sexta-feira, 9 de setembro de 2011

SYMPHONY X - ICONOCLAST (2011, NUCLEARBLAST)

Durante décadas o género progressivo viveu submergido nas mentes dos meninos copos de leite, dos tótós dos computadores que se atreviam a ouvir música para além dos pixels e dos chips, e alguns metaleiros mais maduros e eruditos da vertente Maiden.
Hoje, o metal progressivo é uma autêntica fénix renascida, fazendo parte de um grupo, um movimento bem mais diverso e completo, em que o experimentalismo, as viagens e todo o substrato da abertura e liberdade de espírito do progressivo dos anos 70, mas com uma roupagem bem diferente.
Os Symphony X, apagados um pouco pelo nome e o domínio dos Dream Theater nesta matéria, surgem em segundo plano, mas completamente injustiçados. Sobretudo, pela superioridade vocal de Russell Allen que é bem capaz de ser uma voz respeitada apenas pelos mais conhecedores e eruditos. Desde o tempo de V: the New Mythology que os Symphony X são um colectivo digno de referência. O seu core Michael Romeo (também poderia ser conhecido por Yngwie Malmsteen II) e Michael Pinnello que andam nestas andanças há bastante tempo.
E se Petrucci, é bastante reverenciado pela maneira como funde David Gilmour, Steve Howe e Kirk Hammett numa performance à Pagannini das 6 ou 7 cordas, Romeo é um Ritchie Blackmore a um Eddie Van Allen + Nuno Bettencourt dos tempos modernos, mas uma granda pujança para o Power Metal, o que significa mais guitarras, e grandes riffs.
A inspiração de Romeo é fenomenal e a intensidade da guitarra é feroz. E apesar da corrente mais gressiva e metaleira, os Symphony X não se esqueceram de onde vêm e que presença querem fazer no panorama do progressivo. Iconoclast mostra bem a compnente instrumental, mas também o poder do power metal. Jutando-se a uns Manowar e umas letras bem Heavy Metal, Russell Allen demonstra porque é um vocalista digno de respeito e admiração.
E isto é só a ponta do Iceberg. Se, o classicismo está presente em The End of Innocence, a atitude trash vem em Dehumanized ou Bastards of the Machine. Mesmo assim o lirismo vocal à metaleiro, digno de um Ronnie James Dio não deixa de estar presente Children of a Faceless God. Com uma abragência vocal, não admira que o instrumentalismo não seja tão evidente como noutros actos, leia-se Dream Theater. Facilmente se percebe porque Portnoy tinha ansias de juntar Allen ao seu pelotão.
E apesar de muito presentes no power metal, os X arriscaram um duplo álbum, se bem que pecam na falta de conceptualismo muito característico das bandas progressivas e que o X já atingiram em The Odissey. Mas a corrente mitológica, digna de uma banda sonora de um God of War volta em Prometheus (I am Alive). Mas apesar de esmagadora prestação de Romeo, este não rouba lugar ao seu companheiro de armas Pinella, que bem demonstra a sua vertente escolástica em When All Is Lost, ou concorre com Ruddess em solos de teclados.
No meio disto aparecem rullo e Lepond, uma secção rítmica com pouca presença, mas apenas porque o fumo que vem dos instrumentos melódicos não nos permitem escutá-los com melhor atenção.
Lepond dispara um grande groove em Dehumanized e a pedaleira dobrada de Rullo não pode ser negligenciada. é claro que para uma bateria progressiva está pouco eclética, mas isto é porwer metal progressivo baby, é sempre a rasgar. E prometem estoirar com o Almadens já em Outubro próximo.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

DREAM THEATER - A DRAMATIC TURN OF EVENTS (2009 ROADRUNNER RECORDS)

Deus escreve direito por linhas toras, ou então somos todos resultado de uma pura ironia, ou vítmimas de uma grande brincadeira de mau gosto.
Talvez sejamos nós como os palhaço equilibrista a atrvaessar o céu, e quando estamos a passar pelo teste de Abraão um avião rompe as nuvens em nosso salvamento. Um milagre?
O ser humano vive desesperado para ligar pontos de uma constelação e por isso temos de estabalecer relações entre marcas equidistantes ou não.
Mike Portnoy, o frontman que se senta num lugar mais improvável no palco, detrás do set de bateria, deixou a equipa galática do género progressivo ao seu destino, rumando para outros destinos deixando LaBrie, Petrucci, Ruddess e Myung para carregar a cruz.
Batidos, mas não vencidos, os génios minhocas decidiram continuar a cruzada e exteriorizar  aquela vontade incontrolável de escrever, escrever, e escrever mais músicas. O que esperar destas máquinas? Bem aparentemente, o nome sobrevive  e marca continua apesar de ícone abandonar o navio.
A filosfia continua bem própria, apesar de Portnoy ser um elmento fundamental, ele era mais um manager, do que um grande contribuinte da parte de composição. Todavia, a secção rítimica passava por ele. A seguir à percussão, o maior contributo de criação de Portnoy vinha nas letras, juntamente com Petrucci.
E nas reflexões, e no espírito crítico e atento de Petrucci que começa esta aventura. Mergulhados na crise financeira, as letras de petrucci expõem-nos e continuam a marca de tantas letras profundas a que os Drema Theater já nos habituaram - Voices, Great Debate, a Rite of Passage, entre outras. On the Backs of Angels não é excepção.
Mas a diferença de aproximação não passa indiferente. Logo de imediato notamos o contraste tanto na passividade da acção, o tom melancólico e a atitude mais lírica. Parece que a vertente mais metaleira deu lugar a uns Dream revezados nos sesu ídolos Yes, Pink Floyd ou Genesis. Bastane mais paisagísitocs, com arranjos jazzísticos, seja em Lost not Forgotten, ou na balada introspectiva de This is The Life.
esperava-se, e confirma-se um ascendente de Ruddess sobre a banda, e mais uma estreita colaboração com Petrucci. Apesar de apelativo e interessentate, temo que A Dramatic Turn of Events, se transforme na Dramatic Change of Guidance, podendo comprometer o reconhecimento que a banda tem tido recentemente, e se torne nos Dixie Dregs pós-modernos. Isto porquê? Porque apesar de ter a sua qualidade, músicas como Outcry, ou Breaking All Illusions (escrita pelo regressado poeta das cinzas Myung), e muito menos a «queda comercial» de Beneath the Surface, não demonstram a coerência e a estrutura de uma Honor Thy Father ou até mesmo uma In the Presence of Enemies, que são já clássicos do metal progressivo. Apesar de Bridges in The Sky darem o seu cunho positivo, nota-se que a bateria está muito apagada, quase como os álbuns de Opeth do princípio de década. E muito menos LaBrie tem o seu potencial vocal de outras eras.
Apesar de estranhar, e depois entranhar aos fãs, muitas legiões que vinham acompanhando Dream poderam perder o «momentum». E afastar-se.....