sexta-feira, 11 de julho de 2008

Rage Against The Machine - 10 de Julho, Optimus Alive Algés


Desde que tornei fã dos Rage Against The Machine, sonhava com desalento um dia poder vera fúria enm palco e ao vivo, sem a mediação de um ecrã. Entretia-me com as visitas raras dos Audioslave (duas tanto quanto sei, que na útlima no SBSR de 2005 fizeram a proeza de fazer três covers dos Rage). Há cerca de ano e meio foi uma surpresa, inesperada mesmo, quando os RATM confirmaram sua presença no Festival de Coachella. Depois de alguns concertos por vários países a Everything is New conseguiu trazer o quarteto revolucionário ao nosso país e fazer brilhar o cartaz mais uma vez com um grande nome inesperado. Esse vai ser o lema do Alive.

Depois de aturar algumas bandas execráveis, de origem sueca, cuja técnica, e dote nos instrumentos apenas pode ser duvidoso, por volta da uma da manhã, o som da sirene tocava, como que uma chamada para a guerra. «Testify» é o discurso de partida, e a multidão começa ao rubro despoletando a confusão e adrelanina ao som da guitarra ecoante de Tom Morello e o groove poderoso do baixo funk de Tim Bob. Os RATM não precisam de grande alarido, nem de grandes representações, a simplicidade e a revolta está presente em toda a sua actuação. Muito embora tenha faltado alguma interacção com o público, Zack não deixou de frisar a importância da literatura de José Saramago como nobel identificado como ideal comunista. Hoje as suas letras pertencem ao mundo diz Zack.




Mas adrenalina não pararia durante uma hora seriamos bombardeados por um clima de guerra, algo que apenas os RATM podem oferecer, ou como diria Duro (Jel dos Kalashnikov) não há tempo para fucking canções de amor..... Apesar do esforço o público conseguiu acompanhar e vibrar com as músicas em cada riff, e atitude dos RATM não deixaria de estar presente em todas as músicas, com a banda a visitar o melhor dos três albuns, negligenciando o álbum de covers remisturadas, mas brilhantemente executadas de Renegades. Bombtrack, a célebre canção de abertura animaria ainda mais a energia que já se fazia sentir na audiência e com os corpos a suar em bica. Viam-se poucas raparigas, mas que estavam presentes eram como nossas amigas camaradas a testemunhar o acontecimento e a aguentarem a testosterana muito bem. Numa situação daquelas muito pouco se pode fazer, ou nada, e curtir o concerto para que posssa passar mais depressa. Não deixa de haver a regra básica de que se alguém cai devems ajudá-los a levantarem-se, e essa consciência é visível por todos na audiência.




O Evil Empire seria bem representado com Bulls On Parade, People of The Sun e a poderosa Tire Me. O arranjo clássico em Bulls On Parade com especial destaque para a parte instrumental, e a bateria simples de Brad Wilk, que não deixa de ter um poder imenso, que cobre bem os solos de guitarra juntamente com o baixo forte e sentido de Tim Bob. Ao que não faltou na Calm Like a Bomb, com o célebre solo de baixa de entrada, e aguitarra de Tom Morello que é tão inacreditável em álbum como ao vivo. Como é que le faz aquelas cenas? Inacreditável. E com as malhas instrumentais em crescendo que aproximam o rebentar, ou climax da música se se quiser (essa é um característica muito própria dos RATM) quando se ouve «And tha riot be the rhyme of the unheard/ Whatcha sayin' Wactha say what/ So calm like a bomb». Tom Morello é sem dúvida um riff meister muito pouco igualável. Exibindo e trocando frequentemente as suas guitarras, ao passo que Tim Bob nunca poucas vezes largou o seu Fender Jazz Bazz creme. Mas isso era óptimo porque Morello usa frequentemente guitarras nas músicas, o que significava que nos podíamos antecipar, caso de Guerilla Radio que acontece sempre quando ela pega na guitarra preta e vermelha e se desloca para junto do amplificador. Quanto ao poder de Brad Wilk, ele é dos melhores bateristas da escola de Joh n Bonham. Um set de bateria aparentemnte simples, mas rápido nas transições de riff, sinal para o despoletar da fúria e não faltando a caixa chinesa que viria a ser necessária mais à frente para o encore. Mas todos queríamos também uma boa fatia do álbum homónimo, um dos melhores álbuns de metal/hard rock de sempre, e eles far-nos iam essa gentileza, tocando todas as músicas a seguir umas às outras. Foram um pouco profissionais de mais, quase que a preencher calendário, não obstante há 12 anos que não os víamos.



Bullet in the Head e Know Your enemy foram lançadas como tiroteio para audiência, sobretudo Know Your Enemy cujo som poderosíssimo rasgava cada vez que Tom Morello lançva aquele riff. Bullet in the Head um pouco mais compassada dava para o pessoal descansar e recuperar o fôlego. War within a Breath um pouco esquecida para os leigos dos RATMteve a sua presença, com um refrão tão poderoso como uma guerra-relâmpago. Mas por volta de uma hora, cerca das 2 da manhã era hora de terminar o cncerto, e a banda foi para o encore. Curtos e concisos mas verdadeiros os RATM voltariam para tocar umas das suas melhores músicas do seu reportório Freedom. Instrumentalmente brutal, com um grande forte da guitarra, e uma sletras no mínimo apelativas. A adrenalina era constante, mas a aprte que sucede o excelente solo de guitarra desencadeia o rubro «struck back». depois do caos final, a remisturação que já faziam anteriormente com parte de Township rebellion deixou-nos mais confusos mas a curtir o riff pausado e poderoso.

Mas só havia duas maneiras de culminarem o concerto e só poderia ser em matar a energia que tínhamos de reserva em nome deles. E este é um dos riffs mais conhecidos da história do rock. A música da contestação por excelência, levou-nos a gritar todos no final «Fuck you I won't do what you tell me...». O elogio à desobediência civil, para ser politicamente correcto, e sim os Kalashnikov foram a verdadeira banda de abertura. Faltaam muitas músicas mas para quem é fã contenta-se e fica insatisfeito sempre que vê a sua banda.

2 comentários:

André Sousa disse...

Gostava de ter ido. Mas não se pode ir literalemnte a todos os concertos. Hoje vou ver o Dylan.
Quanto aos RATM provaram que a música deles é mais pertinete agora do que nunca.
Fiquemos á espera de um novo disco (talvez para o próximo ano) e de uma nova digressão. Pode ser que seja dessa que os vou ver...

Um Abraço

PS: Não gostaste dos Hives? Eu vi um pouco na Tv, não me pareceram maus. Quanto aos Gogol Bordello os gajos são uma verdadeira moca ao vivo.

Anónimo disse...

Fogo pah... bandas execráveis? ao menos por respeito a quem gosta bué daquilo (eu, e eu não sou uma qualquer lol) podias ter feito um comentário mais light...mas pronto, vou pensar se te desculpo essa :/