segunda-feira, 6 de outubro de 2008

PORCUPINE TREE - DEADWING (2005, LAVA Records)

Os Porcupine Tree não seriam hoje rotulados na cena metal se não fosse este álbum. Embora In absentia desse alguns passos para um ambiente menos experimentalista que caracterizou grande parte da carreira dos Tree até à entrada de Gavin Harrison, Deadwing junta os Porcupine Tree os já quase mainstream Dream Theater. se pudéssemos ecolher os álbuns mais importantes na carreira dos Porcupine Tree, nos idílicos Grandes 5 (Big 3 como determinados jornalistas ingleses gostam de apelidar), Deadwing permearia os álbuns. Deadwing é um álbum bsatnet apelativo e concentra as grandes características da banda que fazem deles um dos marcos do Metal Progressivo.
E para se fazerem rogar o álbum abre com uma grande composição, onde o perfil vocal de Wilson se mantém, com uma voz de filósofo pacífico, calmo e tranquilo, mas a música reflecte tudo menos isso. O destaque vai naturalmente para a guitarra, campo onde Wilson melhorou bstante, talvez mas ainda do que a voz, e bem sabemos como por vezes é dificíl um vocalista superar-se na guitarra, mas isso deve-se a uma posta mais fraca nos elementos vocais, talvez por Wilson se destcar por uma voz tão característica e o pendor das letras, que alastram um pessimismo e reflectem sobre o profundo vazio da mente, disfarçam um pouco os seus escassos, mas bons atributos vocais. Com certeza os recursos técnicos de Wilson melhoraram e muito... Deadwing é composta por dois solos de guitarras, três riffs principais bem sacados, e um extensa secção instrumental, e a esquizofrenia habitual no coro de vozes.
Melhor seria de esperar da simplicidade, quase nu-metal de Shallow, que só poderia ser o céu para bandas como os Deftones, os Tree elaboram-na com facilidade e distinção, para além do solo esquizofrénico e a integração plena dos teclados de Barbieri. O mesmo se pode dizer de Open Car, que segue o percurso de Wedding nails no álbum anterior, infelizmente não se converteu num instrumental, mas ainda bem que o não fizeram porque, as épicas que faltaram em In Absentia completam Deadwing. E a viagem ao interior da mente revê-se em Arriving Somewhere but not here, canção que deu nome ao DVD da digressão em 2006.
Mas nem só de riffs e ambientes pesados vivem os Tree, aliás as baladas e as músicas introspectivas quase num ambiente lounge, influência que os Tree retiram dos Pink Floyd, encontram-se em faixxas como Lazarus, que por sua vez constituiu single, e etérea Glass Arm Shattering, homóloga da Sound of Muzak de In Absentia. Em termos de estrutura, Deadwing persegue o seu antecessor, mas ultrapassa e de que maneira, e demonstra mais uma vez por que os Tree são das melhores bandas inglesas da actualidade e porque permanecem ainda um pouco desconhecidos

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