quarta-feira, 7 de outubro de 2009

ALICE IN CHAINS - BLACK GIVES WAY TO BLUE (2009, VIRGIN/EMI)

Recomeço, renascença parece ser a palvra de ordem por aí. Como a Fénix, todos anseiam por uma segunda oportunidade e o revivalismo que parece tão brilhante e mágico quando os eventos já se esbateram no tempo é mais que evidente.
Tudo indicava que os Alice in Chains vieram em 2006 para matar saudade e tocvar aquelas grandes malhas que fizeram história e marcaram um género não estivessem para sempre condenadas a serem ouvidas em auscultadores. Seattle e o seu som vai estar novo em voga.
Dizendo em português, a depressão deu lugar à tristeza. O verdadeiro Grunge nunca foi grande som para sorrisos e o som sujo potente, decrépito e cheio de boaa disposição mas a mandar foerter para a veia nunca se desvaneceu.
Curioso que Jerry Cantrell fez questão de pegar o som e a históriia onde a deixu. Quem ouvir a Music Bank sabe que a última música é Died e a primeira Get Born Again. All Secrets Known pega exactamente por aqui. Depois de dar o verdadeiro tributo ao falecido Layne com o seu primeiro álbum a solo (não foi o único, os Metallica homenagearam-no como um dos muitos mortos em combate no rock com Death Magnetic), deixou o negativismo compulsivo para trás depois de encontrar a derradeira voz de Layne renascida com William Duvall que apesar de muito competente é bem disposto, bem demais para um som como Alice In Chains. Os restantes camaradas juntaram-se alegremente ao conjunto, o amigável Inez e o rebelde Sean Kinney (que fez aos precisamente no dia em que cá vieram pela 1ª vez  e que Maynard dos Tool não se fartou de repetir).
Depois do regresso, rápido para o rogulho da velha guarda. Velhos soldados do Grunge atacam a música de porcaria que se faz hoje em dia com as medalhas bem exibidas ao peito, «I'm the Last of My Kind Still Standing».
E para termos a certeza de que este não é um golpe da carteira ou uma tentativa para reaver o sucesso, o som parece profundamente similar a tudo o que já ouvimos deles. «Your Decision» assemelha-se a um lado B da sentida Heaven beside You ou a melhor Over Now. E digo-vos não lhes fica atrás. Todo o álbum soa a grande clássico. Jerry cantrell amadureceu bem com o tempo, mas a sua essência enquanto xompositor permaneceu, até porque ao fim e ao cabo ele era o Pete Townshend dos Alice In Chains e o regresso ao activo deu para libertar toda esta inspiração que vinha acumulando ao longo dos anos. A Loking In view vais buscar toda a ferocidade do riff grave e obscuro de Them Bones, Love Hate Love ou Angry Chair, um dos maiores trunfos de Layne. Um grande regresso, de um dos maiores marcos de uma geração.
Seattle pode permanecer orgulhosa como uma das várias Mecas da música.

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