sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

DEEP PURPLE - MADE IN JAPAN (1972, EMI RECORDS)


Não admira que passados 34 anos, os Dream Theater decidissem prestar tributo a um dos grupos fundadores do hard rock/heavy metal, tocando ao vivo, na integridade, este álbum ao vivo. Made in Japan é um álbum tão importante e único que deve ser analisado como outro álbum de estúdio dos Purple.
Estávamos em plena digressão do Machine Head, o pico mais alto da banda com a Mk II na sua mais esplendorosa força. O Japão era um país em, pleno processo de ocidentalização, e ainda um mercado em desenvolvimento para as bandas roqueiras ocidentais. Os Deep Purple eram já reconhecidos pelos seu virtuosismo e elevada tecnicicdade que apresentavam em palco. Quem quisesse ir a um concerto dos Purple tinha de estar preparado para solos extensos (de todos os instrumentos, incluindo a própria voz) e jams inesperadas. De facto, isso era o que um ouvinte de rock esperava de um concerto por esta altura, improvisação e virtuosismo. hoje poucos são os ouvintes dispostos a espectáculos desses.....
Gravado ao longo de três calorosas noites entre 15 e 17 de Agosto de 1972, em Osaka e no famoso Budokan, no Japão. Aliás, o álbum teve tanta receptividade que os três concertos acabaram por ser lançados numa compilação Live in Japan.
O concerto abre com a melhor abertura esprada, em crescendo e cheio de adrenalina, com o espírito mais rebelde possível em Highway Star, com a voz de gillan a demonstrar todo o seu potencial, sem uma única falha comparada com a voz de estúdio. Os Purple conseguiram muito bem adopta a música a um contexto ao vivo, extendendo a secção instrumental de uma forma bastante natural, tanto que a música ao vivo parece mais compreensível do que em estúdio. Machine Head foi o prato forte da noite e bem que podia ser o úncio prato da noite, mas os Purple regressaram atrás um pouco até In Rock, tocando uma das maiores baladas alguma vez tocadas por um banda de rock. Como a balada se tornou gigantesca Black more puxa o quarteto para uma jam bluesy, com a guitarra em preponderância. Made in Japan é talvez um dos exemplos de poque Blackmore é um dos melhores guitarristas de sempre. O sempre seguro e preciso, dá um ar menos melancólico à música do que seria esperado. Depois do frenesim de notas regressa-se à calma e ao poderoso timbre vocal de Gillan.
Obviamente que a música que ficou eternamente conhecida com um dos riffs de guitarra mais emblemáticos não poderiam ser negligenciados, ligeiramente adaptado ao vivo, para melhor diga-se. O som sai tão natural, parece-nso quase que os mebors brincam com os instrumentos, e embora nem tudo estivesse bem dentro da banda, a coordenação e o espírito de integração são supreendentes. Claro que os Purple fizeram muito por manter bem a identidade de smoke on the Water, porque esse seria o ponto forte da noite, tirnado o solo de Blackmore e o solo de Jon Lord.
Mas a noite ainda pertenceria aos solistas, que ainda não tiveram o seu espaço demarcado. Se John Bonham tinha a sua Moby Dick para se expandir, Ian Paice entrou na competição para solo mais espectacular de sempre em The Mule.
Blackmore e Lord haviam de ter ainda um pouco mais do seu espaço seja na melodia alegre e viva de Strange Kind of Woman ou na instrumental Lazy. Quem houve o duo guitarra/voz nesta música não consegue perceber como Blackmore e Gillan seguiram cada um o seu caminho, especialmente com aquele grito final de Gillan, nunca os Purple voltaram a ter uma voz tãopoderosa e, provavelmente nem outra banda de rock. Este duo acaba por ser tão bom ou melhor que o duo guitarra voz de Page e Plant em Dazed & Confused.
Mas ainda não falámos de um importante mebro da banda que até agora esteve bastante discreto, Roger Glover. o baixo pouco serevela sozinho durante um concwerto. Glover acab por ser o ritmo e o alicerce onde todos os outros solistas se apoiamm para entregar a sua magia.
Embora sempre instrumentalistas e com grande tecnicismo, o concerto consegue sempre ser cativante, e facilmente se perceb por que é uma das melhores actuações ao vivo de sempre.....

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