terça-feira, 21 de julho de 2009

STREET SEEPER SOCIAL CLUB - STREET SWEEPER SOCIAL CLUB (2009, WARNER MUSIC)

Tom Morello é, sem smbra de dúvida, um dos melhores guitarristas à face da terra. Para além de conseguir inventar e reinventar um estilo, ele reinventou uma maneira de tocar guitarra, elevando o funk e o hard rock a outro nível diferente, como também o de compositor e condutor de projectos musicais. Não só voltou às suas raízes, como arranjou um substituo para Zack de La Rocha - Boots Riley.
A fórmula não é nova. Os Rage Against the Maxhine já varriam o lixo da rua, com as suas enormes críticas socias mordazes e realistas, como também, revolucionárias. A reunião dos RATM apenas agulou o desejo de Morello de regressar aquilo que ele sempre soube fazer muito bem, riffs de intervenção para apelar à porrada, Não censuro. Eu próprio quero sentirm-e tentado a pegar no próximo tijolo (como apela Boots Riley em The Squeeze) e cocktail molotof e esmagá-lo na cara do de um segurança, com toda a raiva do mundo. É a música da revolta.
Muitos fãs de RATM, como eu, vão gostar deste novo projecto, que não deixará de parecer uma substituição do velho Zack, Tim Bob e Brad Wilk. Mas como podemos, ver, musicalmente, a mestria de todas notas instrumentias que saim daquelas colunas e auscultadores, era do nosso velho Tom. Ele era a alma criativa, sem dúvida.
E para continuar este manifesto, Morello teve que recrutar alguém com um perfil aproximado do Zack. Tal como este, Riley cedo se apercebeu das questões políticas, económicas e sociais prementes. Isso motivou-o a ingressar no Progressive Labor Party e no Comité Internacional Contra o Racismo. Mas tal como Zack, apercebeu-se, quase simultaneamente do poder das letras transmitidas através do microfone. E musicalmente, o sentimento de reolta e intervemção pode melhor ser descrito do que através do rap e do hip-hop. Aliás, esse cariz consta das verdadeiras raízes do hip-hop, que nasceu dos bairros sociais, os célebres «projects». Mais tarde fundou, os The Coup, que nunca atingiu o suesso dos RATM, ou de outras bandas de rap, vocacionadas para a música de intervenção. Ficariam célebres pela capa do álbum lançado imediatamente a seguir ao 11 de Setembro, que mostrava os membros da banda a asisitir ao colapso das torres, como colapso do próprio sistema capitalista.
Mais tarde, Tom Morello viria a actuar várias vezes com os Coup, o que levou ao delineamento deste projecto. Foi sobretudo, a vontade de reviver aquilo que constituia o espírito dos RATM, músico como veículo de ideias e de criticismo político que se perdeu com o sucesso da banda.
Só que quem ouvir SSSC, apercebe-se das semelhanças, mas também mais variação e mais apelo e suavidade que não havia nos RATM. Nota-se claramente um fuga para o funk que não acontecia nos primeiros álbuns dos RATM (Rage Against The Machine e Evil Empire). Oath, por exemplo começa em harpejo, e The Squeeze tem artifícios vocais que Zack não usava. Mas nota-se em Riuley um excelente construtor de letras, que não procura, nem persegue o sucesso. E Morello claro está, como um mestre dos riffs, entre os melhores, James Hetfield, Adam Jones, Jimmy Page, os que quiserem. Óptimo para reviver a alma dos RATM, mas sob escamas diferentes.

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