sexta-feira, 17 de agosto de 2012

MÚSICA DO DIA.... TEM DIAS#5: RED FANG - MALVERDE As bandas promovem-se umas às outras, e esta não foi excepçõ. Advinhem lá a que é que isto soa e descobrirão, como a descobri.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

THE GASLIGHT ANTHEM - HANDWRITTEN (2012, MERCURY RECORDS)

Encarados como promessas de um certo movimento revivalista, e amplamente patrocinados pela Uncut, os Gaslight Anthem apresentam-se como esperanças vazias de um regresso ao vynil e ao rock das massas do passado, com claras reminiscências country.
Herdeiros da música versão Tom Petty, os Gaslight Anthem dão um ar indie, e revivalista ao rock country. Apesar do seu reconhecimento, e a sua veia poética, a qual é subtilmente representada pelo tema «Handwritten». No entanto, bnão os consigo ver para além de uma banda sonora dos liceus americanos (em particular dos estados do interior), onde os jovens, não tão OC, vão deambulando pelos corredores, retirando objectos dos cacifos.
Sinceramente, talvez por que seja eu um estreante, não consigo encontrar tanto encanto na banda do tipo-que-é-capaz-de-ter-relações-familiares com um grande comediante americano. 45 entra-me pelo ouvido como se se tratasse da abertura dos novos filmes da Disney, e então a homónima Handwritten nem se fala, com os habituais coros «wo'oh» que cheiram e destilam a abuso por tantos artistas a longo dos anos.
Apesar de não ser um grande fã, respeito Tom Petty. E ao que parece também Brian Fallon, que até lhe dedicou uma versão da sua música, que surge no final do disco «You got Lucky». Mas se isto é influências, valha-nos Deus. Do criador de Free Fallin', vejo pouco ou nada.
Realmente o que se pode aproveitar de Handwritten é a voz, mas mesmo esta nada tem de original, a não ser restícios dos tempos das vozes esganiçadas e sujas do grunge, o qual reverteu num espírito de rua que os Gaslight Anthem se querem fazer representar. Homens do povo, quase se poderiam chamar. Aliás, apesar de quererem parecer horizontias, e um grupo coeso, sem espaço para individualidades, mas a voz e a guitarra rítmica de Fallon são tãpo omnipresentes, que nem dão espaço para os outros instrumentos respirarem.
A bateria de Benny Horowitz marca compasso, ao passo que o baixo de Alex Levine é completamente abafado pelo som das guitarras. Até mesmo a guitarra de Alex Rosamilia é incapaz de trazer algo de novo. Até porque Handwritten, pode mesmo vir do coração (talvez), mas é talhado para a pop, e isto que se fez já está muito batido.