sábado, 16 de maio de 2009

CHE - 2ª PARTE: A GUERRILHA DE STEVEN SODERBERGH (2008, INDEPENDENTE)

Houve quem dissesse que tinha gostado mais do primeiro filme que do segundo. Eu discordo completamente desta frase, porque, desde logo se trata apenas de um filme e não de dois. apenas por questões de conceito de realização e de lduração da história fez sentido que tivesse sido fracturado em duas partes distintas e onde, de facto, Che triunfou e fracassou.
Talvez outro realizador não fosse capaz de tamanho empreendimento. Sodrebergh é umd os nomes mais sonantes do movimento realista do cinema moderno. Ele a par de Michael Mann tem uma obsessão pela captação de imagens reais. Mais uma vez não fugiu ao conceito, deixou-se levar pela narrativa diária e quotidiana de Che, acompanhando os dias da guerrilha e os momentos mais singificativos.
Talvez esta seja a prespectiva mais humana de contar a história deste revolucionário, através dos seus diários. Aí encontramos quase tudo, ou tudo, o que precisamos para tentar perceber Che Guevara. Esse foi o melhor ponto de partida para Soderbergh, que se aliou ao seu já velho conhecido Benicio del Toro e criou aquilo que Hugo Chávez chamou um verdadeiro filme Sul Americano.
Grande parte do filme é a narrativa histórica interessante ao estilo de Soderbergh, captando cenas do dia-a-dia de àngulos tudo menos ortodoxos do ponto de vista da realização técnica. Como sabemos Soderbergh sempre quis inovar, demonstrar as suas películas de pontos de vista diferentes, e tudo menos na versão antifa do cinema de a captação da imagem pelo espectador a partir do interior.
omo esse paradigma foi ultaprassado, hoje quer-se inserir o espectador dentro do filme, como se tivesse, de facto, a viver as experiências que fo filme quer relatar, para além de que o filme com um relato histórico, como visão histórica que se quer fazer passar, um livro vivído de experiências passadas que nunca poderemos presenciar a não ser por projecções virtuais dessa realidade. enveredou-se assim por um realismoa, que na minha posição, nunca se deve ter como exagerado ou exacerbado. Hoje quer-se veracidade e autenticidade num filme e pode-se consegui-la até um ponto, nunca deixando o filme de ser enfadonho ou desinteressante, pelo menos para um determinado tipo de público.

A partida de Che para o Congo passa despercebida no desenrolar da história. Soderbergh queres apenas caracterizar a Ascensão e queda de che Guevara enquanto revolucionário. Na verdade, Che era um homem insistente e determinado nas suas ideias. ele quis estender a revolução a todos os países da América Latina, tal como prometera a Fidel e Raúl Castro.
Che disfarça-se e parte parta a Bolívia para se encontrar com os Bolivianos, que aceitam a sua ajuda, muito embora sendo estrangeiro. mas agora não cubano, mas argentino. A caracterização foi pensado ao máximo detalhe, muito embora a cara de Del Toro tenha uma estrutura diferente, os diários de Che tentaram dar-lhe a imagem inerior como o Comandante terá sido.
A estrutura de Diário, faz passar os dias mais significiativos e os problemas diários de organização e táctica de guerrilha que Guevara terá encontrado, até ao dia em que num Pueblo, a população entregou os revolucionários que nunca conseguiram ganhar a sua confiança definitiva. Para além disso, Che teve que lutar, em terreno que não teve tempo de conhecer, sem qualquer ajuda das populações, nem apoio estratégico que tinha tido por parte de Fidel e das estruturas partidárias. Apenas cuba enviava dinheiro e armas, para ajudar o combate militar na Bolívia.
O presidente Barrentos, caracterizado pelo nosso ilustre Joaquim de Almeida que conheceu o fracsso de Batista, cedo tomou medidas solicitando a intervenção dos técnicos da CIA, que os E.U.A. prontamente se prestaram a ajudar, com acréscimo de armas e equipamento militar.
Perseguidos dia e noite e correndo para um local onde os mantimentos seriam cada vez mais dificeis de enviar, para além da moral descrescente da população que pela contra-informação prestada pelo exército desconfiava da boa-vontade dos guerrilheiros.
Até no dia final Che foi capturado pelo Exército Boliviano, e os propósitos do Palácio Presidencial em La Paz eram claros abater o Argentino. Assim o fizeram, mas Che sabia que a seu fracasso se manteria um exemplo para as gerações vindouras, e a lenda do revolucionário manteria o desejo de uma Amércia latina unida e mais justa e igual. Esse sonho ficará por se concretizar mas enquanto nos lembrarmos de Che, esses problemas nunca nos passarão ao lado. O seu exemplo de dedicação e luta por uma causa nobre manter-se-á nos nossos corações.

3 comentários:

Anónimo disse...

eu gostei, mesmo muito

Anónimo disse...

Teria dado mais valor ao Che se em vez dum revolucionario com arma, ele fosse um revolucionario com uma guitarra.

Fernando Ferreira

ricardo disse...

:)

tenho de ver...
abraço,
r.