sexta-feira, 23 de outubro de 2009

PROGRESSIVE NATION 2009 PAV. ROSA MOTA, PORTO 22/10/09

Isto de partir para digressãoes é que dá dinheiro. Já lá vão os tempos em que víamos as bandas actuar por cá de 2 em 2 ou de 3 em 3 anos. Agora é fazer das digressões o ganha-pão, e ainda bem. Com algum custo lá se partiu para o Porto para ver um par de bandas bem amadas. Depois de uma longa viagem e muito stress acabou por se encontrar o muito esperado Palácio de Cristal, junto à Reitoria da Universidade Porto.
Assim que entrámos uma forte decepção, aquele que iria parecer um forte festival para as bandas do género progressivo, revelou-se um concerto diminuto com duas grandes bandas e mais duas de abertura. Para além de que não foi divulgado nenhum horário oficial com a entrada e período de actuação das bandas. Para os mais crentes isto seria uma venue para acabar bem para lá das 2 da manhã. Pensávamos nós.
Perguntei a um espanhol, que nem sequer se dignou a responder em português que banda estava a tocar. O infeliz pensava mesmo que lhe ia responder naquela língua de merda, mas acabei por saber que estava a tocar Opeth. Não acreditei e quis ir verificar. Acabou por se confirmar uma das maioresa f**as da minha vida. Aquela banda que queria ir mesmo ver já esyava actuar e  já com 35% do reportório preenchido com Heir Apparent e a majestos Harlequin/Reverie Forrest a fazwerem parte do Pretérito, Mas que merda. Lotus Eater já bailava e eu a pensar que isto já estaria perto do fim. A minha hora e três quartos de Opeth mais as duas e tal de Dream eram um sonho já passado para quem tinha feito um grande esforço para aqui chegar.

Mas depois os Opeth tocaram uma faiza daquele que é uma das faixas de um dos seus melhores álbuns, Windowpane de Damnation, um álbum inteiramente calmo. Deu para entrar no espírito até vir uma das favoritas directamente do auge da dupla Aekerfeldt/Lindgren, Deliverance tema homónimo do álbum. Poder-se-ia dizer que eram tanto aguardado uns quantos outros e havia muitos bons meninos que pagaram €30 só para ver Opeth. Mas como o último álbum é que dita as regras despediram-se com a fenomenal e épica Hex Omega de Watershed.
Apesar de os membros se esforçarem para produzir um bom som, quem estivesse no limiar da plateia, ouvia a batia de bateria típica de uma sala de eco e uns teclados quase ausentes.
Felizmente ultrapassou-se assim que começou Dream. A Nightmare to Remeber começou como tema de abertura. Começou com muita força e sem grandes agitações com o som da guitarr, bateria e voz a sentirem-se com pujança. Aqui viu-se também a crescente intervenção de Portnoy nos vocais que acabou por ser péssima. O gajo não tem nenhuma colocaçõa de voz decente, e sempre que o faz tem o LaBrie na sua dianteira. Mas ele queria a atitude metal no fim do pesadelo, mas acabou por ser ele a ficar em maus lençóis. Mais vale aguentar a vozinha de «anjo caído maricas» do LaBrie, que é assim mas é uma boa voz.
A seguir era hora de ir aos clássico e Petrucci não faz por menos com a sua guitarra de 7 cordas a tocar 3 músicas de seguida. A densa Mirror com um dueto competente entre mais uma vez Portnoy e LaBrie, só que aqui bem treinado. Para de seguida vir a hard rock Lie.
Já seria de suspeitar o curto concerto assim que Rudess dá lugar ao seu solo de teclados (muita gente que conhece Drea ao vivo já ia pensando isto não vai durar muito). Passando no ecrãzinho, Rudess lá vai fazendo a sua magia pondo até mais tarde o tradicional chapéu de mago, mais o seu boneco no octokeyboard. Prophets of War é a música de regresso seguida de Wither - o habitual momento das curtas. Logo a seguir, e não fosem eles uma banda com uma boa parte de instrumentalidade, Dance of Eternity, com mais uma vez Petrucci a revisitar a sua boa 7 cordas.
Só para o fim é que vinha o melhor alinhamento de todos os concertos que já vi de Dream, Sacrificed Sons e In The Name of God. O primeiro, para mim o melhor tema de Octavarium com The Root of All Evil. Aqui apelaram a um já patético patriotisnmo americano lamechas, com os já agastados bons e maus da fita. Não faz mal porque nós gostamos das músicas e letras. Para continuar com a religião partiram para o negro Train of Thought que é o a depictação do mal do fanatismo. Curioso eles terem tocado os temas conjuntamente porque, de facto, eles interligam-se.
La foram para a pausa e regressaram com o melhor tema de Black Clouds & Silver Linings. Um Pavilhão bem recgheado preparou-se para ouvir um bem agurdado épico com um final estonteante. É a verdadeira sucessora de Stairway to Heaven, com um toque de David Gilmour. Fenomenal guitarra, teclado a criar o ambiente perfeito que a voz murmurante termina em êxtase. Foi por pouco tempo, mas as músicas que escolheram para tocar ultrapassam tudo.

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