quarta-feira, 26 de agosto de 2009

STEVEN WILSON - INSURGENTES (2009, KSCOPE RECORDS)


Dificilmente poderíamos ver Stevenm Wilson como uma pessoa normal. Ele é sem sombra de dúvida, dentro do sectarismo musical, um indivíduo ímpar. O homem dos mil projectos, das mil colaborações, só equiparável em género e obra aos incomparáveis gurus do Rock Progressivo, Michael Oldfield e Jon Anderson. Tal como Oldfield, Wilson é um multi-instrumentista, apesar de o seu instrumento de elição ser a guitarra. Ao passo que Anderson é, muito provavelmente, o vocalista mais emblemático de toda a música progressiva, dado que Wilson aproveitou para as suas melhorias vocais.
De facto, um álbum a solo é estranho em Wilson. Os Porcupine Tree comçaram como uma banda de um homem só, e ainda se torna visíveç nas contribuições musicais que são maioritáriamente e exclusivamente de Wilson. Mas como ele próprio explica, Os Porcupine Tree são um fenómeno colectivo. Um diagrama com pontos extremos, onde a intersecção de todos eles é o grupo. Ele próprio escrevbe as músicas a pensar no que osoutros músicos podem desnevolver, e os arranjos jusicias são feitos por todos, muito embora a ideia base provenha de uma só mente. Muitas vezes, Gavin Harrison, ouve um riff de Wilson e adapta o seu próprio padrão de ritmo. Ôu o teclista Richard Barbieri +ropor um tom diferente, ou uma adaptação diferente dos teclados, e toda aquela dinâmica de grupo que acaba por haver. Daí que Wilson tenha frisado que o fenómeno individualista é totalmente diferente. Tudo o que sai via auriculares é uma ideia que le prévimente designou. Nada é deixado ao acaso, sem ter a ideia ou aprovação de wilson. No fundo, isso é o que é verdadeiramente um álbum a solo. Um trabalho por inteiro, pelo menos no que toca à escrita e aos arranjos, provêm de uma mente exclusiva, e wilson levou essa ideia muito a peito.
Tal maneira que não seja de estrnhar que as músicas sejam avassaladoramente semelhantes aos primeiros álbuns dos Tree. Muito melódicos, mas pos-progressivas, um psicadelismo electrónico assombra a música. Pode até ser uma epítome da música pós-progressiva ambientalista, Wilson concentra todas as influências que recebeu e deu-lhe sempre aquela marca de personalidade que o reflecte, anti-comercialismo. Não é de estranhar que I-pods partidos e esmagados surjam numa imagem interior do álbum. Já em Fear of Blank Planet dos Porcupine Tree tivémos esse vislumbre. além disso dá para ver porque Wilson é um dos homens m,aois requisitados neste segmento da música, pela sua extraordinária capacidade criativa e a marca singular que deixa em tudo o que fica.
Por outro lado vê-se um abandono dos riffs, que caracteriza muito mais os PTree, que já vinha desde do Voyage 34 e que se intensificou em In Absentia. Insurgentes não. Mais, Wilson suscitou a colaboração de Jortdan Rudess, o mago dos teclados dos Dream Theater, e pega na sua vertente mais criativa do que o exarcebadorismo técnico. Como é sabido, Rudess é o progressivista clássico dos DT.
Um exclente álbum, no entanto estranhamente familiar.

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