quinta-feira, 23 de abril de 2009

BLASTED MECHANISM - MIND AT LARGE (2009 EMI/VALENTIM DE CARVALHO)


«Epá já ouviste o novo cd dos Blasted? Hey não. Mas então, está bom? Sim, meu. muito à frente. então mas está muito diferente? Epá, não. Está tudo na mesma. Meteram umas vozes do Agostinho da Silva. Mas tipo é Blasted, estás a ver?»
Esta seria um modelo de conversa a ter entre os muitos jovens da geração de promissores descendentes do amadurecimento da apelidada «democracia de Abril» ao capitalismo globalista e europeísta. Mas sim os Blasted lançaram um novo álbum. com o seu estilo muito próprio, e explorador.
Inicialmente, os Blasted Mechanism parecem mai em remodelar o seu estilo em palco com fatos que tornem gradulamente mais complicado tocar um instrumento do que tocar o isntrumento em si. Durante a digressão de Sound in Light/Light in Sound, os instrumentos tornaram-se cada vez mais estranhos e vanguardistas. Com sítaras e guitarras e dois braços, mas sempre com o sentimento de nunca estaarem ao nível do que os instrumentos eram capazes.
À parte de tudo isso, mérito tem de ser reconhecido quanto à escolha do substituto de Karkov. Pelo menos na voz a escolha foi acertada. Guisthu, representa tudo o que Karkov foi em actuação e atitude. Um sósia por assim dizer, mas falta-lhe o arisma. Karlkov lidava com as audiênmcias como um líder nato, do seu exército. Guisthu refugia-ser na mesma sequência de voz. Dá para ver que o seu esforço musical, ou conhecimento por assim dizer, não é, pelo menos, superior ao de Karkov.
As secções instrumentais mantêm-se quase que inalteradas e seguem ao mesmo ritmo quase todo o disco. A dada altura não sabemos se estamos num música diferente, ou se são todas clones de Under the Sun, ou para os mais leigos de Start to Move. è verdade que a msicelânea de estilos que compõem os Blasted dá-lhes uma certa originalidade, mas a repetitividade, demonstra dificuldade em composição de músicas. Este rock tribal electrónico com fusões variadas é o paradigma e a linha rigída de composição. Os Blasted complexificaram tanto, ou inovaram tanto que tornaram-se a semente do seu fracasso parcial. Por outro lado os Blasted seguem em frente não criando, mas recriando. Limitam-se a remisturar indefenidamente, ao ponto de ser irrelevante o conteíudo da música, desde que dê para curtir numa boate minada de freaks e pessoal todos o World Music. Basciamente Mind at Large é um banda sonora ideal para fazer uma festa numas caves velhas com pessoal todo alternativo. Pelo menos, segndo o meu ponto de vista.
Pouco há que assinalar sobre o novo cd dos Blasted. Talvez com a introdução de alguns ritmos latinos, mas lá está isso é mais recriar e tentar manter aquele padrão que lhes passou a ser exigido implicitamente de forçar as barreiras normais de criação musical. Também se tornou estranho com o passar dos tempos, uma banda sendo composta por tantos instrumentistas, ainda nºão se tenha desenvolvido mais na parte técnica, e se torne cada vez mais dependente da voz. Apesar de tudo é um álbum agrdável de se ouvir, com malhas bem sacadas. Veja-se Blast Your Mind com um excelente riff sacado do bambuleco e com uns efeitos brutais da sítara e do didjeridoo, que foi sempre um dos grandes fortes dos Blasted, que não foi esquecido. Source of the Light é mais um desses belos exemplos. A visão filosófica continua, mas mais nos temas das músicas. As letras são apelativas, mas incapazes de converter as ideias que se quer ilustrar. E mesmo se fossem, o público alvo dos Blasted poucos são os que conseguem perceber todas as suas implicações e se interessam pelas referências bibliográficas e ideológicas constantes como o livor de Charles Tart, Puthoff e Targ, vulgarmente podendo ser designados como ocultocionistas, ciências do oculto, também pseudo-ciências. Quando ouvem Blasted querem é mexer-se alvorada adentro, cheios de anfetaminas e metaanfetaminas.

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