quinta-feira, 17 de setembro de 2009

DAVID GILMOUR - LIVE IN GDANSK (2008, EMI)



David Gilmour apostou fortemente na digressão do seu último álbum de originais On An Island. Para mim parece-me uma ordem natural dos acontecimentos que as Editoras Discográficas façam Eidções especiais por tudo quanto é disco.
Mas o passo mais marcante desta edição ao vivo não os seus inúmeros formatos, mas acabou +or ser um tributo a Rick Wright que deu o seu último contributo para a música e para o seu amigo e companheiro de banda, que o resgatou do isolamento após a forte querela interna que gerou The Wall. Fez 1 ano, nos meus 23 de vida que faleceu Richard Wright teclista e compositor dos Pink Floyd.
Mas quando Gilmour gravou foi em Agosto e este sempre confessou a sua paixão pela polónia, país que por sua vez tem fortes raízes culturais e que se manifesta pelo gosto de música erudita. Não admira que tantas bandas como os Dream Theater, os Tool tenham já fortes digressões por essas bandas e pelo Báltico fora.
O sentimento de nostalgia é forte. Começa logo com Dark side of The Moon revisitado, não fosse ele um álbum mítico. Speak to Me, Breathe, Time e a Breathe (Reprise) servem de mote imediato ao início do concerto. Mas isto é David Gilmour a solo e não Pink floyd camuflado e o reportório faz questão de demarcar isso, embora não pareça. De On an Island veio praticamente todo o alinhamento do 1º cd. Castellorizon, On an Island, the Blue, Red Sky at Night, A Pocketful of Stones (que quase faz lembrar a emblemática Saucerful of Secrets), ou The I Close My Eyes.
Live in Gdansk faz lembrar muito Remember That Night no Royal Albert Hall, com excepção da Particpção da Filarmónica do Báltico. num aspecto muito Score de Dream Theater, a Orquestra aparece na 2ª parte do alinhamento com os clássicos a serem revisitados, especialmente nouvelle specialle Echoes, que muitos jovens apreciam cada vez mais, sobretudo esta nova geração de polacos. Contudo, e para não ser tudo igual, Gilmour fez questão de fazer uma versão diferente desta vez, com um início acústico que dá um ar todo estranho ao épico. Rick wright reescreve assim um dos melhores solos de teclado. Pouco virtuoso, mas genial. Aliás essa foi sempre uma das grandes marcas de Rick Wright.
Cedo nos apercebemos porque todo o trabaklho a solo foi espectado de empreitada, porque a 2ª parte foi reservada para o saudosismo e Gilmour vai mesmo ao passado profundo para relembrar os Floyd de Syd Barrett com Astronomy Domine, os seus Floyd com Fat Old Sun e a despedida dos Floyd com A Great Day For Freedom e a exultação do período pós-Cortina de Ferro, afinal muita gente associou essa ideia a The Wall. Melhor acabou por ser a prestação do Sorcererful of Secrets que revelou na destreza de improvisação mágica em Shine On You Crazy Diamond e os seus incríveis dotes par tocar Saxofone, ao lado do velho companheiro dos Floyd, Dick Parry. Foi pena Portugal ter ficado de fora desta última venue.

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