quarta-feira, 9 de setembro de 2009

FESTA DO AVANTE - DIAS 3, 4 E 5 DE SETEMBRO, QTA. DA ATALAIA, AMORA, SEIXAL

Festa do avante significa mais do que um evento social. Como alguém disse, ela não pode ser alguma vez encarada como um Festival. Se o fizermos, a sua essência perder-se-á. Não é por acaso que se chama Festa. Obviamente que tem um grande palco, com vários outros distribuídos pelo recinto, um grande cartaz com muitos artistas, mas a Festa é bem mais do que isso. Começa desde logo pela diversidade de gente que se cruza pelos caminhos e ruas da Festa, pelas organizações distritais do Partido que fazem questão de trazer à Festa a gastronomia e os costumes de cada recanto do nosso país. O facto de haver Feira do Livro e do Disco, Partidos Comunistas estrangeiros convidados, artesanato, Teatro, Debates e muitas outras coisas. A Festa do Avante é um dos maiores eventos culturais do nosso país, senão mesmo o maior ao ar livre.
Desde há uns anos para cá, que em termos de cartaz, a Organização da Festa tem insistido na num cartaz acessível, mas mais abrangente. Este foi ano foi diferente.
Aproveitando sempre para potenciar artistas nacionais, assistimos a um afastamento dos gajos hip hop (Ufa que alívio!!!) e o Xutos, que não vieram com a cenas dos 30 anos para o Encerramento da Festa. Por outro lado, também temos sempre grandes surpresas com o cartaz. Nomes que nem sequer constam do nosso conhecimento vêm para dar grandes espectáculos. A começar logo pela Gala de Ópera, que este ano foi abençoada por São Pedro. Verdi, Mozart e outros grandes compositores foram homenageados por peças suas célebres numa Gala de Ópera soberba.
Mas a Música clássica foi um acto pouco usual, pelo menos, para o Palco Principal. Já em anos anteriores Tchaikovsky, Rakmaninov foram revisitados em Galas de Tributo.
A música que move multidões, em particular as mais jovens é, sem dúvida, o rock e todas as suas ramificações. Willie Nile foi uma das grandes supresas com o seu Blues Rock americano. Mas mais Blues provaram ser o remédio da melancolia com o sol de sábado a bater forte nos nossos rostos. Guy Davis deu o mote. Hazmat Modine também deram um excelente concerto no Auditório 1º de Maio com o seu Blues erudito, e com a especialidade de ter uma enorme tuba a fazer o som da viola baixo que ainda deixaram uma cover dos Rollign Stones.
Voltando ao palco principal, quem enchia os corações de alegria cada vez mais pop era «a banda do homem que vaia a todas» - os Blind Zero, com a sua anglofonia irritante e das suas aspirações a banda de covers originais dos Pearl Jam. Ainda ontem falava de futebol como ninguém na RTPN.

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