segunda-feira, 31 de agosto de 2009

ARTIC MONKEYS - HUMBUG (2009, WARNER RECORDS)



Que raio é humbug. No dicionário aparece como palavra calão para alguém que entretém, que apresenta, que dá espectáculo. Ao que parece, os Artic Monekys assumem-se como um banda pronta para esse tipo de devaneios. Uns rapazes que andam no negócio pelo interesse disso mesmo.
Pensávamos que o rapaz-maravilha Alex turner que gosta de caricaturar de tudo um pouco poderia deixar os seus velhos companheiros de Sheffield para trás. Mas não. Os Last Shadow Puppets foram apenas mais uma das suas vertentes criativas. E não são raras. Tanto talento se espera dele, e tantas promessas estão para cumprir que o guru do rock alternativo pesado, Sr. Josh Homme recusou-se determinantemente da produzir álbuns até a proposta dos macaquinhos surgir em cima da mesa. Foi aí que ele viu uma proposta a sério, bom para jogar uma cartada.
Homme chamou-os a todos para o seu retiro em pelno deserto californiano, onde sediou o seu Rancho de la Luna. Mas não foi apenas isolados que Turner e comapnheiros compuseram a sua música. A música foi fragmentada e produzida em entre Califórnia e Inglaterra, passando por Nova Iorque. Apesar de tudo, o som é estranhamente britânico, tanto quanto os the Who. E a maior mudança passa pelas vozes, e alguma elboração e detalhe na composição. O novo rock cru deixou, e vestiu carapaças, revestimentos. Mas a concisão, sem grandes espaços continua a ser a palavra de ordem. Tanto que é tudo rápido, tão rápido que o álbum se some em 39 minutos. Também não podemos dizer que muita coisa fique por dizer. Os temas e os assuntos profundos também não são da natureza dos símios (não quero usar isto como elemento de troça). O disco até supera pela positiva. Os coros vocais, e alguns riffs bem à natureza dos QOTSA estão bem presentes, não fizesse Homme parte da composição. E não é só isso, os elementos estranhos e sinistro de um esapaço pós-urbano aparece tão claro em Fire and The Tud ou Secret Door, como um filme de David Lynch num bar na Route 66 fora-de-horas. aquela guitarra, distorcida e característica é tudo menos casual.
Um bom álbum, mas passageiro.

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