domingo, 30 de novembro de 2008

DEAD COMBO - LUSITÂNIA PLAYBOYS (2008, UNIVERSAL PORTUGAL)


Durante décadas as massas cosmopolitas portuguesas, e as do interior com um ligiero atraso, contemplaram as influências estrangeiras, sobretudo anglo-saxónicas que atolavam o mercado discográfico. Este fascínio pelo estrangeiro cedo se revelou uma forte influência, nascendo projectos que adaptavam as músicas de fora a um contexto nacional.
Felizmente, a portugalidade hoje, é mais um motivo de fascínio e de interesse pelos ouvintes nacionais, e o experimentalismo está à vista. Não é à toa que Dead Combo foi designado como o melhor álbum do ano e, à primeira vista, muito merecidamente. A comparação indiscreta, não é um figura de estilo sem nexo. Os Dead Combo parecem conseguir aquilo que à partida parecia ser impossível: harmonizar dois estilos completamente distintos. Alguém brilhantemente os descreveu como: «a súbita entrada de Clint Eastwood numa guitarra de Fados», ou melhor, «numa República de Estudantes». Sim, em curtas palavras é mesmo isso de que se trata.
O facto de serm essencialmente instrumentais, também não é casual. Saídos de um tributo a Carlos Paredes, a nossa c adência reflecte-se no eterno espírito da guitarra portuguesa. assim como o velho oeste do saloon, quase que antecipando uma cena mortal de duelo de «seis-tiros» prestes a explodir. Só mesmo um duo com tanto bnrilhantismo e talento poderia fazer música que inspirasse as melhores produções cinematográficas internacionais. Desconfio que se alentejo Sem Lei fosse filmado hoje, ou re-produzido, das duas uma: ou não teria o mesmo destino, ou a banda sonora não seria caso para fracasso. «Fuga em correria menor» é o melho exemplo de uma perseguição de cavalos, no vale do Mondego, com um clímax digno de um romance de Camilo Castelo Branco, para além de um excelente participação da secção rítmica. E o regresso ao futuro é visível no forte baixo de Carlos Gonçalves em Old Rock N' Roll Radio. também o seu companheiro Tó trips demonstra a fibra de que são feitos os virtuosos portugueses em Cuba 1970, não só a demonstrar influências lusas, como latinas. Este ecletismo mostra como os Dead Combo dificílmente desiludem e elevam a música portuguesa a níveis nunca antes experiênciados. Carlos Paredes está-lhes no sangue e Lisboa/berlin Flight é caso disso, que aliás conseguem incoporar tanto no classicismo, como na electrónica do futuro. Parabéns a Tó Trips e Carlos Gonçalves.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

OASIS - DIG OUT YOUR SOUL (2008, WARNER BROTHER RECORDS)

Sendo 2008 um ano de regressos também os irmãos mais controversos do pop rock britânico ansiavam um regresso. Armados em Beatles da nova geração, as guitarras e os fortes vocais e ainda uma queda para o cenário psicadélico fazem dos Oasis uma banda a evitar no meio do deserto. Mas não se pode ignorar o facto de que existem e de que eles próprios defendem a sua importância. Tal como a banda, este álbum é pegar ou largar. com certeza as miúdas, entretanto muits delas agoras mães de putos rebeldes, continuam a achar interesse naqueles bêbados de Manchester que são conhecidos por estarem bêbados grande parte do tempo e dizerem «fuck» e «mate» parte maior do tempo ainda. Don't believe the truth foi mau decepcionante demais para ser verdade, e Dig Out Your Soul era agauardado com alguma expectativa.
Sinceramente, acho que tem boas canções, e que seria mais apropriado como lançamento de verão, do que propriamente para preencher a época do frio. Grande parte das músicas é desprovida de significado e, sobretudo, muito impessoais. Safa-se algum talento instrumental, mas vêm a atalho de foice das novas gerações do rock britânico que carregaram no cru da distorção das guitarras. Facilmente identificável com um álbum novo dos Artic Monkeys.
Basta cpomeçar pelo título: o que será que quer dizer «Dig Out Your Soul», esgravata a tua alma??!?!?!
Bag it Up é o tema de abertura, e Liam Gallagher carrega na sua voz de bagaço. Sabe-se lá quantas vezes é que aqueles dois já anarama à tareia. Provavelmente ainda devem repercutir nas letras quem estragou o brinquedo de quem. E para mais são os únicos sobreviventes da formação original, havendo poucos que queiram resistir às birrinhas dos irmãos Gallagher. Neste momento aidna devem estar a discutir quem tem projecção em palco, quem deve estar ao centro, quem vai ter os coros principais. e outras pintelhices. De certeza que Gem Archer e Andy bell estºão lá penas para sacar o deles.
As guitarras são simples, com uma distorção simples e crua, e uma aposta crescente nos teclados a que Jay Darlington fica responsável nas digressões.
Schock of Lightning é outra sem nexo. Parece aquele tema que passa para dar pica aqundo de uma saída nocturna. «Love is drum machine....» o que será que esta merda quer dize. Nem de propósito metem um solo de bateria no meio da faixa, nem de perto nem de longe de um solo de tachos e panelas que Zak Starkey teve de materializar. Aliás do actual alinhamento, os Oasis não têm nenhum baterista, tendo destroçado quaisqer résteas dos perídos aureos, se é que houve algum, da banda.
A balada melosa pronta para verter lágrimas de crocodilos vem em I'm Outta Time, mais uma vez a pedir aquela atenção egocentrista e mimada. Causa-lhes tanta emoção como ver o Leeds United ganhar.... Ainda por cima acham-se uns George Harrison como While My Guitar Gently Weeps. E (Get Off Your) High Horse Lady soa-me estranhamente a uma balda pastoral dos Beatles que não são poucas.
Para mim os Oasis não trazem nada de novo. E se calhar nunca o fizeram. Têm o mérito de compor algumas boas músicas, mas que são tudo, menos originais. talvez venham aí denovo para serem escorraçados, e depois se enfrascarem no pub, escreverem músicas de menininhos coitado e incompreendidos, enquanto vêm o jogo do «menino de ouro».
Particularidades de te álbum destaca-se o facto de ter um bom tema em Falling Down, que tem uma boa participação vocal de Noel e dos teclados, e of acto de ter sido escrito e gravado em Abbey Road.
Os Oasis querem mesmo viver às somrbas do passado do rock britânico e carregar o seu legado, mas parece-me ser areia demais para o carochazinho deles.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

COLDPLAY - PROSPEKT'S MARCH (2008, PARLOPHONE RECORDS)



Depois de entrarem brilhantemente em 2008, aquando do lançamento do revolucionário Viva La Vida, o mito iluminista e libertário prossegue em Prospekt's March, um EP que é um complemento do LP, logo a começar pela capa, inspirada noutro quadro de Eugéne Delacroix, desta vez La Bataille de Poitiers.
Estão tão ligados que uma edição especial dos 2 foi lançada para os vossos ouvidos apenas. Ficou claro que havia algum material que durante a gravação de Viva La Vida os Coldplay não queriam desaproveitar, por isso vemos um tema de rompante como Life in Technicolor II, que no álbum principal era uma abertura instrumental tem agora os seus próprios vocais. Mas as divergências não se ficam por aqui. O Ep contém ainda as inéditas Glass of Water e Rainy Day que foram claramente escritas dentro do espírito do álbum. A voz de Chris AMartin entoa na mesma dimensão e as guitarras de Johnny Buckland continuam numa afinação e efeito etéreo, e a presença dos violinos continua a ser imperativa, se bem que Rainy Day serve-se com frequência de sons electrónicos recentes. Algum pessimismo melancólico não foi introduzido neste álbum, retomando algum optimismo caracterísitico dos Coldplay, logo na nova versão de Lost+ que conta com a colaboração de Jay-Z que assisitiu à apresentação do álbum no átrio do edifício da BBC em Londres, que fez um enorme esforço por estragar a música, a que os coldplay permitiram. Poderiam no máximo ter deixado particpar a sua esposa (de Jay-Z) cujos dotes, não apenas vocais, são bem mais simpáticos. Poucos notarão a diferença do timbre ou a densidade dos instrumentos, tal como as diferenças em Lover's in Japan se distrinçam de Lovers in Japan/Reign of Love, excepto revisitar músicas que ficaram muito bem para a história do pop rock britânico. É intererssante verificar como Lovers in Japan nos deixa uma certa nostalgia urbana. Keep on soldier on....

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Zé Carlos - Muita Lôco


Lembram-se?!??!! Encontrem-me um bom fundamento para se terem esquecido. Esqueci-me porque narara....

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

TWIN PEAKS: FIRE WALK WITH ME (1992, NEW LINE CINEMA)
Depois de falar da série de culto mais importante na história da televisão, muitos ouviram durante episódios a fio aquilo que se tornou a personagem ausente de um enredo mais célebre das artes dramáticas - Larua Palmer. Muitos perguntavam-se como seria Laura Palmer, pois para além do que outras personagens falavam dela, especialmente a sua amiga intíma e próxima, donna Hayward e a sua prima Maddie Ferguson e os poucos «recuos temporais», ninguém sabe ao certo quem era Laura Palmer.
David Lynch decidiu resolver a curiosidade dos fãs da série de uma maneira brutal e arrebatadora, criando uma prequela chocante que apenas deve ser vista depois de estarem ameio ou no fim da 2ª temporada da série. O começo é familiar com a música de Angelo Badalamenti a acompanhar o regress de Laura a casa. Depressa descobrimos que Laura é uma peronagem numa encruzilhda naluta pela própria alma, perdida no dilema entre o bem e o mal. É claro que se virmos Twin Peaks: Fire Walk With Me, depressa saberam quem é o assassino de Laura e quem determinou o seu destino funesto. O que eventualmente destruirá o gozo com que verão a série, por isso quem estiver interessado aconselho a acompanharem primeiro o desenrolar da série.
Ao abordar o quotidiano de Laura, David Lynch não se preocupou com qualquer censura. Ele quis mesmo demonstrar uma Laura corrompida e atribulada, embora acho que algumas cenas estão melhor eespelhadas, e mais assustadoras até, na série. O essencial de Fire Walk With Me é Laura, e o que é importante é mostrar que importância tem ela na sua família, principalmente seu pai, nos seus amigos e na sua, aparente, pacata cidade. E muita importância tem de facto. Tanto foi o impacto da série e da personagem que o filme foi imediatamente filmado à série e sheryl Lee, muito embora uma actirz muito pouco promissora, era um talismã para Lynch que el se esforçara por inserir na série, para além do papel remoto de Laura, caso da sua prima Maddie.
O Agente do FBI Dale Cooper, protagonista indiscutível da série, teve um papel diminuto no filme, mas ainda assim preponderante para precludir aquilo que culmina na série. O seu mordaz colega forense Albert também está lá, e o chefe Gordon, representado pelo próprio David Lynch também se encontra presente. o carácter bizarro e estranho das personagens está lá e é inseparável da técnica de Lynch, mas é assutadoramente humano tudo o que ele filma. Se anaçlisarmos, Lynch representa-nos o nosso lado mais oculto de uma maneira inesperada, e Laura é o paradigma de uma alma que luta contra os seus demónios.
O filme conta ainda com alguns inéditos como uma estreia de Kiefer Sutherland aka Jack Bauer, como especialista forense co-adjuvante do experiente agente representado pelo cata-autor Chris Isaak.
Lynch esforçou-se por conseguir integrar todas os autores que participaram na série para integrarem o filme, mas o Sheriff Turman, representado por Michael Ontkean, Audrey Horne representada por Sherilyn Fenn, e Donna Hayward por Lara Flynn Boyle não compareceram sendo a última substituída por Moira Kelly.
Muita importância assume o actor Frank Silva, que representa Bob, espírito que habita a «outra dimensão».
Indispensável para quem quiser conhecer o universo de Twin Peaks.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Ted Nugent on 2nd Amendment

Toda a gente sabe quem ele é, o grande guitarrista de Stranglehold, ex-Amboy dukes e Damn Yankees. O sulista mais conservador do rock, Mas será que conseguem continuar a ouvir a música dele, detestando os seus ideais?