sexta-feira, 11 de setembro de 2009

EAGLES - LONG ROAD OUT OF EDEN ( 2007, LOST HIGHWAY RECORDS)


Os Eagles não foram, nem provavelmente serão uma banda do meu afecto. Mas temos que lhes reconhecer algum valor, sobretudo o seu profissiona-lismo. Obviamente o seu rock não pop, mas equiparável ao designado «soft rock» dos Chicago com aquelas baladas melosas, chegam quase a ser enfadonhas, fazem discos que parecem ser baladas mundanas de momentos quotidianos. O facto de Hotel California ser o seu único reflecte-se na incapacidade de produzirem algo mais do que aquilo. Long road Out of Eden, tem uma enorme panóplia de canções que nos consegue passar ao lado. Porquê? Porque não é nada que já não se tenha ouvido. Parece que os saloios californianos, andaram anos a compilar cançoes para depois nos encherem os ouvidos com um álbum duplo e 90 minutos de música. A música é agradável e tudo mais, mas é dos mais passageiro que existe. Não admira que sejam muitas vezes conotados como pirosos.
Depois são daquelas bandas que gostam de trocar as vozes como quem troca de camisas, o que nos leva a pensar onde está a voz de Hotal California e a trocar a autoria por uns Boston ou coisa que o valha. I don't want to hear any more então é ideal para clímax de novela, e Waiting in the Weeds idem, e What do why do with My Heart ou Do something, ibidem. Temas que fazem jus a boys bands, só que tocam bem os instrumentos. De certa maneira os Eagles são os quotas pirosos que criaram toda esta moda ranhosa e destrutiva. Talvez, esteja a exagerar na última para, mas a pecar po defeito na 1ª parte. Está bom que eles são músicos competentes, só que isso não justifica tudo.
Depois vem o fatalismo e a antecipação do futuro negro, juntamente com a tendência ambientalista. Isso sim é um ideal nobre, constatável logo na música de abertura com No More Walks in the Woods, e Waiting in The Weeds. A 1ª num aproximado dos Jethro Tull só que longe da potencialidade dos britânicos e o seu folk rock progressivo.
Apesar de algumas letras de assunto diferente, o quarteto falha por sempre se aproximar das paixonetas e dos corações partidos. Eu, pessoalmente prefiro Corações felpudos.
Alguma coisa muda, mas é mais para os lados de Prince, com Fast Company, com um funk sedutor e um falsete tudo menos original. Tudo música estereotipada. é incrível como alguns artistas conseguem fazer tanto daquilo que já se fez. Não admira que no Pavilhão Atlântico o pessoal começasse a adormecer ao fim de 10 minutos de concerto.
Tentam também criar o seu épico, résteas do experimentalismo dos anos 70 em que as músicas eram tanto melhores, quanto maior o seu comprimentos. Com este mote chega-nos Long Road Out Of Eden. Como não podia deixar de ser segue o compasso habitual. Não há um música que seja verdadeiramente rápida ou em ritmo acelarado tirnado a princeana.
Se quiserdes relaxar, este é o melhor, directamente para banda sonora de aula de yoga, tão relaxanta que até tira a moca a qualquer um.

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