terça-feira, 22 de julho de 2008

Rush - Rush

Tenho ouvido muito nos últimos dias porque, de facto, é um grande álbum do princípio ao fim, sobretudo para um trio, e para mim a par dos Cream os melhores de sempre, e com certeza bandas como os Muse aspiram ou têm influências em bandas como estas. Estamos em 1973 e por esta altura, muito embora não tivesse ainda nascido, produzia-se outro tipo de música, ou melhor boa música, não seja só a nível técnico, assim como com substância, conteúdo.
Alex Lifeson e Geddy Lee estreiam-se num mundo da múysica bastante competitivo, embora para mim não fosse realmente competitivo, porque como o Sr. Steve Vai pode confirmar há muito mercado para dar e vender, e existem bons fãs e admiradores para todos os gostos e por vezes até para muitas bandas.

No entanto os Rush nunca adquiriram muito sucesso nas terras do velho continente, ao passo que enquanto auctótenes do Candá, aí adquiriram bastante renome, assim como nos Estados Unidos, enchendo estádios e salas, com enormes digressões esgotadas. Estava na expectativa que com Snakes & Arrows os Rush viessem finalmente visitar-nos mas infelizmente fizeram uma pequena digressão europeia. Não admira que os Dream Theater fossem fortemente influenciados por bandas como os Rush, porque a sua música seja a nível do hard rock ou do rock progressivo é espantoso.
A abertura de um álbum é essencial para o impacto que este causar, mas por esta altura os Rush ainda eram um pouco ortodoxos no ramo do rock, com músicas mais concisas, se bem que com um forte pendor instrumental, principalmente das guitarras, com Alex Lifeson a demonstrar o valor de um verdadeiro guitarrista. Finding My Way é um bom exemplo da abertura de um álbum de rock, com um riff pujante, solitário, sendo ao fim de uns compassos acompanhado pela voz esganiçada, forte e caracterísitca de Geddy Lee, que ao mesmo tempo consegue fazer a ligação entre a melódica guitarra e preenher o groove para a bateria. Geddy Lee demonstra tão somente a importância de um baixo numa banda, ainda mais num trio guitarra-baixo-bateria. Pois para além de demarcar o ritmo e o compasso da banda, este situa-se entreo ritmo e a melodia, e magia de Geddy Lee como baixista vê-se bem em What You're Doing, com uma extensa secção instrumental, para além de ter uma boa posição vocal, consegue criar o solo para Alex Lifeson desenvolver a sua virtuosidade. John Rutsey também demonstra algum acompanhamento dos mestres, só que em nada se compara ao que viria enriquecer a banda. Neil Peart, para além de um mestre na bateria foi inovador, e a sua influência é vísivel para bateristas como Mike Portnoy, que aproveitaram uma bateria extensa em recusros técnicos, como em instrumentos, com cimbalinos, bongos e outros instrumentos de ritmo, aliás usual numa banda de rock progressivo. In the mood e Working Man é o melhor exemplo de músicas que adviriam com extensas secções instrumentais, e mudanças de tonalidade, e arranjos complexos. E o nome é tudo menos casual pois a música muda de tom como se de mudança de disposição se tratasse, e imperceptívelmente julgamos que se trata de uma nova música, quando na verdade, é a mesma música, com um grande introdução instrumental. Working Man é, com certeza, a maior lição a retirar deste álbum. Instrumentalmente é evolutiva, com uma guitarra pesada e soberba, e uma jam instrumental pelo meio uqe é tudo menos casual. Working Man é um dos maiores êxitos dos Rush e a única que eles retiraram para o seu álbum de êxitos Spirit of The Radio, quando todo o álbum é fenomenal. Só que nenhuma música nos traz tanto espírito como Working Man. Um álbum não poderia culminar da melhor maneira. A demonstrar um excelnte grupo e os géniso de Lifeson e Lee que mais tarde trariam outro mago para o seu conjunto, o já referido Neil Peart. A grande diferença deste álbum é que não contém nenhuma contribuição de Peart para banda a nível de letras, algo que seria mais tarde uma marca dos Rush, a par de Robert Plant dos Zeppelin , conhecido por introduzir elementos fantásticos na sua música. Tirando Working Man, as letras de Geddy lee, não sendo más, são bastante usuais, muito iguais ao que se assistia na época em outras bandas......

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