segunda-feira, 24 de agosto de 2009

MÃO MORTA AO VIVO EM CORROIOS 21.08.09
Festas de Corroios comemoram este ano 15 anos. Não há maiores Festas do que estas, dizem. Não sei, mas que têm um espaço para contar e para festejar. E com um espaço assim tem que vir alguém para o aproveitar. Coube essa função aos Mão Morta, de receberem os metaleiros e diga-se alguma chungaria da margem sul. Mas o que eu queria era ver os Bracarenses, cheios de poemas nietzchianos e pensamento decadente. O lado oculto dos Mão Morta aspirava por renascimento depois de um pequeno hiatus de O Maldoror. Até lá tivemos que esperar que actuassem uma das novidades trazidas a Corroios. Os outros MM, como acabou o vocalista por brincar no fim, mas os Money Makers nem se faziam passar por metade dos Mão Morta. Apedar da atitude um bocado ridícula, das indumentárias a condizer, os Money Makers, com a sua atitude dúbia perante o sucesso estrondoso tinham a vantagem de tocar um rock bem potento e bem estudado. A naturalidade com que tocavam os instrumentos indiciavam a prática, o estudo e a dedicação ao mesmo. Os gestos não casuais, mas metódicos e reflectidos. Surpreenderam bem por isso, mas as letras não eram nada do que se podia esperar. Mas valeu-se o carácter extrovertido do vocalista que soube animar o público pelo se humor à Raúl Solnado decrépito e fora de tempo.



Lá para bem depois das 11:00 da noite, eis que entra o sexteto. Não fizeram esperar muito, mas também já estava acompanhado da SBSR e do analgésico de fumo. Trazia a lição bem estudada de casa, e como habitual valem-se as sátiras ao aspecto dos membros do grupo. Adolfo, realça-se sempre, pela negativa. Mas é dessa massa que ele é feito, não???!! Como é que as músicas dele, muitas vezes carregadas nos podem fazer rir. Acaba por ser um misto de Nick Cave com Peter Gabriel com devaneios de lunático e, ainda por cima, na margem sul.Por cim sem cerimónias partiu-se logo de rajada para o som, Budapeste foi o mote de abertura, e logo agora que traiza a lição estudada, Muntantes x.21 era o capítulo que não tinha estudado. Mas deu para conhecer o trago do uísque velho com Amsterdão e Lisboa a soar a ardor de garganta. Mas os melhores haviam de ser visitados Há muito tempo que nesta latrina o ar se tornou irrespirável foi ecoizado pela Península de Setúbal com Vamos fugir e um tema que nem de propósito a propósito das eleiçãoes, as Tetas da Alienação. Que mais poderia faltar? Obviamente a Primavera de Destroços. Não foram poucas. Sendo o emblemático disco, Adolfo e amigo ofereceram-nos Tu Disseste, Arrastando o Seu cadáver, Penso que Penso (porque uma música psicótica vinha mesmo a calhar), Gin Tonic e Humano. Até perto culminar vir Cão da Morte, como não podia deixar de ser e culminando com Anarquista do Vale.
Só ficou uma pergunta, porque não o Maldoror e asua porcaria. Já agora acabavam com A Porcaria....

1 comentário:

Anónimo disse...

soube a pouco. quero mais!