quarta-feira, 24 de junho de 2009

CHICKENFOOT - CHICKENFOOT (2009, EARMUSIC)


Para ser sincero, não acredito muito nas superbandas e que, de facto, venham para ficar. São muitos egos, a jogar como bolas caóticas num imenso jogo do acaso, onde vários perfis podem ter dificuldade em conjugar-se. No entanto, ocasionalmente, podem conjugar-se ainda que esporadicamente. Os Transatlantic, e os Down que continuam a dar cartas, ou mesmo Jack White, Brandon Benson e Jack Lawrence nos Raconteurs.
Especialmente quando um artista conhecido fortemente pekla sua vertente solo e instrumental decide enveredar pelo rock de grupo. Facilmente se percebe que um guitarrista instrumental e isolado nunca terá tanto potencial nem estatuto como uma banda de rock. E em termos desse estatuto há muito para contar, ao passo que no que toca a sucessores de Jimi Hendrix poucos conseguem repetir o feito. Joe Satriani conseguiu tal como o Mestre dos blues electricos adquirir alguma da dimensão. Mas apenas temporariamente, talvez lhe tenha faltado a morte precoce, como ao seu ídolo.
A necessitar de uma empresa conjunta, Satriani estava disposto a abandonar algum do protagonismo das susas 6 cordas e a apostar num boa voz roqueira, com um bateria sentida e um baixo presente. Para isso tem que se reduzir algum do amor-próprio exacerbado para se poder trabalhar em conjunto. foi assim que Sammy Hagar e o não menos conhecido Michael Anthony, ambos dos Van Halen, e Hagar também conhecido pelos seus projectos a solo, juntaram-se à secção rítimica - Chad Smith - dos não menosprezados Red Hot Chilli Peppers.
O objectivo fazer bom e potente roque, que nãos e fique pelas metades, pelos dissabores, mas Queen virados costa ocidental americana, com blues e funky pelo meio. Isso mesmo é memso Oh Yeah, traz o funky dos Red Hot, adaptado e remisturado com um bom conceito trbalhado pelo virtuso Satriani, que não estando no seu meio natural instrumental e deixando-se de processos judiciais (Satriani vs. Coldplay que ainda continua por apurar). As letras reflectem bem a natrueza do rock, com um espírito bastante positivo, que normalmente falta a algumas estrelas de rock, e deixam-se cair no fatalismo. Outra boa face positiva é a capacidade de Satriani em fazer bons riffs, e aderir a uma boa postura rítimica, para além de uma química que estas quatro individualoidades acabaram por demonstrar. Mas nem só de boa coata soalheira californiana vive esta banda cujo nome parece saído de um ritual vodoo, cujas aspirações gráficas querem conotar com algum espírito hippie.
A receptividade, sempre com o mesmo nível de distorção torna-se a imagem de marca. No fundo de contas Chickenfoot é daqueles álbuns que se tronam bons para ouvir enquanto se tenta acabar uma ou duas grades de cerveja, enaqunto se despeja a mesma em urina e suor num bom ocaso de verão, com uma festa de verão. Resulta muito bem porque Satriani, aquele que pareceria o maior ego, consegue abdicar em favor de Hagar, que apesar da idade, rasga as suas vozes bem por entre o álbum, logo com Avenida Revolution, e com satriani a revelar a sua técncia eclética, muito bem adaptada a um contexto de banda com Down the Drain. Mas toda a parte das seis cordas ficou reservada ao Satch careca, apesar de Hagr possuir algumas façanhas no seu recobro. Ficamos um pouco renitentes quanto às reaid capacidades de Smith, que bem sabemos ser capaz de bem melhor na sua secção rítimica.
A verdadeira música melosa, que não pode faltar a um bom álbum de rock de seu nome vem numa forma rápida e electrizante sob nome My Kinda Girl. Todos os excessos do glam rock dos reputados e malfadados anos 80 ressurgem com uns Van Halen quase renovados e instrumentalmente mais projectados e definidos sobretudo pelo bastião de Satriani. a baldade essa vem pelo nome de Learning ro Fall e as letras não poderiam ser mais caracterísitcas que ao som de uma garrafa de Jack Daniels, que faz bem lembrar tantas baladas sendo a última a dos Velvet Revolver, Fall to Pieces. A parafernália rock continua com riffs bem típicos de Satch pela sua Ibanez assinada até às conotações polítcas de Turnin' Left e finalmente aos ensinamentos dos mestres em Future in the Past. Pergunto-me hoje se ainda será verdade, com tão pouco espaço para a evolução no seio da música.
A verdade, ainda que isto soe Orwelliano, sentimos falta de boas malhas, de boas técnicas que durante anos faltatram à música, e cujo paradigma está finalmente de regresso.

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