quinta-feira, 8 de outubro de 2009

ALBUNS MÍTICOS #2: THE BEATLES - RUBBER SOUL (1965, EMI/PARLOPHONE/APPLE)


Muito já se disse sobre os Beatles, e ainda mais se dirá e muito ficará por dizer. De maneiras que o meu pequeno e muito singelo contributo de um ouvinte que começa lentamente a explorar as malhas será apemas mais um dos pontos nesta grande história da música.
Eles acabam por ser o marco, a pedra basilar de toda a música moderna, a raíz da árvore do rock que faz parte dessa grande florresta chamada música. Se fizermos um percurso no tempo, vemos que eles são a maior influência que percorre toda a música popular e não popular até aos dias de hoje.
Até ao lançamento de Rubber Soul, eles já tinham ganho tudo o que havia para ganhar em termo de grupo. Venderam, venderam ainda mais, encheram salas de espectácculo, tocaram nos sítios mais inesperados e tal como, o Federer no Ténis, estavam prontos para ir mais além. Revolucionar tudo aquilo que criaram. O grande feito dos Beatles foi criar a música moderna e recriá-la. Se Please Please Me representa o 1º momento, Rubber Soul o 2º. Para além do extraordinário poder de compor canções.
Aliás ele representa a fase de transição. O encontro do belho e o novo mundo. Drive My Car parece «os velhos do restelo» do rock n' roll e com Norwegian Wood o perfeito exemplo de folk rock, a antecipar uns Fairport Convention ou Jethro Tull. Ecletismo parecia ser as novas, e os Beatles estavam determinados a mostrar que tudo era possível com instrumentos relativamente acessíveis a jovens desde que tivessem o devido talento para o criar.
«You Won't See Me» é mais um típico «swing» dos Beatles. Como experientes adolescentes maduros, muitas vezes a adolescência era o mote para mais uma canção. sobretudo, o problema em lidar com os sentimentos de afecto, como o amor ou a paixão do momento. Exemplo disso também é «Michelle», paixãpo com barreiras transfroenteiriças e mais um bom exemplo do melhor dueto compositor que já exisitiu, a colaboração Lennon/McCartney.
 Mas nem só de amor vive o rock. A densidade crítica e instrospectiva do homem estava patente para um homem com um forte pendor filosófico como John Lennon. O homem sem pátria - «Nowhere Man» ou o efeito das drogas - «Think For Yourself» - no intelecto humano em libertava a pasta maleável de que é feito o nosso interior.
O título é tudo menos despropositado e o vislumbre dos génios, ameaçava brilhar ainda mais....


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