domingo, 7 de junho de 2009

MARS VOLTA - OCTAHEDRON (2009, WARNERS BROS./MERCURY RECORDS)


Quando perguntaram a Omar Rodriguez-Lopez, sobre o o sucessor do assombroso Beldam in Goliath, o génio porto riquenho defendeu que seria um álbum bem mais acústico, ou se calhar essa seria a sua concepção. Mais tarde Cedric Bixler-Zavala teve de vir em sua defesa, pois Octahedron parece ter de tudo, menos instrumentos acústicos. Mas só pode pensar em acústico no sentido literal quem pensar que os Mars Volta são desta dimensão. A estranheza, a distorção de realidades, foi sempre um dos pontos fortes dos Volta, fazendo deles um grupo pecuçliar e muito especial. A mitologia mexicana sempre foi parte deles e a entrada numa outra realidade fez sempre parte dos Volta enquanto projecto musical. Nota-se contudo, com algum lamento da minha parte, um progressivo abandono dos Volta, das longas composições que os fizeram um culto do novo rock psicadélico/progressivo, sobretudo em Frances The Mute e Amputechtures, um dos melhores álbuns do génereo na era moderna. Talvez isso se deva à diferença de aproximação, que é bastante mais instropectiva, se bem que com algumas diferenças mai agressivas, a puxar para o punk algo longíquo dos At-The Drive in em Cotopaxi, e que transparece para uma face mais agressiva dos Volta e que combina muito bem com os ritmos latinos de Rodriguez em Viscera Eyes e Goliath ou Ourobouros.
Mas as boas influênias dos Volta rendem-se no ecletismo, com o bom hardrock dos Led Zeppelin. Não é de estranhar que a melodia intensa, que a voz de Cedric com a sua versatilidade mais perfeita consegue fazer render em Since We've Been Wrong. como já se tinha visto nos anteriores álbuns a voz de Cedric sempre foi um elemento, um verdadeiro instrumento no seio da música, muito mais que veículo de letras e de mensagens mitológicas pós-modernistas. Com um baterista a encarnar o poder de John Bonham, Thomas Pidgren, veio dar um enorme empurrão aosMars Volta, com excelente participação para a banda.
Mas os bons elementos não se esgotam aqui. A guitarra foi sempre um elemento importante, não só por ser o instrumento do génio criativo da banda, mas também pela participação do elemento da banda John Frusciante. Poucos sabem que ele também é um elemento dos Mars Volta, e do seu enorme contributo para o crescimento da banda. Muito em derivado de ele também fazer parte daquela cultura mexicano-americana, de que tanto eles são representivo.
Apesar de poucas serem as músicas, os álbuns já não ascendem ao preenchimento completo do disco. Talvez este seja o dark Side dos Volta, indo já longe os Ummagummas e os Meddles dos Texanos. Octahedron é bastante mais conciso e coeso, apesar de se manter fiél em parte à ideia e rtaízes dos Volta, que foi sempre o experimentalismo e o ecletismo. Mas as músicas seghuem-se a compadsso lento, e inspirador, por isso há pouco espaço para Pidgren se desenvolver, e mais liberdade criativa a «Ikey» Owens, o às das teclas dos Volta. Halo of Nembutals é um pouco o regresso ao passado e aos nomes tão característicos que composeram as músicas passadas dos Volta. O oculto e os espaços vaizos do psicadelismo ainda lhes assentam bem, tal como demonstra aquela divagação em Twilight of My Dreams à tão rock clássico dos Floyd como Careful with that Axe Eugene, ou Saucerful of Secrets.
Cotopaxi ainda assim é o porvável sucessor de Metatron ou Goliath, a puxar mais à adrenalina dos Volta. só lamento que o Inglês tenha proliferado nas músicas. Faz falta um castelhano estridente, como na Cygnus Vismund Cygnus. Os Volta continuam como muma das grandes bandas do presente século, sempre com o experimentalismo no horizonte.

2 comentários:

André Sousa disse...

Meu Caro

Tás bom? Vamos a Dream Theater? Eu estou lá.
Não sabia que os Mars Volta já tinham novo disco. Vou certamente l
ouvir.

UM abraço

Refugee disse...

Claro que sim camarada. Compraram-me assim que foram postos à venda.