sábado, 23 de maio de 2009

A ESCUTA - TEMPORADA 1, CRIADA POR DAVID SIMON & ED BURNS (2002, HBO)


A Escuta, The Wire no original, é uma série que permanece ainda usssuros e algumas opiniões de soslaio entre alguns artistas. Mas as séries que permanecem desconhecidas no passado e no presente, serão muito provavelmente objecto de culto no futuro. Admito que, até certo ponto, e para quem se inicia na série seja até um pouco efadonha. Mas como o próprio David Simon admitiu, estabelecendo o paralelo com a obra-prima de Hermann Melville, Moby Dick. Neste caso Ahab quando chegou à estalagem para conhecer os seus companheiros, nós não fazemos a ideia enquanto leitores, qual o seu papel no desenrolar e no final da história.
De facto, assim acontece com a Escuta. Cada papel desempenhado só terá a sua revlevância descoberto, o seu propósito encontrado quando a trama culminar. Mas talvez nemn seja este o maior triunfo da série e, aquela, que muitos vão elogiar nos anos que hão-de vir. O verdadeiro riunfo da Escuta, reside para mim no detalhado e extremamente realista (no bom sentido) retrato social que preconiza. quem vê a Escuta, certamente abordará o mundo e todos que o rodeiam com outros olhos.
Talvez a facilidade ou pelo menos a capacidade de construir tal enredo veio do antecedente e qualidade do trabalho do jornalista David Simon, enquanto membro do Baltimore Sun. Desse ponto vista, ele apercebeu-se de como todos somos esferas caóticas e fantoches nas mãos de outros neste extremo e elaborado jogo social. O seu extenso trabalho de reportagem que já se antecederam na série da CBS Homicide, que já extrapolava para além de um mero policial, e a mini-série A Esquina (The Corner), também da HBO.
Tal como Homicide, A Escuta não é um mero policial, talvez uma crónica social policial. O principal responsável por esta primeira temporada até foi o seu colega Ed Burns, enquanto ex-polícia. Ao tentarem encontrar resolução para o extenso problema do narcotráfego e a insegurança num cidade cheia de problemas de marginalização e exclusão social. Filhos do Capitalismo, poder-se-iam chamar.
Assim Ed Burns e David simon fazem reconsrução de uma extensa operação policial que tratava um grande problema das sociedades modernas, à medida que abordava todos os probelemas acessórios e paralelos ligados ao narcotráfego, sendo o fenómeno da desigualdade e exclusão social o seu baluarte. Neste contexto surge o detective Jimmy McNulty, um gaelo-americano, que trbalha no departamento de Homicídos da cidade, com um grave problema de autoridade. Ao contrário de muitos que se arrogam incumbidos de serviço público, McNulty está preocupado em realmente fazer trabalho de polícia. É por isso que ele vai assistir a um caso, dirigido pelo Juíz Phelan, que envolvia um dos membros do gangue Barksdale e de como o crime acaba por compensar desde que se conheça as pessoas certas.
É esse aconteimento que acaba por despoletar todo o enredo, e a ira do seu chefe ultra-burocrático William Rawls. McNulty acaba por conseguir construir, não sozinho, aquilo que acaba por ser a Unidade dos Crimes graves (Major Crimes) destinada ao combate ao crime organizado e à corrupção activa. Nesse contexto acaba por travar conhecimento com o ambicioso Tenente Cedric Daniels, e o experiente, mas menosprezado Detective Lester Freamon. A investigação acab por culminar naquilo que já se esperava, altas esferas de poder político beneficiarem daquilo que é um dos maiores cancros das ruas da América e certamente daqui por uns tempos na Europa.
Sempre com um realismo, e nunca se afastando da realidade das ruas, a Escuta é uma série que será citada com frequência daqui a uns anos, onde as personagens nunca são o que realmente parecem ser.

1 comentário:

Anónimo disse...

quem gosta muito d'a escuta é o eminem. o mcnulty até entra no ultimo video do gajo ou lá o que é..