Durante décadas o género progressivo viveu submergido nas mentes dos meninos copos de leite, dos tótós dos computadores que se atreviam a ouvir música para além dos pixels e dos chips, e alguns metaleiros mais maduros e eruditos da vertente Maiden.
Hoje, o metal progressivo é uma autêntica fénix renascida, fazendo parte de um grupo, um movimento bem mais diverso e completo, em que o experimentalismo, as viagens e todo o substrato da abertura e liberdade de espírito do progressivo dos anos 70, mas com uma roupagem bem diferente.
Os Symphony X, apagados um pouco pelo nome e o domínio dos Dream Theater nesta matéria, surgem em segundo plano, mas completamente injustiçados. Sobretudo, pela superioridade vocal de Russell Allen que é bem capaz de ser uma voz respeitada apenas pelos mais conhecedores e eruditos. Desde o tempo de V: the New Mythology que os Symphony X são um colectivo digno de referência. O seu core Michael Romeo (também poderia ser conhecido por Yngwie Malmsteen II) e Michael Pinnello que andam nestas andanças há bastante tempo.
E se Petrucci, é bastante reverenciado pela maneira como funde David Gilmour, Steve Howe e Kirk Hammett numa performance à Pagannini das 6 ou 7 cordas, Romeo é um Ritchie Blackmore a um Eddie Van Allen + Nuno Bettencourt dos tempos modernos, mas uma granda pujança para o Power Metal, o que significa mais guitarras, e grandes riffs.
A inspiração de Romeo é fenomenal e a intensidade da guitarra é feroz. E apesar da corrente mais gressiva e metaleira, os Symphony X não se esqueceram de onde vêm e que presença querem fazer no panorama do progressivo. Iconoclast mostra bem a compnente instrumental, mas também o poder do power metal. Jutando-se a uns Manowar e umas letras bem Heavy Metal, Russell Allen demonstra porque é um vocalista digno de respeito e admiração.

E apesar de muito presentes no power metal, os X arriscaram um duplo álbum, se bem que pecam na falta de conceptualismo muito característico das bandas progressivas e que o X já atingiram em The Odissey. Mas a corrente mitológica, digna de uma banda sonora de um God of War volta em Prometheus (I am Alive). Mas apesar de esmagadora prestação de Romeo, este não rouba lugar ao seu companheiro de armas Pinella, que bem demonstra a sua vertente escolástica em When All Is Lost, ou concorre com Ruddess em solos de teclados.
No meio disto aparecem rullo e Lepond, uma secção rítmica com pouca presença, mas apenas porque o fumo que vem dos instrumentos melódicos não nos permitem escutá-los com melhor atenção.
Lepond dispara um grande groove em Dehumanized e a pedaleira dobrada de Rullo não pode ser negligenciada. é claro que para uma bateria progressiva está pouco eclética, mas isto é porwer metal progressivo baby, é sempre a rasgar. E prometem estoirar com o Almadens já em Outubro próximo.