quinta-feira, 29 de outubro de 2009

WOLFMOTHER - NEW MOON RISING

Aqui está um bom tema do novo álbum e nem sequer é dos melhores. Esperem para ouvir este grande regresso.

ÁLBUM DE RECORDAÇÕES #1: THE BEATLES - THE WHITE ALBUM (1968, PARLOPHONE RECORDS)


A capa branca, imaculada, simplória e humilde dá ideia de uma atmosfera pacífica. De facto paz era o que mais se desejava nesta altura, pois ela existia mas de fahada, sobre um pano de necessidade e hipocrisia política. Como muitas letras das músicas dos Beatles que predominam em The White Album carregadas de ironia. Não só como retrato social, como também aquilo que lentemente se começava a passar entre os Fab Four, pelo menos segundo dizem. Sarcasmo é a melhor descrição deste álbum. Sarcasmo e paradoxo.
Após Sgt. Peppers, os Beatles aproveitaram um pouco de dinehiro e fama para fazerem um retiro inidividual e colectivo (corrijam-me se estou errado, pois a história dos Beatles não é o meu forte) para o extremo oriente. Nesta altura, o retiro fisíco, implicava um retiro espiritual ainda maior. È no espírito de drgoas alucinogénicas, e graças a uma boa dose de «cavalo», que John Lennon se apercebeu do lado negro da heroína, que incute uma procura ardente, e urgente de felicidade, daí Happiness is a Warm Gun.
Estavamos no auge dos valores Hippies, cultura que os Beatles muito ajudaram a estender, e uma certa procura de valores de igualdade, e desprezo pelos bens materiais, e amor à natureza, fez que se criasse um culto em volta das sociedades socialistas, principalmente a sociedade soviética. Neste contexto de ironia e de restrição do individualismo que os Beatles escrevem «Back in USSR», onde nunca, que eu saiba chegaram a acturar.
The White Album tem uma aproximação criativa claramente distinta dos anteriores. Este é claramente uma compilação de boas canções, que se alinham aleatoriamente, sem respeitar um propósito. Provavcelmente reflectindo o curso da banda, que s encontrava à deriva, De facto, White Album não foi tão bem recebido pelo público quanto os anteriores, e também por ser o primeiro duplo álbum da carreira dos Beatles, com canções maiores, caracterísitcas que os afastavam ligeiramente da pop. Se calhar pela mudança de rumo dos eventos. Para mim tem as composições mais interessantes dos Beatles. While my Guitar Gently Weeps, é daquelas baladas que fizeram nome à guitarra, e a tornaram um instrumento icónico. Além de dqueles êxitos, que todos nos lembramos como Ob-la-di Ob-la-da, Blackbird ou Don't Pass me By. Para mim, as que ficam são os tesouros escondidos, como as irreverentes Revolution1 r 9, ou I'm So Tired, e a psicadélica Everybody's Got Something to Hide Except Me and My Monkey. Dedicada ao Sr. Stalone «Rocky Racoon», quando venceu o Tenente do Exécito Vermelho no ringue. Não há ninguém que componha tão bem quanto os Fab Four....

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

ÁLBUNS MÍTICOS #5: KING CRIMSON - IN THE COURT OF THE CRIMSON KING (1969, ATLANTIC RECORDS)


Fazer reedições dos álbuns tem-se revelado uma mina d'ouro para todas as editoras discográficas. Visto que combater a pirataria está a tornar-se uma luta contra o vento, vale a pena apostar naquilo que não se consegue no mundo virtual, um produto para os fãs. Isto pode parecer um pouco uma rábula idêntica ao do «rei vai nu». Só que temos de admitir que causa alguma diferença desfolhar os livros escritos por gajos que nunca ouvimos falar, que conheceram a banda nos bastidores de não sei onde. Mas qué que isso interessa? Para o gajo verdadeiramente anti-consumista, as páginas do livro passeiam-se pela tela do ecrã, ou se estiverem apenas interessados na música, borrifam-se naquilo que supostamente peritos têm a dizer sobre o assunto.
Isto tudo para dizer que, chegou finalmente o 40º aniversário daquele que foi, é e continuará a ser uma obra única da música contemporânea. Mais, abriu as portas a um género ainda hoje indefinível,  místico e objecto de culto contínuo.
O disco de estreia de qautro jovens britânicos, muito sui generis, foi assim que uma lâmpada mágica. A primeira um recurso forte a um imaginário, a capacidade da música de pintar e transportar o ouvintes para osutros universos. Começamos com o cenário futurista de 21st Century Schizoid Man. Ainda hoje é muito discutido a naturexza desta música, a primeira do mundo no gérnero fusão. Já se assitisa ao experimentalsimo, sobretudo no psicadélico, mas o jazz género já erudito na altura e amadurecido com o rock tradicional e já a tornar-se mais áspero e pesado. Ao som de um baixista ainda deconhecido, que haveira tornar-se num dos porta-vozes de todo este movimento entoava «Cat's foot Iron Claw / Neuro-surgeons scream for more / At paranoia's poison door / 21stCentury Schizoid Man». Isto nem sacado de uma Quinta Dimensão com a mente endrominada de acidos. Depois logo para a paranóia instrumental, que se notava que estávamos perante excelenmtes executnates musicais, com enorme rigor técncio cheios de LSD. A afinação de guitarra caracterísitca de Robert Fripp demandava desde lgo um estilo próprio de tocar guitarra que havia dde ser transportado para todos as outras grandes bandas por exemplo os Yes nas mãos de Howe ou para Steve Hackett dos Genesis. A secção instrumental de 21st Century Schizoid man é muitíssimo parecida com por exemplo Heart of the Sunrise dos Yes. O baixo sonante, com um groove marcado e bastante preenchedor, seria outro dos requisitos de qualquer banda progressiva, ou uma bateria permanentemente em contratempo, com vairações de ritmo tótil rápidas.
Moonchild é o épico de que todas as bandas do género se devem dedicar. Longas composições com a forte influência dao folclore, principalmente o britâncio, que os Pink Floyd já tinham lançado e aprofundaram por exemplo em Umagumma, ou mesmo os Jethro Tull e os Genesis elevaram-na mais ainda durante toda Era Gabriel e mais alguns álbuns posteriores. Pelo meio tem a longa sequência de silêncio e devaneio de topos épicos. Foi assim o paradigma, o molde de todos os grandes épicos do género e faz eco ainda hoje. A estrutura é tal e qual esta. Abertura com letras iniciais, depois longo percurso instrumental até ao regresso das vozes no final.
I Talk To The Wind é a melopeia a viagem pelo mundo clássico, onde a guitarra de Fripp é fundamental para criar o ambiente que será aperfeiçoado pela flauta transversal. E Epitaph também, a presença do vanguardismo com uma forte influência nas raízes tradicioanis. Melhor exemplo disso seria o eterno clássico, que não por acaso Stephen King havia de transpo para o cenário literário e quem sabe dentro em vreve cinematográfico The Court of The Crimson King, o verdadeiro rei mau como as cobras. Quem houve de imediato esta faixa percebe porque é o clássico dos clássicos. O seu arpejo de guitarra, as letras profundas, os coros profundos e arrpiantes, o mellotron acutilante e a bateria sempre bem ritmada que dá uma composição célere à música. Triandoa parte da bateria e do solo de flauta transversal, parece bastante linear, mas é bem complexa, bem intrexicada no culto medieval.
Todas as músicas são a história da definição de um género e para afizar como um quadro bem visível, pois a capa é por mérito próprio um objecto de arte e excelente indicativo do conteúdo do álbum. Uma bíblia do rock progressivo e de todos aqueles que amam música inspiradora.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

WOLFMOTHER - COSMIC EGG (2009, MODULAR)

Quando ficaram conhecidos dos Grande Público (isto porque andaram anos mno anonimato do círculo de bares fazendo jams loucas) os australianos Wolfmother de Andrew Stockdale assumiram-se como uma grande esperança do rock. Não só dele mas de todo o espaço da música pesada. Fortemente inspirados no rock clássico, seguindo os passos de uns Led Zeppelin, ou uns Deep Purple, a música reinventava-se, resfrescava-se com um «voltar às raízes» ou à idade de ouro do rock.
Mas cedo se esperava que tudo viesse por aí abaixo. Três anos sem editar, dois comparsas - Chris Ross e Myles Heskett - a depedirem-se daquilo que era um grupo desde os tempos de juventude. Supreendentemente, Andrew revelou que até estava liviado por vê-los sair porta fora. Agarrou-se aquilo que tinha, uma soberba criatividade e um ouvido muito atento. Foi para casa e ouviu muito. Enquanto o tempo passava arranjou novos compinchas, uns velhos e outros novos conhecidos, caso da guitarra suplente - Aidan Nemeth.
Este álbum não é para meos. Valeiu a pena brilhar, para logo a seguir reverberar nascido das cinzas.
California Queen é um tema mesmo reservadpo ao rock and roll. Cedo percebemos que os novos recrutas não se ficam atrás dos anteriores executantes. Criam tanto espaço e conforto que conferem a Andy mais liberdade par aas suas extravagâncias. Grand emalha de baixo dá lugar a um riff bem à Qotsa para fazer a deixa a Andy para a verdadeira voz espiritual. Puro rock n' roll. Gravado na Califórnia sob o comando de Alan Moulder, um verdadeiro homem do leme.
O álbum não para. Partimos de imediato para New Moon Rising. Um riff mais compassado, mas brutal. Aqui as luzes vão para a mpva secção rítmica renascida em Ian Peres e o seu velho amigo Dave Atkins. Desta vez Adrew não deixa solos de guitarra pelo acaso, sempre com um estilo muito clássico, mas bem sacados. Tudo como dita as regras do revivalismo.
White Feather é mais um desses grandes exemplos, com um riff bem à Jimmy Page e uma voz cativante que combina um rebelde moderno de Ian Gillan com Robert Plant. Stock dale não é apenas bom compositor como um competente letrista, conseguindo fazer um tema de momentos mundanos ou regulares, que esconde muitas vezes uma ironia mordaz.
Mas isso não limita o seu ponto de vista, alargado e abrangente da música. A re-experimentalização chega até às aulas de Yoga, onde descobriu a posição do Ovo Cósmico, nome que lhe pareceu sugestivo. Quando perguntado pelos seus amigos sobre qual seria o nome da música que estavam a ensaiar, Andrew escolheu aquele.
MAs não é só aos clássicos que Andrew vai buscar influências. Sundial, parece umamalha retirada de uma Gibson de Tom Morello, com um solo distrocido, anti-guitarra tão típico deste.
Em suma Cosmic Egg é uma compilação de grandes músicas novas que mostra que estes mentes-abertas continuam no caminho certo, sem dar mostras dele se afastarem.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

PROGRESSIVE NATION 2009 PAV. ROSA MOTA, PORTO 22/10/09

Isto de partir para digressãoes é que dá dinheiro. Já lá vão os tempos em que víamos as bandas actuar por cá de 2 em 2 ou de 3 em 3 anos. Agora é fazer das digressões o ganha-pão, e ainda bem. Com algum custo lá se partiu para o Porto para ver um par de bandas bem amadas. Depois de uma longa viagem e muito stress acabou por se encontrar o muito esperado Palácio de Cristal, junto à Reitoria da Universidade Porto.
Assim que entrámos uma forte decepção, aquele que iria parecer um forte festival para as bandas do género progressivo, revelou-se um concerto diminuto com duas grandes bandas e mais duas de abertura. Para além de que não foi divulgado nenhum horário oficial com a entrada e período de actuação das bandas. Para os mais crentes isto seria uma venue para acabar bem para lá das 2 da manhã. Pensávamos nós.
Perguntei a um espanhol, que nem sequer se dignou a responder em português que banda estava a tocar. O infeliz pensava mesmo que lhe ia responder naquela língua de merda, mas acabei por saber que estava a tocar Opeth. Não acreditei e quis ir verificar. Acabou por se confirmar uma das maioresa f**as da minha vida. Aquela banda que queria ir mesmo ver já esyava actuar e  já com 35% do reportório preenchido com Heir Apparent e a majestos Harlequin/Reverie Forrest a fazwerem parte do Pretérito, Mas que merda. Lotus Eater já bailava e eu a pensar que isto já estaria perto do fim. A minha hora e três quartos de Opeth mais as duas e tal de Dream eram um sonho já passado para quem tinha feito um grande esforço para aqui chegar.

Mas depois os Opeth tocaram uma faiza daquele que é uma das faixas de um dos seus melhores álbuns, Windowpane de Damnation, um álbum inteiramente calmo. Deu para entrar no espírito até vir uma das favoritas directamente do auge da dupla Aekerfeldt/Lindgren, Deliverance tema homónimo do álbum. Poder-se-ia dizer que eram tanto aguardado uns quantos outros e havia muitos bons meninos que pagaram €30 só para ver Opeth. Mas como o último álbum é que dita as regras despediram-se com a fenomenal e épica Hex Omega de Watershed.
Apesar de os membros se esforçarem para produzir um bom som, quem estivesse no limiar da plateia, ouvia a batia de bateria típica de uma sala de eco e uns teclados quase ausentes.
Felizmente ultrapassou-se assim que começou Dream. A Nightmare to Remeber começou como tema de abertura. Começou com muita força e sem grandes agitações com o som da guitarr, bateria e voz a sentirem-se com pujança. Aqui viu-se também a crescente intervenção de Portnoy nos vocais que acabou por ser péssima. O gajo não tem nenhuma colocaçõa de voz decente, e sempre que o faz tem o LaBrie na sua dianteira. Mas ele queria a atitude metal no fim do pesadelo, mas acabou por ser ele a ficar em maus lençóis. Mais vale aguentar a vozinha de «anjo caído maricas» do LaBrie, que é assim mas é uma boa voz.
A seguir era hora de ir aos clássico e Petrucci não faz por menos com a sua guitarra de 7 cordas a tocar 3 músicas de seguida. A densa Mirror com um dueto competente entre mais uma vez Portnoy e LaBrie, só que aqui bem treinado. Para de seguida vir a hard rock Lie.
Já seria de suspeitar o curto concerto assim que Rudess dá lugar ao seu solo de teclados (muita gente que conhece Drea ao vivo já ia pensando isto não vai durar muito). Passando no ecrãzinho, Rudess lá vai fazendo a sua magia pondo até mais tarde o tradicional chapéu de mago, mais o seu boneco no octokeyboard. Prophets of War é a música de regresso seguida de Wither - o habitual momento das curtas. Logo a seguir, e não fosem eles uma banda com uma boa parte de instrumentalidade, Dance of Eternity, com mais uma vez Petrucci a revisitar a sua boa 7 cordas.
Só para o fim é que vinha o melhor alinhamento de todos os concertos que já vi de Dream, Sacrificed Sons e In The Name of God. O primeiro, para mim o melhor tema de Octavarium com The Root of All Evil. Aqui apelaram a um já patético patriotisnmo americano lamechas, com os já agastados bons e maus da fita. Não faz mal porque nós gostamos das músicas e letras. Para continuar com a religião partiram para o negro Train of Thought que é o a depictação do mal do fanatismo. Curioso eles terem tocado os temas conjuntamente porque, de facto, eles interligam-se.
La foram para a pausa e regressaram com o melhor tema de Black Clouds & Silver Linings. Um Pavilhão bem recgheado preparou-se para ouvir um bem agurdado épico com um final estonteante. É a verdadeira sucessora de Stairway to Heaven, com um toque de David Gilmour. Fenomenal guitarra, teclado a criar o ambiente perfeito que a voz murmurante termina em êxtase. Foi por pouco tempo, mas as músicas que escolheram para tocar ultrapassam tudo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

EDITORS - IN THIS LIGHT AND ON THIS EVENING (2009, KITCHENWARE)


Posso dizer qualquer coisa como um grande sacrilégio, mas os Editors sempre me pareceram uns Coldplay mas bem mais alternativos. Intrexicados numa música estranha, e de dificíl acesso. Mas em vez de crescerem no sentido pop, desenvolveram o seu estilo e nele permeneceram como uma moderna banda de culto.
The End Has a Start demonstrou que os Editors eram um projecto a ter em conta e disseminou a projecção que já se lhes vinha advogando. Com In This Light and On This Evening, os editors fazem um bom regresso aquela música obscura britânica dos anos 80 com um forte recurso ao som electrónico e às guitarras com afinações e pedaleiras distorcidas. E regressam com muito para dizer, quase como uma sub-cultura de Madchester renascida bem ao estilo de Echo and Bunnymen ou Joy Division.
Tom Smith mantém altas as expecativas do seu público com letras e vozes fortemente importantes. Tal como um Ian Curtis moderno, ou um Joe Strummer mais melancólico e soturno, continua com as suas paelações filosóficas e poéticas que não são nada de descurar, sobretudo nestes tempos modernos em que valores como a democracia, liberdade e direitos inidividuais parecem estar dados como garantidos. As vozes mantêm-se tão importantes como sempre na música dos Editors e sempre que os ouvimos existe uma mensagem subliminar importante a descobrir. «Papillon» é um desses exemplos que foi directamente extraído como single.
A nível instrumental mantém-se respeitados embora não sejam daquele nível de referência. The Boxer, com mais uma vez a apelar a valores políticos remistura uma boa linha de baixo de Russell Litch com a guitarra do polaco Chris Urbanowicz que lhe dá um efeito estranho e mais uma vez a adaptabilidade de Tom Smith aos teclados que lhe dá uma ascendência clássica bem magnânima. De resto a secção rítmica de Ed Lay mantém-se bem discreta durante todo o álbum épico urbanosem nada de grandes devaneios, até porque trata-se de um veículo ambiental para o desenvolvimento das letras que são o ponto fortíssimo dos Editors.
Like a Treasure é a faixa mais melódica e afectiva que mais uma vez se pinta num quadro urbano típico de uma cidade nocturna iluminada. A música segue um estilo bem compassado, quase acompanhado o tráfego acelarado citadino, muito próximo de uns U2 em The City of The Blinding Lights.
Este álbum marca o próximo passo dos Editors que passam para uma música bem mais preenchifda e ambicionada, com uma produção maior e menos minimalista. Há recursos a maiores potencialidades dos instrumentos e num som mímpido e translúcido, com um cunho espiritual muito forte.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

GRANDES MALHAS#5: THE BEATLES - GET BACK

Com os Fab Four há-de haver muitas músicas para colar. Quase que dá para preencher os dias do ano, com tanta coisa boa que eles têm para nos mostrar. Esta é uma grande malha do verdadeiro rock n' roll. Vejam atitude deste Sr., Sir Paul McCartney, com um apose mesmo rock e rebelde. Quase em ltura de retirarem os Beatles ofereciam dois dos seus grandes álbuns. Há quem ache Let It Be decpcionante. Eu acho que é os Beatles no seu melhor. John Lenno a sacar grandes solos improvisaddos de country rock e Ringo a fumar o seu belo cigarro, George Harrison com um ar descontraído e Paul McCartney com a sua voz esganiçada. Isto mete respeito.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

ÁLBUNS MÍTICOS #3: THE BEATLES - SGT PEPPER LONELY HEARTS' CLUB BAND (1967, EMI/PARLOPHONE)



Com certeza este é um dos álbuns mais icónicos de sempre. A capa memorável, e sempre que se fala dos Beatles é inevitável embater neste colosso.
Para ser granco não consigo indagar da origem do mito, porque de facto tudo o que foi feito a partir daí foram ramificações do que os Beatles fizeram nesta grande viagem mental. E não bastou muito para dizer a verdade. Quem viu imagens de arquivo para verficiar estes granse génios em trabalho, vemos uns escassos microfones, uns quantos instrumentos entre umas guitarras , dois pianos, um baixo, uma betria simplex e uns bongos e maracas para Ringo dar uns toques exóticos. Tudo o resto foi a extraordinária mente humana.
Curioso é a faciloidade com que eles conseguem abordar determinados assuntos, inclusive o próprio fenómeno de banda, ou seja eles próprios. Para isso deram-lhe um jeito conceptual que aliás já andavam a explorar com Yellow Submarine. Num serão, a banda junta-se para entreter uma audiência. Com uma entrada com sopros mutio triunfal, a Sgt Pepper Lonely Hearts' Club Band num ar muito modesto, aprenderam a manejar as tubas e os trompetes e as malhas de guitarra. Nunca foram grande espingarda, iam e siam da moda, mas acabbam por garantir um bom serão. A capacdade introspecção para o próprio megafenómeno musical nunca se viu noutra banda, a capacidade de auto-análise. Vimpos que bnoutras bandas foi até quase que uma expiação, senão uma forma de conflitos, caso dos Pink Floyd e a sua ópera-rock The Wall.
Permanece o talento inato para a composição de canções, e para isso cresce o fenómeno de colectivo, da primazia do arranjo musical de grupo, que sempre superou a composição individual. Os Beatles foram, são e serão sempre maiores do que o fenómeno individual do que os seus membros, mesmo que somados. Daí Witha a Little Help From My Friends mais uma vez uma auto-análise do espectáculo e a relação banda-audiência. Uma grande canção com todos os elementos do sucesso. Não interessa se é comercial. Nem foi essa a intenção dos compositores, mas a capacidade de escolher a melhor nota para cada momento e a harmonica conjunta dos membros. Vemos no fim é como uma fórmula matemática, sabemos que aquele é o rersultado certo e perfeito da articulação de todas aquelas notas.
De Sgt. Pepper sai também aquilo que hpoje em dia é inseprável da música, especialmente do rock. Os Beatles foram os primeiros a explorar e a dissertar sobre essa faceta, e de uma maneira bem inteligente. A revolução social, e tudo o que as drogas ofereceram não veio de Sweet Leaf, Snowblind dos Black Sabbath ou Saucerful of Secrets, Set The Controls for The Heart of The Sun dos Pink Floyd ou Strane Brew dos Cream e tatas que poderíamos referir que têm halucinogénicos como ponto de partida. Veio de Lucy in the Sky with Diamonds ou Fixing a Hole.
Mas os Beatles que acompanharam todo este processo de forte mudança social estavm prontos a ir mais adiante. Experimentar, re-experimentar e no fim voltar às raízes, como uma atitude de quase veteranos em Le it Be. Mas isso são contos para outras ocasiões.
O ocidente, por enquanto, fazia a sua 2ª viagem para oriente, desta fgeita pela cítara de george Harrison. não para dominar, mas para de lá trazer as suas raízes e os seus ensinamentos para uma grande viagem mental em Within You Withou You. Daqui nasce a mistura entre o rock e a música tradicional, que afinal era possível. A música parecia deixar de ter barreiras e rótulpos que nós ouvintes estamos sempre a tentar colar como se fossem migalhas de Nansel & Gretel para nos orientar o caminho. O exemplo está no classicismo que os Beatles conhecima bem em She's Leaving Home.
Mas aquilo que fz os Beatles, uma marca orgulhosamente britânica que vive muito da guitarra. Outras bandas como os Yes, e os Genesis haviam de explorar daqui em diante. Being fo the Benefit of Mr. Kite!, ou a Day in the Life, temas que foram sempre queridos aos Beatles. Ou a típica música, dedicada à musa feminina, Lovely Rita no seguimento de Hey Jude ou Michelle, Martha My Dear.
A pedra basilar da música moderna, junta todos os elementos mais extensos da música, destronando todas as barreiras do que se pode ou não fazer com a música. Isso foi e é verdadeira arte.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

GRANDES MALHAS#4: THE BEATLES - DRIVE MY CAR


A maior banda do mundcertamente composta das músicas mais memoráveis. Grande parte do procuramos acabamos por lá encontrar. Hoje escolhi esta porque tem uma excelente entrada de todos os intrumentos. O acordo muito rock e um baixo cheio de groove, que dá o mote para Ringo sacar da tarola da sua bateria. O refrão tem uma melodia cativante e que muito facilmente nos fica no subconsciente e uma letra ópitma para os domingos quando ambicionamos ser motoristas das nossas namoradas,

terça-feira, 13 de outubro de 2009

GRANDES MALHAS#3: RAINBOW - STARGAZER



Mais um grande riff do mítico Ritchie Blackmore, que se tornou num do primeiros mestre nestes segementos de notas bem sacados. Para além daquele final que chega a bater nas estrelas, constelações e para além mais. Aqui representado por O Senhor dos Anéis vocais Dio, que revisitou a sua antiga banda a solo. Mais uma grande canção aqui a bater em cheio no Heavy Metal, mas com um poder melódico transcendental.
GRANDES MALHAS #2: KING CRIMSON - LARKS TONGUE IN ASPIC. PT2


Hoje voltamos a uma viagem por aquelas músicas que ficam coladas ao meu imaginário como lapas e que me fazem inadvertidamente balançar a cabeça no sentido vertical. Vejam e ouçam como a guitarra tem um riff simples, mas poderoso e cativante, com um baixo a rasgar ps limites da imaginação. Deixam-nos os berlindes celestes a voar indefenidamente.
Não admira que os Dream Theater tenham feito um cover deste original dos King Crimson. A sua natrueza instrumental precorre os alicerces daquilo que são os Dream Theater e dos quais os King figuram como reis no elenco de influências. O real Robert Fripp demonstra aqui na simplicidade, como Richi Blackmore, que nao é preciso sempre perder-se em escalas infinitas para ser-se considerado um grande guitarrista

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

THE DEAD WEATHER - HOREHOUND (2009, THIRD MAN RECORDS)


Jack White é como um pequeno diabo do rock, tem de estar sempre a inventar, a trabalhar em coisas novas. Um verdadeiro caso clínico de compulsi-vidade pelo trabalho. Sempre que trabalha com alguém novo, lembra-se de vir com novas propostas para novas sonoridades. Dead Weather sai exactamente de um acidente durante um afatídica digressão dos White Stripes que nunca viram a luz do dia na Europa. Problemas vocais levaram a que a donzela deprimente e sado-masoquista, com um «ligeiro» toque de estrela de rock auto-destrutiva Allison Mosshart dos Kills assumisse o papel de voz. Até que White pensou e se eu pegasse nas minhas baguetas e fosse rockar para a bateria. Foi isso mesmo que aconteceu para juntar Jack Lawrence (o sósia conhecido de Jack White) dos Greenhorne e também dos Raconteurs e Dean Fertita dos Queens fo The Stone Age para um disco tipicamente transistor. Jack nunca aparentou muito juízo naqueles c**nos.
Basta pensar no nome querido que pensaram para o álbum, (W)Horehound. sugestivo não parece.
Até porque Alison Mosshart não é flor que se cheire, e o mesmo se pode dizer do álbum. Se é para isto mais valia continuar com os Raconteurs. Aqui se vê em pleno a falácia da composição, o facto de termos bons elementos juntos num grupo, não se segue que o grupo seja bom, pelo menos tão bom quanto a soma das partes,
Este álbum fica um pouco aquém tirando obviamente aquilo que o toque de Midas de Jack White consegue salvar. Digamos que faz dele um álbum mediano. Temos o típico blues country que sempre persegue Jack nas suas raízes com a pergunta retórica «Will There Be Enough Water» ou até o cover do seu ídolo Bob Dylan «New Pony».
O álbum transpira Sadismo por todos os lados, «Cut You Like a Buffallo», ou a fetichista «Treat Me Like Your Mother» ou até «Hang You From The Heavens». Isto deve-se à presença feminina arrojada de Mosshart que nunca jogou com o baralho todo. Mas não fica atrás destas mentes perturbadas, aliás ele é a verdadeir rainha de copas para estes meninos. Não é uma musa, mas uma górgona demolidora, que não contribuiu apenas com sua voz, mas participa na escrita as músicas.
É uma boa experiência para dias cinzentos e dolorosos.



GONG -2032 (2009, WAVE)


Podemos pensar nos Gong como uma grande família de estranhos. Uma verdadeira Pedra Basilar da música moderna que se sediou nos arredores de Paris. Sem querer sou puxado para um universo alternativo, muito futurista. Tipicamente francês. Eles têm destas coisas, já se sabe. Lembro-me com frequência de Adolfo Luxúria Canibal e dos seus Meccanosphere.
Os Gong não seguem exactamente a sua parada, mas trazem à baila um França outrora muito vanguardista. Só fica a faltar os orgulhosamente francês. Parece que, hoje, todos se armam em Anglófonos e temos que nos render ao seu universalismo.
Como não podia deixar de ser há uma grande história por trás e  2032, vem no seguimento da Tirologia Radio Gnome. Se Acid Motherhood foi uma viagem corrosiva, em 2032 somos convidados a vestir os fatos de astronauta e entrar no Espaço Gong.
E é tudo menos linear, bem pelo contrário, do mais eclético que pode haver. Os primaços David Haellen, Steve Hillage, Gilli Smyth, Miquette Giraudy, Mike Howlett, e Didier Malherbe voltam à carga para continuar o legado de Radio Gnome. e soam a um Hard Rock estranho, com esquizofrenia bem típica da Geração de Orfeu.
Por detrás de toda esta mísitca e aventura espacial está uma crítica mordaz às sociedades modernas. è com aquela batida de tarola que entra de ronpante para dar lugar a um riff bem ao estilo de King Crimson. City of Self Fascinaton é o lado bizarro, de um mundo moderno, a patologia de Narciso, todos nós sofremos do orgulho contemporânoi de nos apaixonarmos pelo nosso nível civilizacional e nem parece haver banda mais eclética do que esta misturando gritos enlouquecedores de Miquette com o Rap de David Aellen.
Por detrás de toda esta maquilhagem vem o rosto desfiguarado da sobrevivência desenfreada, compoetição e selecção artificail. O toque intrumental dos Gong faz passar isso mesmo em «How To Stay Alive», a longa do disco, que mais parece um hip hop fanfarrão e brincalhão, que se assemelha ao lado B de HipHopapotamous vs. Rhymenocerous dos Flight of the Concords. Mas não se assustem que a Guitarra Mágica e cheia de alucinogénicos não anda muito longes. Foi só para deixar o Drum N' Bass de Mike Howlett e Chris Davis.
Nem a manipulação do corpo feminino e a exacerbação do mundo virtual ficou por caricaturar em Digital Gril. Ao que parece a adição do ser humano ao mundo digital pode ser um problema preocupante da humanidade daqui a uns anos. Mas entratanto os Gong tratam tudo com muito humor e mestria musical. Do princípio ao fim a música envolve-se num jazz obscuro com musica tribal, e uma guitarra que mais parece um Robert Fripp em Cirkus, com trompete e saxofone à mistura. Viagem de Ácidos mas com respeito.
Guitar Zero então só pode ser a mais pura das ironias para os «Querem-Ser» (Wannabes). E para os invejosos Steve Hillage até se mantém discreto, dando lugar a Didier Malherbe para um grande solo de saxofone e Miquette desperta a mente com o seu teclado ambientista que impressionaria o próprio mestre Rick Wright . E no entanto, aquela tenacidade, por vezes aborrecida, mesmo à Daft Punk, com frases repetitivas e electrónicas.
O verdadeiro épico, bem ao estilo o neo-prog rock dos Muse com apelo à grandiosidade clássica dos Rush em Wacky Baccy Banker. David Aellen não guarda nada, nem o estilo maluco dos Primus que tanto beberam destes. Loucura é a palavra de ordem, e quando menos esperamos, a música muda de ritmo e de compasso, como e passássemos de multiverso em multiverso. Fazem lmbrar os Primitive de Alternative Prison ou Tips & Shortcuts.
Um grande regresso do ano.


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

ÁLBUNS MÍTICOS #3: THE BEATLES - REVOLVER (1965, EMI/PARLOPHONE/APPLE)

«Turn off your mind, and float down stream it is not dying, It is not Dying
Lay Down all Thought, surrender to the void Is it Shinning? Is it Shinning?»

Começou a grande viagem. Tudo graças a quê? Claro às drogas e uma grande dose de inpiraçõ e talento Tanto papel desperdiçado a studar os efeitos das dorgas nas mentes, quando ouvindo-se os discos dos Beatles se consegue perceber o fio escorreito de pensamento artístico que dali sai.
Começamos bem com un «quase punk rock» a puxar às influências anarquistas. Uma das maiores certezas de que podemos ter na vida é de que temos de pagar impostos, ou, no mínimo, declarar os nossos rendimentos. George Harrison não foi buscar este assunto por acaso, a Grã-Bretanha atravessava por esta altura um grave problema com o peso do estado na Socieda e toda a cultura hippie que os Beatles ajudaram a desenvolver ansiava por essa libertação do espírito, que acabou por ter reflexos no individualismo e redução da esfera de intervençãoi do poder público.
Este não é o único bom contributo de Harrison, esta mudança de corrente e de ideias já se despoletar para Oriente, quando Grã-Bretanha foi forçada a conceder a independência à Indía. O aperfeiçoamento interior e da cítara começa aqi com «Love You To».
A tradicional música dos Beatles com nome de orgulhosa detentora de dois Cromossomas X mantém-se. Eleanor Rigby uma extraorfinária mistura de coros vocais com elementos clássicos. Uma das primeiras bandas modernas a visitar esse passado musical. Marca que iria ficar para a posteridade tentar e retentar, misturar a Música Contemporânea com outras. Os Beatles aproveitaram e desenvolveram esta tipo de escrita das canções em todos os álbuns que se haviam de suceder.
A expressão dos sentimentos dos poetas não se ficava por aqui. A caricatura do quotidiano «Everybody Thinks I'm Lay / I don't mind I Think They're Crazy» está narrado em «I'm only sleeping». Quem m podera dizer iss quando tenho que madrugar todos os dias de manhã «When I'm in a middle of a Dream/please don't Shake me / Leave Me Where I am».
De Revolver sai a música que cria um dos primeiros álbun conceptuais modernos, que ir-se-ia tornar uma marca, um objecxtivo para todas as bandas dignas do seu nome: narrar uma história do princípio ao fim de um álbum. Foi com os Beatles que a importância do álbum se deveu e se deixou o tempo dos singles até ao dia de hoje, em que se está a recuperar essas influências dos malogrados anos 80.
Por enquanto Revolver é apenas um bom álbum-colectânea. as músicas não têm fio condutor. No entanto não deixa de ser um ícone, pela excelente composição de canções que o percorrem. «Here There and Everywhere» deixa-nos mais uma marca dos Beatles, o potencial vocal e os arranjos dos coros. Tanto que até os QOTSA os fazem com mestria com distorção destrutiva.
Mas um dos melhores temas do álbum fica para o fim - «Tomorrow Never Knows» escrita pela habitual Dupla Lennon/McCartne. Com uma batida fenomenal de bateria assinada por Ringo Starr e umas letras prontas a abrir a revolução psicadélica que aí vinha.


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

ALBUNS MÍTICOS #2: THE BEATLES - RUBBER SOUL (1965, EMI/PARLOPHONE/APPLE)


Muito já se disse sobre os Beatles, e ainda mais se dirá e muito ficará por dizer. De maneiras que o meu pequeno e muito singelo contributo de um ouvinte que começa lentamente a explorar as malhas será apemas mais um dos pontos nesta grande história da música.
Eles acabam por ser o marco, a pedra basilar de toda a música moderna, a raíz da árvore do rock que faz parte dessa grande florresta chamada música. Se fizermos um percurso no tempo, vemos que eles são a maior influência que percorre toda a música popular e não popular até aos dias de hoje.
Até ao lançamento de Rubber Soul, eles já tinham ganho tudo o que havia para ganhar em termo de grupo. Venderam, venderam ainda mais, encheram salas de espectácculo, tocaram nos sítios mais inesperados e tal como, o Federer no Ténis, estavam prontos para ir mais além. Revolucionar tudo aquilo que criaram. O grande feito dos Beatles foi criar a música moderna e recriá-la. Se Please Please Me representa o 1º momento, Rubber Soul o 2º. Para além do extraordinário poder de compor canções.
Aliás ele representa a fase de transição. O encontro do belho e o novo mundo. Drive My Car parece «os velhos do restelo» do rock n' roll e com Norwegian Wood o perfeito exemplo de folk rock, a antecipar uns Fairport Convention ou Jethro Tull. Ecletismo parecia ser as novas, e os Beatles estavam determinados a mostrar que tudo era possível com instrumentos relativamente acessíveis a jovens desde que tivessem o devido talento para o criar.
«You Won't See Me» é mais um típico «swing» dos Beatles. Como experientes adolescentes maduros, muitas vezes a adolescência era o mote para mais uma canção. sobretudo, o problema em lidar com os sentimentos de afecto, como o amor ou a paixão do momento. Exemplo disso também é «Michelle», paixãpo com barreiras transfroenteiriças e mais um bom exemplo do melhor dueto compositor que já exisitiu, a colaboração Lennon/McCartney.
 Mas nem só de amor vive o rock. A densidade crítica e instrospectiva do homem estava patente para um homem com um forte pendor filosófico como John Lennon. O homem sem pátria - «Nowhere Man» ou o efeito das drogas - «Think For Yourself» - no intelecto humano em libertava a pasta maleável de que é feito o nosso interior.
O título é tudo menos despropositado e o vislumbre dos génios, ameaçava brilhar ainda mais....


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

ALICE IN CHAINS - BLACK GIVES WAY TO BLUE (2009, VIRGIN/EMI)

Recomeço, renascença parece ser a palvra de ordem por aí. Como a Fénix, todos anseiam por uma segunda oportunidade e o revivalismo que parece tão brilhante e mágico quando os eventos já se esbateram no tempo é mais que evidente.
Tudo indicava que os Alice in Chains vieram em 2006 para matar saudade e tocvar aquelas grandes malhas que fizeram história e marcaram um género não estivessem para sempre condenadas a serem ouvidas em auscultadores. Seattle e o seu som vai estar novo em voga.
Dizendo em português, a depressão deu lugar à tristeza. O verdadeiro Grunge nunca foi grande som para sorrisos e o som sujo potente, decrépito e cheio de boaa disposição mas a mandar foerter para a veia nunca se desvaneceu.
Curioso que Jerry Cantrell fez questão de pegar o som e a históriia onde a deixu. Quem ouvir a Music Bank sabe que a última música é Died e a primeira Get Born Again. All Secrets Known pega exactamente por aqui. Depois de dar o verdadeiro tributo ao falecido Layne com o seu primeiro álbum a solo (não foi o único, os Metallica homenagearam-no como um dos muitos mortos em combate no rock com Death Magnetic), deixou o negativismo compulsivo para trás depois de encontrar a derradeira voz de Layne renascida com William Duvall que apesar de muito competente é bem disposto, bem demais para um som como Alice In Chains. Os restantes camaradas juntaram-se alegremente ao conjunto, o amigável Inez e o rebelde Sean Kinney (que fez aos precisamente no dia em que cá vieram pela 1ª vez  e que Maynard dos Tool não se fartou de repetir).
Depois do regresso, rápido para o rogulho da velha guarda. Velhos soldados do Grunge atacam a música de porcaria que se faz hoje em dia com as medalhas bem exibidas ao peito, «I'm the Last of My Kind Still Standing».
E para termos a certeza de que este não é um golpe da carteira ou uma tentativa para reaver o sucesso, o som parece profundamente similar a tudo o que já ouvimos deles. «Your Decision» assemelha-se a um lado B da sentida Heaven beside You ou a melhor Over Now. E digo-vos não lhes fica atrás. Todo o álbum soa a grande clássico. Jerry cantrell amadureceu bem com o tempo, mas a sua essência enquanto xompositor permaneceu, até porque ao fim e ao cabo ele era o Pete Townshend dos Alice In Chains e o regresso ao activo deu para libertar toda esta inspiração que vinha acumulando ao longo dos anos. A Loking In view vais buscar toda a ferocidade do riff grave e obscuro de Them Bones, Love Hate Love ou Angry Chair, um dos maiores trunfos de Layne. Um grande regresso, de um dos maiores marcos de uma geração.
Seattle pode permanecer orgulhosa como uma das várias Mecas da música.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

ISIS - WAVERING RADIANT (2009, IPEPAC RECORDINGS)


Para muitos uma banda ainda desconhecida, mas os Isis têm vindo a crescer como um fenómeno ainda incerto, sobretudo como banda de culto no panorama da música pesada contemporânea. O som é dificíl de descrever mas assemelha-se bastante a uns Opeth, só que mais industriais. O seu som tem vindo a melhorar e a incorporar cada vez sons inconstantes e ecléticos. Não é para espantar, mas a banda de Aaron Turner anda cá neste mundo desde 1998, e os álbuns têm uma tendência progressiva para compor paisagens mais melódicas e os atributos vocais de Turner não são para menos porque a sua voz tem um forte potencial.
Hall of the Dead é o mote para a viagem pelo misticismo. Fortemente inspirados em bandas como Melvins ou Neurosis, o som parece uma crise esquizofrénica. E o que parecia ser muitas vezes um devaneio em álbuns anteriores, nota-se uma focagem na composição em muito devido à melhoria técnica tanto do baixista Jeff Caxide com um groove fortemente inspirado em Justin Chancellor dos Tool e a combinação das guitarras a nível de solos límpida e harmónica, com propensão para preenchimento do vazio, Ghost Key é um óptimo exemplo. Turner afirma que vai buscar as suas influências metafísicas a livros como Dom Quixote ou Labirintos, ou até mesmo Casa das Folhas, onde a presença de um universo indiscrítivel e carregado, com elementos estranhos é notável.
A maturidade da banda reflexa-se um pouco por todo o álbum. Bryant Clifford Meyer comporta-se como um descendente natural de Rick Wright (teclista de Pink Floyd) com um entrada fenomenal em Hand of The Host digna de uma Echoes ou Sheep. O mesmo se pode dizer Aaron Harris que evoluiu bastante desde Panopticon ou In The absence of Truth.
Wavering Radiant é um álbum bastante masi fácil de interiorizar do que Oceanic ou mesmo Celstial, que portaram-se como um Saucerful of Secrets ou Umagumma, quando a banda estava ainda a encontrar o seu caminho. Mas com Threshold of Transformation nota-se que finalmente sabem o que querem fazer. Não estão a quebrar fronteiras, mas nota-se exactamente o que querem fazer e já demarcaram o seu próprio processo criativo.