sexta-feira, 1 de abril de 2011

BLACKFIELD - WELCOME TO MY DNA (2011, SNAP MUSIC RECORDS)

Parece que os projectos paralelos, não são mais projectos paralelos. Pelo menos é essa a conclusão a que chego. Quem investiga as bandas principias, rapidamente vai buscar trablhos associados, e estuda o trabalho dos membros a finco, dando importância para o que se faz além destes colectivos emblemáticos.
Bem, dois discos seria o prazo limite do duo Blackfield ou, pelo menos, assim se esperava. Mas tal como surgiu Blackfield, o álbum homónimo, Aviv Geffen não esqueceu as encruzilhadas do carismático líder dos Porcupine Tree, habituado a escrever e a comandar as rédeas da criação artística, cedeu em continuar a colaborar com Geffen. No meio disto, o grandioso Fear of a Blank Planet e The Incident ocorreram, bem como Steven Wilson, sob o nome de Steven Wilson, com Insurgentes.
Apesar de estas mentes diferentes mas mutuamente interessadas se distanciarem na criação musical, a versatilidade e o gosto pela música de ambos faz de Blackfield uma banda progressiva na composição, mas não na expressão, dando-lhe um ar bem mais derock introspectivo, e acessível, na linha (esta palavra nos dias que correm já ganhou cá uma conotação) dos Marillion, que indirectamente acabaram por contribuir com a capa. Como tinha dito, Steven Wilson faz questão de demonstrart que é uma mente proactiva, mas The Incident, e o crescente fenómeno que os Porcupine Tree começam a representar pôs de lado uma contribuição significativa deste último, tendo Geffen apenas pedido contributo na performance. Daí que o álbum possa soar a progressivistas como eu, algo bastante estranho. Não tanto pelo soar a mil e uma noites com distorção ao barulho de Blood, ou mesmo a Go To Hell, que demonstra ímpetos bem menos comedidos, sobretudo no uso da linguagem, por parte de Geffen.
Este é um álbum pessoal para Geffen, e no fundo passa-se logo a imagem de identidade no título, bem como depois nas reacçoes misantorpas, e nas tensões familiares de On The Plane ou até mesmo de DNA. E em certa medida vemos o compromisso de Wilson em fazer uma coisa diferente, pela amizade, e sobretudo pela busca incessante da diversidade e ecletismo musical. Aqui não espaço para solos, alternâncias de ritmo, secções complexas como Wilson nos mostra nos Tree. É músicas, a canção livre e simples, escutável, melódica e sentida, sem grandes viagens ao asubconsicente, que tanto apreciamos nos Tree. Oxygen é a música trauteável, tão boa de se ouvir a caminho do trabalho, ou para facilmente aprender os acordes e cantar com os amigos uma música alternativa, para tantos tão desconhecida. Welcome To my Dna é assim a nossa pop privada, reservada aos fão do progressivsimo que tiveram a sorte, de um seu embaixador se ter junto a um importante músico de suporte dos U2 fazebdo deste disco uma agradável colecção de canções, que se esgotam nuns 49 minutos.