quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

FOCUS - IN AND OUT OF FOCUS (1970, IRS RECORDS)

Os holandeses são um país menos provável onde víssemos crescer uma banda de rock. Se calhar, o facto dos Within Tempation passarem mais por uns Evanescence escandinavosmuito ranhosos, e Ayreon ser um guru musical do death metal progressivo, um Nick Cave nórdico se se quiser afasta a possibilidade de considerarmos os Focus como um banda progressiva. Mas sejamos justos, os holandeses são os arianos mais abertos que existem. Eles são as ovelhas tresmalhadas da pureza racial. Tudo está bem, desde que eu possa colher tulipas e fumar charros no café.
A cultura de drogas floresceu numa banda progressiva dos anos 60, a caminhar para os 70. Vamos ser sinceros, todos os factores jogam a favor deles. Menos a celebridade.
Provavelmente ainda serão mais uma crónica do meu camarada André na sua rubrica ilustres desconhecidos. Tal como tantos outros, merecem que o seu mérito seja reconhecido.
A Holanda sempre teve grandes contactos com o que se passava na Grã-Bretanha, e enquanto França e os seus Gong e os Germânicos divididos retardavam em receber as influências da «Nouvelle Vague» nova vaga. A união das duas casas reais aquando de Guilherme D'Orange deu os seus frutos, ainda que 300 anos depois. Versados particularmente em composições dos emerson, Lake & Palmer e Electric Light Orchestra, Yes, e composições antigas dos Genesis e Pink Floyd, o álbum de 1969 reflecte bem aquele perfil pastoral nas músicas uma simplicidade que hoje facilmente seria agrupados aos Fleet Foxes.
O título homónimo instrumentsal mostra bem a orientação do grupo. Mas se o espírtio Floydiano e Yessiano estam presentes na abertura, a alegria inocente mostram bem a atitude beatle muito em voga, e se alastrou como uma epidemia, por todo o movimento rock. Um piano simples e bucólico que se identifica rápidamente com o método de Wakeman nos Strawbs, pelno perído pré-Yes. As letras mergulham em definitivo nas preocupações hippie, sobretudo espirituais e transcendentes.
Quase em estilo de Sinfonia, o próximo andamento mantém o espírito alegre, muito influenciado pelos Beatles, mas com teclados bastante mais apurados. Mas ses as causas metafísicas estavam presentes em Black Beauty com Love Without Fear, muda-se para o psicadelismo bem ao estilo dos Cream, com a psycocilibina a bater forte «I wish you were a cow...» ou «Children I love you [...] You are not for sale». O frenesim eléctrico, e a flauta transversal à Ian Anderson repercutem-se nos teclados de Thijs van Leer em Anonymous o maior feito musical do grupo, pelo menos em termo de celebridade. A paixão pelos intrumentos, e o virtuosismo musical cehga-se até ao baixo de Martijn Dresden que não é indiferente às tecnicas de John Entwistle dos The Who. A guitarra é a última a ser negligenciada, até porque Jimi hendrix fez o favor de disseminar a cultura da própria transformando-a no elemento de culto que ela é hoje. Mas ao contrário de outras bandas de rock progressivo Jan Akkerman nivelou-a ao nível de outros instrumentos, fazendo de Anonymous um espaço para os solos de todos instrumentos, incluindo a bateria de Hans Cleuver.
Mas não é por aqui que culmina as referências aos Jethro Tull de Ian Anderson, ou a atitude medievelesca dos King Crimson. Indiscretamente House of The King é quase que um tributo ao feito histórico da banda de Robert Fripp e Greg Lake, só que com uma experiência escolástica que estes não tiveram no seu primeiro álbum.
Apesar de não terem uma produção discográfica inensa, o álbum está bem rpoduzido e com uma sonoridade técncia intensa e com uma qualidade excelente. Infelizmente, poucas são as bandas que chegam ao estrelato internacional sem se renderem ao inglês como forma de expressão. Grande parte da cultura anglo-saxónica está lá presente, ainda que eles sejam do páis das túlipas e dos tamancos.

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