terça-feira, 22 de dezembro de 2009

STRATOVARIUS - POLARIS (2009, VICTOR/EARMUSIC)


Nas minhas andaças pela busca da melhor banda do mundo, e enquanto ficava siderado a ouvir as maravilhas dos Dream Theater, dei-me conta de uns finlandeses maravilha, que conseguiram a proeza de se manterem vivos e activos sem nenhum dos membros do seu alinhamento original, correram o risco de se tronar num fim funesto de uma novela mexicana, ou pior desfecho de um romance de Camilo Castelo Branco versão cigana - tudo morto à facada.
Com Stratovarius o quinteto que se elevou a épico do Power Metal, com o vocalista mais narcisista que já existiu - Timo Kotipelto (superando mesmo James LaBrie), demonstrou punho de ferro na hora de retomar as rédeas da banda. Mais de 15 anos não foram suficientes para impor a Timo Tolkki, o guitarrista fundador, a autoridade necessária sobre a banda. O Choque de Titãs, quase como a rivalidade Gillan/Blackmore dos Purple, chegou para lançar o clássico Vison, o clássico power-metal, ou o mesmo em versão pop com Destiny, até enveredar pelas malhas do porgressivismo Tolkiano em Elements Pt.1 e 2. Até que as coisas traspareceram cá para foram que não estavam bem, e Tolkki foi esfaqueado e Jens Johansson, o teclista chegou mesmo a chamar-lhe o fim.
Veio Stratovairus a vingança de Tolkki, mas mesmo assim tinha um sabor agri-doce e de que as coisas não resultariam muito tempo. Foi então que se despediram que era o líder que lhe chamava um projecto que lhe já não pertencia. Levou consigo o imperceptível Jari Kainulainen.
O melhor que tiveram a fazer foi mesmo a renovar a forta das cordas. O novo sangue trouxe uma dimensão eclética e cheia de ferocidade de encher de notas cada compasso de música.os amadores do classicismo, e conservatório ciraram um épico considerável, igualável, senão mesmo superior a Vision ou Intermission.
Deep Unknown é a demonstração imediatado sangue renovado, com um guitarra soberba e cheia de vitalidade de Matias Kuipianen e a estas se seguem Higher We Go ou Somehow Precious. E no baixista não se fala. Como um Cliff Burton escandinavo, traz-nos das melhores composições do álbum como Forver is Today ou Falling Star, e a virtuosa Suite EmacipationPt.1 e 2.
Mas nem os veteranos se deixam levar ou ser ultrapassados tão facilmente. O mentor Johansson supreendido mas não vencido dá ainda um excelente contributo King of Nothing, Blind e a balada brutal Winter Skies. Um hino à Estrela Polar, vindo dos lobos da Lapónia, das terras gélidas.


Sem comentários: