terça-feira, 2 de junho de 2009

DREAM THEATER - BLACK CLOUDS AND SILVER LININGS (2009, ROADRUNNER RECORDS)

Para mim algo que tenha que ver com os Dream Theater é para mim um acontecimento. Por isso é sempre complicado manter-se um nível de distanciamento crítico de tudo aquilo que estes exímios virtuosos fazem e possam fazer. Mas após 10 álbuns, os Dream Theater podem perguntar-se o que podem ainda mais fazer. Esta pergunta tem duas orientações: tanto serve para o público, que mais eles podem fazer para cativar os fãs e os novos ouvintes (se bem que, acredito que não é bem isso que procuram agora); para também eles próprios. Vemos que apesar de a música ser fabulosa e bem construída, erudita, com sempre mais algo para dizer.
Neste momento, acho que Petrucci, Portnoy, Rudess e Cª podem ainda fazer mais. Porque eles desenvolveram ao máximo de crescimento o estilo que eles ajudaram recriar. Tudo o que ouvem em Black Clouds é melódico, é progressivo, bem executado, épico e contudo, a fórmula é a mesma. Apenas as notas mudam.
Posso dizer que para mim excelente. Dream lança álbuns que me fazem apreciar uma boa leitura, mover os músuculos para captar uma boa malha de percussão, teclados ou a magistral guitarra, mas a capacidade de supreender, que demosntraram e bem em Metropolis Pt2: scenes From a Memory e Train of Thought tornou-se uma marca dificíl de ultrapassar. Os Dream vêm-se a mãos com a criação de algo diferente, e contudo fiéis a eles próprios. Contudo, a cpaacidade de oferecer grandes e boas músicas mantém-se intacta.
Por outro lado eles têm-se visto a braços com uma barreira não facilmente contornável. O grande tenor James LaBrie não é uma voz versáitl. Tem o eu próprio carisma e fundamento e Mike Portnoy que quer explorar a vertente mais carregada e agressiva dos Dream tem assumido muito e crescentemente os coros traseiros e, por vezes, vozes principais para dar mais carisma e coesão à voz, qiue eles enquanto músicos conseguem, mas não com as vozes.
Mais uma vez o número de faixas voltou a encurtar, tentando agradar tanto da gregos e troianos, sendo os gregos o vocalista que canta em todas as músicas, e troinanos o génio instrumentista Jordan Rudess que precisa de espaço para desenvolver a sua criatividade nas teclas.
A Nightmare to Remember é a faixa de abertura. O mote é lançado diferente desta vez. De facto parece tudo menos uma abertura, lançando-nos de repente para o centro da nmúsica com todos os instrumentos em uníssono.
Nesta faixa algum estilo dos Dream mais arcaísita é revisitado, com harmóniocs de guitarra a fazer lembrar vários temas de Falling into Infinity. Claramente vertente mais rock. Os Dream passam em revista ao eclestismo que sempre fez deles marca de carreira. De facto, eles musicalmente parecem Andy Murray nos courts de ténis. Desaceleram e aceleram a música, criando agressividade e harmonia. A Nightmare to Remember é um desses bons exemplos como Trial of Tears o foi.
Continuamos para o primeiro single desta nova aventura cósmica dos Dream, novamente preocupados em fazer videoclips, algo que não acontecia até ao lançamento de Systematic Chaos. Aqui encontramos uma das maiores virtudes do quinteto, que é uma galáxia de estrelas bem oleada e bem ajustada aos seus componentes. Um riff bem construído e bem explorado. aliás este pode ser um dos melhores riffs deste ano, e pode figurar num tabela junto ao de smoke on the Water. Com boa potência e memorabilidade, com atenção especial ao tema das sociedades secretas, neste caso os Illuminatti, que segundo se pensa podem estar por detrás da fundação da União norte-Americana.
Wither é aquela faixa de passagem onde se dada chance a LaBrie de compor as letras e dar azo ao seu liricismo. Que diga-se mantém-se giél e sem grandes alterações. O facto de várias pessoas serem letristas na banda fazem com que haja variações. O aspexto de negativo é que essa variação tornou-se previsível.
Shattered fortress pode então ser o cúmulo desta previsibilidade. a continuação de quem sabe se será o capítulo final da Odisseia despoletada em Glass Prison, continuada em This dying Soul, The Root of All Evil e Repetance. Será este o capítulo final para Mike Portnoy, ou há algo ainda mais por explorar. Todas as partes da música são peças/partes de outras músicas, como uma fortaleza em ruínas. Com certeza eles irão querer tocar toda a história ao vivo.
The count of Tuscany é mais uma investida de Petrucci enquanto letrista pelo lado escuro da natureza humana e um pouco pelas suas raízes. a história de um psicopata que adquire dimensões épicas. De facto, tudo desde a fantasia ao psiquismo é mote para se escrever um música para o rock/metal progressivo.
Best of Times é o reviver do passado, mais uma vez por Petrucci, baladas normalmente mais concisas oferecem uma desculpa para Pterucci explorar a sua guitarra, que adquire mais importância face aos teclados de Rudess.

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