segunda-feira, 16 de novembro de 2009

PHADO POR MARCO MIRANDA aka M-PEX (2009, INDEPENDENTE)


A guitarra portuguesa tem sido um instrumento muito pouco explorado para além do tradicional segmento do Fado tradicional. Um aluno do técnico decidiu alargar os horizontes deste extraordinário instrumento. em conversa com o próprio Marco, descobri que este é um projecto todo ele estritamente individual, desde a concepção até à produção, não havendo
Por desconhecimento próprio, fui mais uns amigos ao ainda promissor DI BOX em Arruda dos Vinhos. Investimento isolado de uma família com «bagalhuça», que decidiu dar um presente a uma terra que tem desaproveitado. O espaço estava vazio, e algumas pessoas não estavam ainda preparadas para ouvir música instrumental.
No palco era apenas uma banco, e um computador portátil com saída de som. O conceito era aliar o som melancólico da guitarra de Fado ao ambientalismo da música electrónica. A fusão entre os dois é inesperada, mas francamente positiva. A guitarra de fado acaba por ser a voz ecoante por todas aquelas paisagens vindas da música de computador. Isto acaba por sobressair por que Marco é dotado de uma técnica bastante desenvolvida na guitarra de fado, quase que como um mstura de Carlos Paredes com Jose Satriani, desenvolvendo o culto da guitarra solista. O seu projecto individual aproxima-se bem do trabalho que tem  com o violinista dos Corvos, Tiago Flores e o Flautista Marco Ramos, também responsável pelos efeitos. Foi preciso por coincidência encontrar este projecto, que me demorou quase um ano a redescobrir, após o mini-concerto para o Portugal No Coração.

Phado, o disco de estreia, centra-se na reinvenção do Fado. Phado mehnor é um bom exemplo disso. Com um melodia que quase parece uma valsa semi-moderna, que deu lugar a uma entrada inesperada das odaniscas bizarras que por ali andavam.
Hydheia reflecte também essa intenção de refazer uma tradição, e de se buscar as tradições existentes, e a simbiose de dois estilos de música opostos a princípio, parece estranho de início, mas natural com o tempo, visto o som da guitarra portuguesa se manter natural, mas com uma maneira de tocar adaptada ao electrónico que serve de pano de fundo à sua extrapolação. Acho quer seria, no entanto, mais interessante ver mais instrumentos em palco. Em vez das batidas electrónicas, encontrar um baixo. Almathika foi o que conseguiu mudar o andamento, levando alguns cépitcos a crer que a música tinha de facto mudado. Com uma batida rápida e expressiva, e com uma guitarra melancólica, consegue de facto denotar o contraste em relação às anteriores.
A venue acabou com Phadistikal, um Fado quase Daft Punk. com forte enfâse nos electrónicos e uma guitarra portuguesa quase oriental.
Com o 2º disco quase a sair - Viver e Senitr Portugal -  Marco Miranda continua com a tarefa árdua de fazer música experimental, mais a mais em Portugal e com a tradição portuguesa.

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