sábado, 20 de junho de 2009


EXTERMINADOR A SALVAÇÃO ( 2008. INDEPENDENTE)

A postura robusta, no papel de motoqueiro e o casaco de cabedal de passo leve e pesado, com um propósito único da destruição é algo que se tornou sensos comum. Tão comum que o extermínio da raça humana pelas máquinas se tornou não só um cenário de ficção científica, mas um um dos fins funestos do mundo como o conhecemos demarcados pelo cientistas qaue têm tempo para fazer esse tipo de especulações.
Há algumas pessoas que acham este tipo de filme um longo esticar da corda que teima em não romper. Afinal só faltava mesmo isto à série, a exploração do cenário futuro apocalíptico. Mas digo-vos fazia falta um filme destes e eu posso dizer com descanso que é um bom filme. Mais se pudesse, repetia a dose. Poderia ser melhor certamente que podia- Candidato a óscares, obviamente que não.
O filme explora não apenas um cenário possível, como provável. Só isso pode levar-nos à inquietação e à sucessiva dependência que nós levamos da máquinas e como em termos de eficiência, elas nos são tão superiores, ainda que largamente menos criativas em relação aos humanos. só para se ter uma ideia, Turing, um célebre e brilhante analista de cálculo inglês formlulou um teste de inteligência artificial, cujo exame não é aceite por todos aqueles que realmente se interessam por inteligência artificial. Todavia, Eliza um programa desenvolvido com intuito de superar esse teste não cehgou a ultrapassá-lo, mas chegou ao ponto de conseguir fazer com pessoas que o testassem, dependessem dele ao ponto de se tornar seu confidente. Quem olha pela primeira vez, Eliza parece um papagaio psicanalista. Mas mesmo assim revelou-se enganador para muitos seres humanos que julgavam estar a falar com um verdadeiro ser humano.
Terminator traz todas as questões em torno da inteligência artificial, ainda que negligentemente. Contudo, uma pessoa informada, pode começar a reflectir sobre estes problemas, ainda que os argumentistas não se tenham debruçado a sério sobre eles.

Mas também não é só de máquinas que o cenário de Exterminador parece versar. Muitos filósofos têm pensado se, de facto. após uma catástrofe a nível global, como o fim do mundo, exisitrá para um ser humano comum, vontade de viver, ou continuar a viver? Ou até mesmo sobreviver, se é que existe diferença de conceitos? Como vimos a raça humana sofre um abalo extremo, perdendo perto de 70 a 80% da população mundial, compromentendo mesmo a sobrevivência da espécie. Além disso os seres humanos para além de terem de lidar contra um inimigo (não lhe poderemos chamar «ser»?) feroz e implacável, sem distinção entre bem e mal (apesar de isto poder não ser nítido), terima de lidar com um abiente áspero, árido, e altamente prejudicial à saúde humana. Num lugar destes haveria alguma hipótese de sermos felizes, partindo do pressuposto que este é o objectivo de vida mais comummente aceite pelo seres humanos?
Mais alteraria esta conjuntura alguma coisa no nossos aspecto fisíco e perfil mental. Mais para a frente Blair Williams (Moon Bloodgood) a enfrentar um bando de violadores humanos, que queriam satisfazer o seu apetite natural de sexo. Ou até mesmo uma questão última final de remate, que também não é originária de Exterminador e também já foi abordada em outros clássicos de ficção científica como Blade Runner - o que nos torna humanos?
Por isso enganem-se aqueles que imaginam e pensam e Exterminador Implacável A salvação como um clássico filme pipoca, com bons efeitos ao estilo de Transformers. Porque a comparação é do mais patético que pode exisitir. Um completo disparate.
Pode-se dizer que apesar da fórmula repetida, Terminator até é um filme bem estruturado, interessante, ainda que mal explorado. Contudo, fica o bom exemplo.

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