quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

HANNIBAL DE RIDLEY SCOTT, 2001 (UNIVERSAL PICTURES)

Depois do regresso em grande com o Gladiador, em que estabeleceu uma relação duradoura com Russell Crowe, Ridley Scott desenvolveu a sua própria produtora, que implicou a sua própria independência na visão artítica e técnica do cinema. A dependência dos estúdios tinha-lha saído bastante cara já em anos anteriores.
O argumento foi práticamente feito por encomenda, e todos esperavam para saber o que se tinha sucedido ao misterioso, e brilhante, tanto quanto monstruoso Dr. Hannibal Lecter. Thomas Harris o criador de o Silêncio dos Inocentes, voltou à sua personagem emblemática, que «custou» a Anthony Hopkins um Óscar, e abriu assim o pano de fundo dos últimos 10 anos em liberdade.
Esperava-se, certamente, o regresso de Jodie Foster, mas é certo que a actriz rejeitou o papel, ainda por razões incertas. A sequela do filme de Jonathan Demme tinha de ser promissora, pois Silêncio dos Inocentes foi um clássico que ficou marcado em definitivo na cultura popular americana. Hannibal surpreende de maneira diferente, saindo do conceito ideal de policial arrepiante, mais para o policial acção, ficando os espectadores mais interessados na história de Hannibal em si, que no episódi em si tinha sido mais uma personagem, secundária face à trama, ainda que com um papel muito preponderante.
Julianne Moore veste aqui o papel de Clarice Starling, que tendo sido alvo de um processo disciplinar intero, se vê a braços com a responsabilização dos erros superiores. Ridely Scott fez bem em apostar num conceito totalmente diferente. A trama é inteiramente distinta de a de Silêncio dos Inocentes. Nós estamos sempre a par dos acontecimentos de Hannibal e a intriga pela sua parte é bastante mais dinâmica. Ao passo que a prequela, o Dragão Vermelho, ainda que bem sucedida é bastante mais similar a Silêncio dos Inocentes.
Assim Starling foi encarregada da tarefa menor de encontrar o sociopata Dr. Lecter, que entretanto tinha entrado para o Top 10 dos criminosos mais procurados do FBI. Entretanto do outro lado do mundo o italiano Inspector Pazzi está também no encalço do Dr. Lecter, sobretudo pela recompensa que faria dele um milionário. Este mesmo já tinha falhado a sua investigaçãono caso do Monstro que tinha morto mais de 14 pessoas. E de repente, perante a insolvência do mesmo é transferido para investigar a morte do conservador do museu, que por coincidência o Dr. Hannibal Lecter quer preencher o lugar vazio do mesmo.
Aqui vê-se as diferenças de conceito por Scott, até porque ele não é fã do policial ortodoxo. Rapidamente nos apercebemos quem é o autor de tanto o caso do «monstro», como da morte do conservador do museu. Mas isso nem interessa tão-pouco. O que releva é saber o destino de Lecter, até porque este tem à perna a sua única vítima sobrevivente, o milonário Mason verger, encarnado por Gary Oldman. Até porque era isso que o público em geral queria saber, quem é Hannibal Lecter. Obviamente, Hannibal não nos dá nenhuma luz sobre as origens ou o passado do Dr. Lecter, e por isso Hannbial Rising é um filme na mesma linha de Hannibal, assi m como Dragão Vermelho segue Silêncio dos Inocentes.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

TOP PESSOAL DOS MELHORES POWER TRIOS DE SEMPRE


1 - Cream

2 - Rush

3 - Experience (também conhecidos por Jimi Hendrix Experience)

4 - ZZ Top

5 - Muse

6 - Emerson Lake & Palmer

7 - Nirvana

8 - Motorhead

9 - Police

10 - Rose Hill Drive

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

DIXIE DREGS - LIVE AT MONTREAUX 1978 (EAGLE RECORDS)

Este é um dos raros casos em que encontramos um «concerto-documentário» em execelentes condições video e audiográficas, sobre uma das bandas mais negligenciadads de sempre e imerecidamente. Apesar de curta duração. o DVD contém não só um excelente relato desta banda desconhecida como também a presença no famoso festival de Jazz de Montreaux, numa altura em que o movimento de fusão, Jazz/Rock estava muito em voga.
O desconhecimento dos Dixie Dregs, mesmo pelos fãs de música erudita não é por acaso. Cedo as discográficas começaram a pressionar estes virtuosos e talentosos músicos a integrarem vozes nas suas texturas, abandonando a sua componente totalmente instrumental. Como foi previsível que essa tentativa seria um certo fracasso.
Live at Montreaux segue o melhor alinhamento dos Dixie Dregs na fase dos anos 90 com a sua melhor formação, o lendário Rod Morgentsein a acompanhar o seu camarada de armas e fundador da banda Steve Morse (o futuro com os Deep Purple ainda era distante). A juntar-se à companhia estvam ainda o baixista, fundador e porta-voz da banda - Andy West - que contactava com audiência silenciosa e os virtuosos introvertidos. Mais pacatos estavam o "Pagannini" norte-americano - Allen Sloan e o passageiro Mark Parrish, que nem chegou a aquecer o lugar (mais tarde este lugar viria a acolher um dos virtuosos de Julliard School of Music, Jordan Rudess dos Dream Theater).
Night of the Living Dregs viria a acolher grande parte do alinhamento. Curiosamente um álbum de originais totalmente gravado ao vivo. Patchwork e Punk Sandwich encantam os ouvidos dos helvéticos, que inseridos numa cultura europeia estão habituados a uma grande exigência musical e técnica. Pensamos por vezes ser dificíl compatibilizar tantos solistas em palco, tanto a guitarra tradicional ponto de partida, para solos ecléticos e harmónicos versáteis, e o tradicional violino que insere naturalmente música folclórica e o velho blues na composição. Os Teclados dão um ar muito progressivo e espacial, que criam uma harmonia naquele frenesim de notas totalmente instrumental. Leprechaun Promenade é mais um tema do inesquecível álbum que se sucederia. Até parece que o compuseram totalmente na estrada.
Rod Morgenstein é também um competidor, sendo o baixo de Andy West quase que o moderador, no entanto desnecessário, porque embora a música se verse na improvisação, e nos solos sucessivos do instrumentos, cada músico sabe conceder o espaço aos restantes e parece existir uma química muito intensa entre o trio do rock Morse-Morgenstein-West. Cedo nos apercebemos que a natureza dos Dregs é mesmo a absorvência da audiência pelos instrumentos em si, sem qualquer necessidade de vocais, quaisquer que eles sejam.
Um excelente documentário-concerto que capta tanto o melhor de uma geração, como de um movimento musical, como de uma banda.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Rush - Xanadu

Música do dia #3: O èpico de Ano Novo, do maior power trio de sempre, pelo menos do rock progressivo. Estão em pé de igualdade absoluta com os Cream do rock psicadélico. Grande Bateria, Grande Baixo e Magnífica Guitarra

sábado, 3 de janeiro de 2009

ANJOS CAÍDOS DE PHIL JOANOU (1990, ORION PICTURES)


Finalmente os canais TVCine, que já mudaram de nome para aí umas 50 vezes, puseram um clássico muito pouco reconhecido. A história pode ser repetitiva, muito em causa do Óscar que Francis Ford Copolla ganhou com o padrinho, que definitivamente marcou o género dos filmes do crime organizado, que por mais usados que possam parecer, nunca ficam de «demodé». Para um filme deste género singrar não pode nunca faltar um grande elenco. E se o viram talvez ainda coloquem mais em dúvida a originalidade do excelente Departed: Entre Inimigos.
Neste momento, Sean Penn, Ed Harris, Gary Oldman e Robin Wright são potenciais estrelas em ascensão. De facto, já o são, apenas lhes faltam os Óscares de melhores actores que viriam a ganhar. O talento está lá, em particular o de Gary Oldman, o irmão do chefe do clã criminoso irlandês de Nova Iorque - Frank Finnerley - personificado na pele de Ed Harris.
Sean Penn é Terry Noonan, um americano de descendência gaélica, com fortes ligações à terra de S. Patrício. Subitamente regressa, sem avuiso prévio, encontrando-se com Jack Finnerley (Gary Oldman) num bar de um bairro de Nova Iorque controlado pelos Irlandeses. Cedo nos apercebemos que Noonan se quer infiltrar na organização da máfia irlandesa, quando o seu melhor amigo lhe conta que o seu irmão mais velho é agora líder do clã. Frank desconfia deste regresso repentino de Noonan e está preocupado com o seu passado, sobretudo, proque Noonan esteve envolvido num tiroteio num negócio de droga. Parece-nos um Billy Costigan Jr. (Leonardo DiCaprio) de Entre Inimigos, só que 16 anos antes, e não estamos em Boston mas em Nova Iorque.
A construção é sempre a mesma, entre todos os filmes de gangsters, e encontramos sempre um com vários parafusos a menos (Gary Oldman em Anjos Caídos e Joe Pesci em Tudo Bons Rapazes, Ray Winstone em entre Inimigos), mas agarram-nos sempre até ao fim, com uma imensa brutalidade. Noonan começa a fazer pequenos trabalhos, intimidações, destruição de propriedade alheia, extrosão, ou até, um eventual «acidente» pessoal. Depressa reata laços com o seu passado esquecido, tal como a juventude de Jesus, ninguém sabe o que Noonan fez durante 10 anos, o que preocupa todos os Finnerley, até Kathleen (Robin Wright Penn), o seu primeiro amor, que acaba por os reenvolver.
Durante o filmne denotamos a densidade psicológica que envolve, pois ele é um polícia envolvido infiltrado no clã dos seus amigos mais intímos. A culpa acaba por corromper a sua sanidade, e deixá-lo num desespero, num confronto entre cumprir o seu dever e a lealdade aos seus amigos. Lealdade que rápidamente será substituída pela vingança, quando a sobrevivência no mundo do crime organizado impede a existência de laços de amizade e afecto mesmo entre a família.
Apesar de os filmes de Gangsters serem estruturalmente similares, os finais podem nem sempre coincidir, embora sejam sempre fatais. Até há cenas de igual brutalidade e míticas, como o banho de sangue no bar de Nova Iorque. Nenhum filme de Gangsters pode sobreviver sem um grande elenco e State of Grace/Anjos Caídos, é um exemplo claro disso.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009