terça-feira, 4 de novembro de 2008

MARILLION - THE HAPPINESS IS THE ROAD (2008, INTACT RECORDS)

Os Marillion chegam a 2008 com uma inspiração ciradora, inédita em bandas com um largo período de existência. Relembra-se que ainda em Abril de 2007 e, após uma digressão confortável, os Marillion lançavam Somewhere Else, álbum bastante tímido e diria neutro para a longa carreira dos Marillion. Talvez por ser um número simbólico, e porque já planeavam este lançamento com alguma antecedência, Happiness is the road é um projecto ambicioso e até bsatnte arrojado para uma banda como os Marillion. Não porque eles sejam uma banda com uma larga experiência musical, mas porque têm um longo historial e uma carreira demarcada em 2, quase tão forte como a dos Genesis com a saída de Fish, que delineou um era, e separou em grupos milhares de admiradores. Hoje, os Marillion são uma banda de culto e, felizmente, uma banda fiél ao seu som e às suas caracterísitcas. A aproximação à indústria discográfica é semlhante à doutrina «Radiohead» com este álbum a sair apenas em formato digital, por enquanto, até haver dinheiro suficiente para poder publicá-lo em disco. E não é de estranhar, o próprio Hogarth revelou que os Radiohead eram uma das bandas actuais que mais lhe eram apreciadas.
A música, contudo, continua marcadamente própria e bem ao estilo da fase Hogarth. A sua voz limpa, nítidfa e bastante mleancólica, pinta quadros etéreos e paisagens envolventes. Diria mesmo que os Marillion hoje, aproximam-se de um post-rock ambientalista e soberbo, inspirado nos Sigur Rós e nos Pink Floyd de Division Bell (principalmente nos teclados de Wright).
O título sugere isso mesmo espaço e reflexão. E o fortes teclados de Mark Kelly frisam essa ideia, sobrepondo-se lentamente à guitarra lírica de Steve Rothery, o ancião do grupo. O pendor artísitco e erudito musical reflecte-se logo no tema de abertura, com o tom angélico de Hogarth e o piano angélico de Kelly.
Os temas evoluem em volta de um tema central e a banda fez por tornar o conmceito em volta de uma viagem ao centro do eu, do próprio ser humano. Por isso fazem-se ao caminho, num tema introspectivo, mas bem compassado em This Train is my Life, e assim por diante os temas vão oscilando pelos carris, com um equilíbrio notável, mas num compasso pouco versátil. O baixo de Trewavas continua a ser importante, pois a sua atitude melódica encaixa-se perfeitamente no conjunto e oferece um óptimo suporte, para os devaneios supremos da guoitarra de Rothery que continua a ter como ídolo, sem qualuqer dúvida, os blues progressivos de David Gilmour. Happiness is on the Road é o tema central, o épico que se destca em todas os álbuns do movimento progressivo e, por isso, o álbum homónimo tinha de ter o mesmo nome. Destca desde logo o ponto que é fulcral em todo o álbum, a voz de Hogarth, que por ser também ele teclista, demontra a influência na paisagem etérea que transpira em todo o álbum. Só mas tarde no andamento se segue a guitarra, como uma sereia encantadora, dá mote para a secção rítmica entrar.
Frequentemente a falar na primeira pessoa, Hogarth supera a fraqueza que outros voalistas costumam afectar na sua idade, e melhora de álbum para álbum. As letras, de uma franqueza e inspiração inspiradoras, mas ao memso tempo comum cunho amargo, relectem uma esperança que se encontra em todos nós para lutarmos para encontrar a nossa própria felicidade. É só fazermo-nos à estrada.....

1 comentário:

André Sousa disse...

Estes Marillion continuam-me sem dizer muito! Ainda não é desta que temos um clássico ao nível de "Misplaced Childhood".