quarta-feira, 9 de julho de 2008

Rage Against The Machine - Regresso (des)esperado


O primeiro texto que publiquei, denominaod Sound of Anger no já enterrado Music Against The Machine, um nome que só por essa designação só pode ser suspeito. Este quarteto é e continua a ser a minha banda de eleição. Todos temos um grupo que nos acompanha na formação enquanto pessoas, que nos agarra como obsessão e depois passam a ser íc0ones de estimação. Os Rage Against The machine foram a banda com que me identifiquei desde o primeiro momento, a música agressiva e o som corroído, com uns riffs pujantes, uma bateria simples e preenchida, e um baixo inovador, comparavel apenas ao de John Entwistle dos The Who, e igulável ao Flea de Red Hot Cilli Peppers. E as letras tudo menos ignoráveis, sendo das primeiras bandas cujo conceito se orientava para a contestação e a consicência política e económica dos seus ouvintes. É indiscutível, os Rage Against The machine são um marco do rock dos anos 90.

Tudo começou quando Tom Morello, um estudante promissor do curso de Ciência Política da universidade de Harvard, auto-didacta passara cerca de 9 horas por dia juntamente com o seu amigo Adam Jones (guitarrista dos Tool), tornaram-se mestres e criadores de uma nova forma de tocar as 6 cordas, especialmente Morello. Este abandona os Lock Up, e num pequeno bar vê uma actuação dos Inside Out, cujo vocalista manifesta nas suas letras ideias políticas e de guerilha e luta revolucionária, sobretudo esquerda marxista e anarco-sindicalista e alguns activistas de direitos civis como Martin Luther King e Malcom X. Os RATM lutam e imprimem na sua música tudo o que seja luta contra o poder, daí que eles apoiem entre outros movimentos, a Libertação do Tíbete da China comunista, muito embora os RATM se identifiquem mais como um ideal anti-capitalista do que comunista no verdadeiro sentido da palavra. Zack apresentou o seu amigo de infância Timothy Commerford (Tim Bob) ao grupo, cujo domínio do baixo era já bastante bom para quem não tinha uma grande formação musical de base. Entretanto, Morello trouxe consigo um baterista da escola de Joh Bonham dos Zeppelin, dos que sacam qualquer batida num simples bateria de rock, Brad Wilk, que já tinha anteriormente trabalhado com Eddie Veder num pequeno Projecto de garagem.

Zack de la Rocha tem como maior influência, para além de Ernesto «Che» Guevara e Martin Luther King, o seu pai Bento de la Rocha. Não admira que os RATM nunca tivessem músicas de amor, e issso pareceria provavelmente aberrante. A revolta, a frustração e as vidas destruídas por um sistema corrompido, protector de uma elite. Não admira que os fãs de RATM sejam em grande parte jovens, contestatários, e os RATM são das poucas bandas que têm muito a ensinar aos seus ouvintes, desenvolvem o interesse dos jovens pela política e pela economia, cpomo os mobiliza moralmente para uma verdadeira justiça. Dái que os RATM apesar da sua atitude anti-capitalista contraponham que tocar em grandes festivias, para além de merecido e terem uma grande editora a suportá-los, sejam meros instrumentos para massificar a sua mensagem, que deve chegar ao maior segmento da população posível, sobretudo os jovens que hoje facilmente são seduzidos por uma economia de consumo e de imagem, algo que os RATM sempre se revoltaram à instrumentalização do indivíduo pelas máquinas económicas e políticas.
E melhor momento para o regresso não podia ter sido escolhido para regressarem ao activo, e não foi por motivos de dinheiro porque como músicos dar-se-iam melhor com Zack fora do baralho e Chris Cornell a bordo dos Audioslave. a mudança de administração foi uma das maiores conquistas do movimento neo-conservadore que se representa facilmente no Partido Republicano e nalguns segmentos do Partido Democrático norte-americano. As mentalidades mudaram um pouco desde que os RATM sairam de cena, e as juventudes são um pouco mais conformadas do que eram há uns anos atrás. Os RAtm nunca cederam no seu patrocínio a causas tanto financeiramente, como em mobilização. A causa dos zpatistas ou dos índio tibetanos nunca teriam sido tão conhecidas senão através das letras do revolucionário Zack de la Rocha.

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