quarta-feira, 18 de março de 2009

BONS LIVROS SEMPRE À ESPREITA....

De repente vi através do canto da córnea do meu olho esquerdo, no meio do frenesim de plena circulação do metro, uma pequena estante de livros. Os pequenos obejectos de colecção de forma rectangular com uma pequena imagem na capa e de várias cores eram os clássicos portugueses. Oh.... como me lembro das aulas de Português-A, as velhas aulas de Português, em que comentava o rico substrato da Língua Portguesa.

Pois todos os textos que vinham nos manuais, tenho a nata, praticamente, em livro, podendo esfolhear, analisar as figuras de estilo, as categorias semânticas, morofológicas e sintáticas, o sentido denotativo e muito conotativo de cada elemento da lírica portuguesa e não só. Havia muitos por one escolher, mas acabei por negar a prosa de Mário Sá-Carneiro. O que me interessava era apenas a poesia. Como não conhecia o despoletar da Geração de Orfeu com a poesia finissecular de Camilo Pessanha, deixei-o para outra oportunidade. Fiquei pelo Fundador da nossa língiua Luiz de Camões e a mestria do ortónimo pessoano em A Mensagem, que foi sempre o que mais me fasxcinou. Mas o ego feminino não ficou de parte.

Trouxe a melancolia e a paixão soberbas de Florblea Espanca que para mim tem uma simbologia deveras especial. Foi no Externato de seu nome que eu tomei conhecimento com a língua portuguesa, nossa pátria-mãe como diz Fernando Pessoa. Posso dizer que é o mais volumoso.

Atravessando o momento mais estrito do regime, viver naquela altura era tudo menos fácil para as mulheres. Por isso pego com respeito em excertos do Livro de Soror-Saudade, do espírito apaixonado, o anseio libertador fatalista. De certa maneira, Florbela é uma Antero de Quental novecentista. O romantismo continua lá, mas num contexto bem mais bucólico, lembrando as paisagens virgens não raramente alentejanas, onde o suor dos trabalhadores era vertido em cada minuto. A vida dura e muitas vezes assaz.

De Camões o brilhantismo e génio renascentista, a paixão do herói nos sonetos Amoroso. Claro que constaria poemas como o Amor é Fogo, que exponenciou ó seu génio lírico e enriquecinmento da língua portuguesa. A língua portuguesa é, sem dúvida a língua de Camões. Dá razões para ter orgulho.
De Fernando Pessoa obrtemos a nossa (quase) 2ª epopeia. ao contrário de Os Lusíadas, A Mensagm é uma obra épico-lírica, por se desviar dos padrões formais rigídos que caracterizou a Geração de Orfeu, mas que caracterizava o classicismo e o parnasianismod e Cesário Verde. Outro elemento relevante desta colecção impressionante....

1 comentário:

ricardo disse...

:)

boa leitura!

abraço,
r.