sexta-feira, 13 de março de 2009

CHRIS CORNELL - SCREAM (2009, UNIVERSAL RECORDS)
Na capa vê-se Chris Cornell com botas Doc Martens (provavelmente) calças de ganga, camisa desbotada num salto de frustração e euforia, pronto para esmagar uma guitarra eléctrica. Só tenho um palavra para o novo disco de Chris Cornell, nojo, aliás só se esperava uma merda desta envergadura se Timbaland fosse o produtor. Uma imagem destas tão básica como fronte de um LP só pode significar ruptura e quem houve o disco vê logo no vira-casacas que Chris Cornell se mostrou e o facto de a sua carreira a solo ser fraquinha e espero no Alive se limite a fazer covers das suas antigas bandas. Se para os ortodoxos Audioslave era decpcionante, que eu francamente discordo, então recomendo-os vivamente a evitarem este disco, a sério é uma mancha muito negra.
Quando comecei a ouvir as primeiras faixas, Part of Me e Time levantaram-se dúvidas, até porque nunca se sabe quando se saca um cd de um rpograma de partilha de ficheiros. até parece que estou a imaginar o velho Chris, todo garanhão a pensar que nesta hora está a rockar as discotecas mais badalhocas do distrito. Acreditem, é isso que deve estar a acontecer ou prestes a acontecer. Alguns nesse momento de devaneio e alienação hão-de pensar que no canto remoto da sua memória, aquela voz se há-deparecer com outra que já ouviram. Seria melhor pensar que era pura coincidência, mas não.
A ruptura é bem explicíta, se o rock já está por detrás das costas, então o Grunge para Cornell nunca exisitiu. Desculpem-me a raiva, mas é que eu sou daqueles que ainda considera os Soundgarden o coração do Grunge, e uma das melhores bandas dos finais de 80 e anos 90. Cresci a vibrar com Beyond the Wheel, Hans All Over, Outshined e a curtir o Screaming Life/Fopp EP.
A sério quando ouvi esta bosta (que não tem outro nome) penswei que estava noutro mundo. Imaginem que estão num cruzamento e aquele que, supostamente, era o líder de um grupo entre os melhores herdeiros dos Black Sabbath, a ser ouvido por um chunga num carro todo azeiteiro com propensões a tunning. Estão a detectar o paradoxo.
E isto não é o pior. Cornell pensa que está a ser experimentalista, chamem-lhe um Phill Collins dos tempos modernos (felizmente que os Soundgarden nunca foram afectados por esta crise). Metendo efeitos, misturandso com couros Gospell. Tal como existe matéria e anti-matéria, isto é prova de que existe anti-música. Destruir coisas boas que foram feitas anteriormente. Para além disso Cornell deixou que interferissem no seu processo criativo, se é que há algum, copiando as batidas do andrajoso Timabaland e mais esta porcaria do Hip/Hop Rn'B. Têm dúvidas oiçam Long Gone ou Take Me Alive. Sinceramente é venha o diabo e escolha porque é tudo m***a do mesmo saco. Se alguém pondera ver Chris Cornell dia 11 de Julho, não o faça se for fã da velha guarda, ou pelo menos não á lá por esse motivo. Como diz o meu camarada André, isto vai directamente para o caixote do lixo, se o tivesse comprado. São estes factores que jogam a favor dos programas de partilha de ficheiros. Podemos exercer os nossos direitos de Consumidor antes de efectuarmos a compra. Saber o que é esterco, antes de o comprar. Meus ricos €20, estão a salvo no meu bolso.

3 comentários:

Anónimo disse...

ahahaha realmente não estava à espera de outra coisa... tá condenado, esse.

ricardo disse...

:)

é o dinheiro...melhor a falta dele...
abraço

ps-coração do Grunge são os Pearl Jam e não se discute mais isso!
ps2-até podes nem gostas de r&b, mas os blues são os avós do metal, são, são!

abraço,
r.

ricardo disse...

saudações refugee,

perdoa-me se te pareci provocador, apenas tentei fazer uma piada quanto ao facto de toda a corrente musical de "vergar" ao "new" hip-hop, r&b e afins, tendo em vista o lucro fácil. depois, do panorama musical da década de 90, os perl jam são o grupo que me "enchem as medidas": os nirvana atingiram o sucesso à custa do culto Cobain...deixo-te ainda as minhas humildes desculpas, se de alguma forma te ofendi: sorry!

ps-o problema do panorama musical gira em torno do lucro e do sucesso fácil, mesmo que isso signifique musica de má qualidade e (quase) copiada, isto por sua vez faz com que os ouvintes sejam formatados para ouvir aquilo e estamos num ciclo vicioso...daí que as novas tendencias e as correntes alternativas esbarrem no conservadorismo das editoras...enfim...

abraço,

r.