segunda-feira, 12 de outubro de 2009

THE DEAD WEATHER - HOREHOUND (2009, THIRD MAN RECORDS)


Jack White é como um pequeno diabo do rock, tem de estar sempre a inventar, a trabalhar em coisas novas. Um verdadeiro caso clínico de compulsi-vidade pelo trabalho. Sempre que trabalha com alguém novo, lembra-se de vir com novas propostas para novas sonoridades. Dead Weather sai exactamente de um acidente durante um afatídica digressão dos White Stripes que nunca viram a luz do dia na Europa. Problemas vocais levaram a que a donzela deprimente e sado-masoquista, com um «ligeiro» toque de estrela de rock auto-destrutiva Allison Mosshart dos Kills assumisse o papel de voz. Até que White pensou e se eu pegasse nas minhas baguetas e fosse rockar para a bateria. Foi isso mesmo que aconteceu para juntar Jack Lawrence (o sósia conhecido de Jack White) dos Greenhorne e também dos Raconteurs e Dean Fertita dos Queens fo The Stone Age para um disco tipicamente transistor. Jack nunca aparentou muito juízo naqueles c**nos.
Basta pensar no nome querido que pensaram para o álbum, (W)Horehound. sugestivo não parece.
Até porque Alison Mosshart não é flor que se cheire, e o mesmo se pode dizer do álbum. Se é para isto mais valia continuar com os Raconteurs. Aqui se vê em pleno a falácia da composição, o facto de termos bons elementos juntos num grupo, não se segue que o grupo seja bom, pelo menos tão bom quanto a soma das partes,
Este álbum fica um pouco aquém tirando obviamente aquilo que o toque de Midas de Jack White consegue salvar. Digamos que faz dele um álbum mediano. Temos o típico blues country que sempre persegue Jack nas suas raízes com a pergunta retórica «Will There Be Enough Water» ou até o cover do seu ídolo Bob Dylan «New Pony».
O álbum transpira Sadismo por todos os lados, «Cut You Like a Buffallo», ou a fetichista «Treat Me Like Your Mother» ou até «Hang You From The Heavens». Isto deve-se à presença feminina arrojada de Mosshart que nunca jogou com o baralho todo. Mas não fica atrás destas mentes perturbadas, aliás ele é a verdadeir rainha de copas para estes meninos. Não é uma musa, mas uma górgona demolidora, que não contribuiu apenas com sua voz, mas participa na escrita as músicas.
É uma boa experiência para dias cinzentos e dolorosos.



Sem comentários: