que parece mais o Lado B de Given To Fly, Unthought Known um remix de Indifference, e Supersonic ou até mesmo The Fixer, um remake Not for You. Parece o mesmo gelado só que com sabores diferentes, só que daqueles que queremos provar todos os sabores.
Mas apesar de cada álbum deles ser uma cópia do anterior, os Jam tem a faceta nunca fazer cada álbum novo um álbum cansativo. E a cada novo trabalho são os mesmos velhotes em roupa nova. Quem não tem um pingo de saudosismo ao lembrar os tempos de liceu com Gonna See My Friend ou a Adrenalina com Got Some. E o facto de ficarem mais velhos nota-se cada vez mais a concisão dos trabalhos, talvez proque tenham medo de não conseguir acabar cada disco que começam. É um álbum passageiro, é verdade, mas mesmo assim não deixa de ser marcante.
Se há algo que se torna dificíl com os anos é manter-se fiél às raízes, inovando.

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