PORTUGAL, THE MAN - CHURCH MOUTH (2007, FEARLESS RECORDS)

Talvez ainda subam mais na nossa consideração se ligarmos o título do álbum ao perído anti-clerical da I República. que bom seria Teófilo Braga, Bernardino Machado e o conspirador José Relvas cantarem a potente Church Mouth em plenos pulmões. Teriam certamente dificuldade em igualar o potencial vocal de John Gourley. Tirando isso, o trio Alaskiano desconhece por completo a nossa alma lusitana, em especial a nossa música. Aliás, Portugal, The Man tem um atitude eclética, e uma aproximação progressiva, muito a par dos Mars Volta.
Com um álbum muito new-rock, eu diria que os Portugal, The Man são um reflexo de novas tendências na música, em particular no rock. Nota-se o recurso a órgãos simples e bluesy, e uma guitarra melodiosa, com uma secção instrumental visível e significativa. É um rock que pode ser facilmente utilizado para pistas de dança, mesmo as mais lentas e melancólicas como o caso de Oh Lord, ou Dawn. De facto, Church Mouth foi a mudança de paradigma na banda, para bandonarem o cássico trio guitarra-baixo-bateria, para empregarem um teclista a tempo inteiro.
E por falar em blues-rock, temos um grande tema, com um órgão e guiarra mesmo ao género de Mattew Bellamy em Bellies Are Full. Nitidamente, o mais bem sacado do álbum. Se calhar com algumas influências de Goldfrapp, mas aquele ritmo e pujança apaga tudo.
Tirnado a bleza do nome, os Portugal The Man demonstram o novo rumo que se segue na história do rock, serão a par dos Wolfmother mais suaves, um dos melhores grupos a seguir durante este século, senão ouçam Children. Um apelo à América profunda.....provavelmente a Michael Jackson.
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