terça-feira, 30 de dezembro de 2008

LISTAS DE FIM D'ANO

Uma vez que caminhamos para um novo segmento de 365 dias e esperamos que a terra continue a fazer correctamente o seu movimento de translacção, aqui estão para mim o melhor (porque tento ser optimista) de 2008:

Melhor Álbum: The Bedlam in Goliath dos Mars Volta/Death Magnetic dos Metallica
Melhor Álbum Nacional: Lusitânia Playboys dos Dead Combo
Melhor Concerto: Rage Against The Machine
Melhor Álbum ao Vivo: HAARP dos Muse
Melhor DVD: Chaos in Motion dos Dream Theater
Melhor Banda Revelação: Fleet Foxes
Melhor Revelação Pessoal: Two Gallants
Melhor Regresso: Marillion
Melhor Despedida: Leonard Cohen
Melhor evento político: Eleição de Barack Obama para Presidente dos Estados Unidos
Melhor Livro: A viagem do Elefante de José Saramago
Melhor filme: O Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan
Melhor Série de TV Dramática: Big Love/Amor Eterno
Melhor Série de TV Cómica: Little Britain USA/ Pequena Grã-Bretanha EUA
Melhor Série de Animação: Futurama
Os votos de um feliz e prósoero 2009 dentro dos possíveis que a crise está cara até para os desejos. Até para o ano, ou melhor daqui a umas 72 horas.....

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

ANTHONY PHILLIPS - THE GEESE AND THE GHOST (1977, PASSPORT RECORDS)

«Ant Phillips» será o elemento dos Genesis mais discretoe, talvez, um dos menos reconhecidos pela generalidade dos fãs de Genesis e, contudo, ele é o mais identificável com o verdadeiro som dos Genesis, que enveredou pelo rock artístico e progressivo com elementos tipicamente pastorais e medievais. Ele foi o primeiro elemento essencial a bandonar o grupo o que abalou e bastante o gigante dos bastidores dos Genesis Mike Rutherford. Tão cedo foi ele substituído, devido ao seu pavor em lidar com audiências expectantes que nnuitos dos ouvintes não conseguem entender tanto o seu valor artístico, como a sua importância nos Genesis. Basta comprrender assim que ouvimos o seu primeiro álbum a solo - The Geese and The Ghost - que facilmente depreendemos que foi Steve Hackett que teve de se adaptar ao estilo e ao legado de Ant Phillips. Musical Box e uma grande substância de Foxtrot cosntruído a partir dos Genesis de From Genesis to Revelation ou Trespass. Só em em Selling England By The Pound pode Steve Hackett desdobrar-se e demonstrar todo o seu talento na bela 6 cordas.
O pavor de Ant Phillips não se coíbe e, cedo, voltou à criação de música critaiva e inspiradora. E nem por isso deixou de contar com o seu velho companheiro Mike Rutherford que não apenas produziu o álbum do seu velho amigo de Charterhouse como co-escreveu grande parte das canções. Para além disso um colega dos Genesis, mas não do seu tempo, Phill Collins, contribuiu com os vocais para o álbum.
Como não podia deixar de ser o álbum dá-nos uma nostalgia quase infantil, e no entanto, preenchida de maturidade, com um abiente pastoral esculpido em estórias de princípes e princesas e contos de fadas. Numa caracterísitca inteiramente progressiva surge-nos um álbum inteiramente conceptual com importantes referências bibliográficas, tanto pelo Wich Way The Wind Blows a invocar Emily Brönte, ou pelo magnânimo Tolkien que pulverizou toda a fantasia do rock nos anos 60 e 70.
A guitarra é o elemento essencial, não fosse Ant Phillips responsável por uma das actuações mais a caracterísitcas da guitarra na história do Rock em The Knife. A guitarra é o veículo de tranporte, é o mítico contador de histórias, e poucos conguem conceber ou contrabalançar o melodismo de If I Saw Her Now. Apesar de ser a jóia da Coroa, Phillips faz questão de um presença assídua de restantes intrumentos, seja de sopro como as flautas e os oboés, ou também do violoncelo que concede um ámbiente clássico à peça, Posteriormente surge-nos épica canção que ocupa inteiramente um lado de um vynil - The Geese and The Ghost, Pts. I&II - mas por que se encontrava a meio do alinhamento, foi cortada em duas.
O álbum nasce de um esforço conjunto e um desejo de dois amigos que queriam voltar a trabalhar em conjunto, por isso foi feito no permeio de vários trabalhos dos Genesis, principalmente, tendo sido concluído num perído de lesão de Steve Hackett, em que as gravações dos Genesis pararam ao fim de 8/9 anos de produção initerrupta.
Anthony Phillips pode não ser um elemento emblemáticos dos Genesis mas é certamente o mais identificável com as susas raízes.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

RORY GALLAGHER - MAESTRO DO BLUES-ROCK

Para muitos mencionar o apelido Gallagher ficará eternamente associdado ao pop rock britânico regado de cerveja dos Oasis que, de facto, não se lhes pode ficar indiferente seja pelo amor, ou pelo ódio que se pode nutrir por uma banda tão polémica e que, no entanto, não desiste.
Mas felizmente Rory Gallagher nada tem que ver com o clã de Manchester e externos fãs do nosso menino, e do seu amigo e rival Ronney. Rory Gallagher vem da ilha gaélica e herdeiros do Sinn Féin.
O seu trabalho começou bastante antes dos seus conterrâneos Thin Lizzy que se tornariam célebres na passagem do hard-rcok para o heavy-metal. Taste foi o grupo que o acompanhou nos anos 60 até ao proeminente Festvial de Rock Britânico, o Isle of Wight, onde os Free teriam também um dos grandes momentos da sua carreira, e os Who, um dos grandes concertos das suas carreiras, e ainda na helvética cidade de Monreaux onde outras bandas de rock teriam presenças memoráveis como os Yes, e os Queen que chegaram a ter aí um estúdio.
Depois da separação dos Taste rory Gallhagher prosseguiu a sua carreira a solo, assistido do seu coelga e amigo baixista dos Taste, Gerry McAvoy.
Nos anos 70 produziria 10 álbuns sendo a sua década mais produtiva, o que não é de estranhar pois os anos 70 foram os anos da hegemonia do rock, e por consequência do seu instrumento mais emblemático, a guitarra. Mas seria com Deuce que atingiria o seu máimo potencial, sendo designado como dos melhores álbuns de R&B.
O seu álbum ao vivo mais significativo seria, sem dúvida, o Irish Tour '74. Fiél e leal à sua pátria, Gallagher quis percorrer o seu país de lés-a-lés, acompanhado de uma excelente companhia de músicos com Ron DeAth na bateria Lou Martin nos teclados, e do trabalho de realização técnica do ainda desconhecido Tony Palmer. A digfressão documentada contaria documentaria assim a abordagem caracter´sitica e intensa dos blues pelo irlandês, que se destronaria, ainda que momentaneâmente, Eric Clapton do topo do ranking dos Guitrristas da prestigiada Melody Maker.
Este mesmo alinhamento musical acompanhá-lo-ia nos grandes álbuns que produziria de seguida nomeadamente o againdt The Grain, Calling Card e os emlemáticos ícones do hard-blues rock Photo Finish e Top Priority que foram produzidos pelo Sr. Baixista dos Deep Purple, Roger Glover.
Rory Gallagher foi também conhecido pelas suas jam sessions em que colaboraria com grandes senhores do blues como Muddy Waters, muito influente em Jimi hendrix, e Jerry Lee Lewis. Para além disso foi responsável pela adaptação da cítara no contexto do hard-rock, a menina de George Harrison.

Infelizmente Rory gallagher fez parte daqueles génios que sobreviveram alguns anos ao síndrome da estrela de rock. Morreu quarentão, tal como Frank Zappa, a 14 de Junho de 1995, na Holanda, devido ao abuso de consumo de alcool e drogas, que tomava para evitar a sua fobia de viajar de avião.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

MY MORNING JACKET - EVIL URGES (2008, ATO RECORDS)

Foi escolhido como uma das melhores colheitas criativas do ano 2008. Depois de terem feito competentemente a primeira parte da digressão europeia dos Pearl Jam em 2006 para promover o seu álbum homónimo que fez encher a nossa maior sala de espectáculos, os My Morning Jacket, uns orgulhosos norte-americanos da América profunda de Louisville, Kentucky trazem-nos um álbum bastante indie, melodioso e inspirador. Revivalista de algum modo, dão um cunho experimentalista ao remisturarem sons quase disco, ou elementos pelo menos, com o rock.
Tocado pela voz bastante caracterísitca de Jim James, fazem dos My Morning Jacket um projecto singular e sólido do movimento alternativo, estranho muitas vezes às bandas norte-americanas, especialmente as do interior.
Num estilo urbano, fácilmente associamos os My Morning Jacket a uma banda sonora de uma noite cosmopolita e tranquila. Tirando algum glamour industrial em Highly Suspicious, e mais pesado, próprio quase para pistas de dança, os Jacket apostam forte nos efeitos a cargo dos teclados de Bo Koster. As guitarras numa disposição muito soul e introvertida, emitem sons paisagísitcos, contrastando com as distorções bem aproveitadas. Exemplo disso é o tema mais interessante do álbum, Touch Me I'm Going to Scream, que os Jacket fizeram questão e fraccionar, dando um traço mais coeso ao álbum.
As letras são tudo menos lineares e, quase sempre intropectivas. Nestas alutras Jim James pisca o olho ao movimento Grunge que foi força motora do seu desenvolvimento enquanto músico, e os impulsionaram. Mas apesar disso os My M;orning Jacket depsrenderam-se dessas correntes fácilmente, inserindo-se na corrente Indie, que é tudo menos um movimento caracterizável. Librarian é essa história complexa, de paixão e atracção sensual por uma bibliotecária intelectual, e a face doapaixonado em fazer jus a esse conhecimento para conquistar esse amor.
Temos também o passeio dos alegres em Alumnium Park o que dá uma certa ironia, senão um paradoxo, ao próprio título do álbum. Evil Urges devia ser o mote de uma experiência negra, carregada e pessimista. Talvez quando a necessidade aguça o engenho, também a felicidade se encontra nos momentos mais inesperados. A atitude mais electrizante e mais «virada-para-as-raízes» chega-nos em Remnants. Curiosamente, os restos de um anterior perfil dos Jacket. Com muito mérito das guitarras um riff bem construído e bem aproveitado pela Gibson LesPaul de Carl Broemel.
Um álbum bastante interessante, mas que se espera não ser apenas fruto desta geração e, que possa amadurecer, para mais tarde recordar.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

DEAD MAN WALKING DE TIM ROOBBINS (GRAMERCY PICTURES, 1995)


O guarda prisional grita para o corredor da morte «DEAD MAN WALKING!», Mattew Poncelet, um infortunado e pobre cidadão americano do estado de Louisiana prepara-se para a sua última caminhada, porque, de facto, ele é já um homem morto numa questão de minutos.
Para quem a pena de morte se trata de uma questão problemática, não há melhor filme que retrate o dilema moral em toda a sua plenitude, tanto do lado da visão do recluso, como das famílis que ficaram arruinadas pela prepertração dos crimes. Tim Robbins quis, ao adaptar para filme o livro da Irmã Helen Prejean, dar uma visão signficativa de todo o problema. Se bem que se possa assumir uma posição no final do filme, o realizador pretende tudo menos isso.
Algusn Estados dos Estados Unidos aboliram, ou consideraram uma pena inconstitucional (ao abrigo da 8ª Emendanão praticam desde 1976, desde que o Supremo Tribunal Federal considerou no célebre caso Furman vs. Georgia, que suspendeu este castigo entre 1972-1976.
Recentemente os números têm aumentado e bastante consideralvemente, sendo os Estados Sulistas e do Oeste aqueles que mais praticam e com severidade a Pena de Morte.
Assim que sabe o dia da sua execução, Mattew Poncelet pede a uma Irmã, membro de uma Fraternidade Católica, para vir ajudá-lo na sua última encruzilhada.
Sem qualquer patrocínio judiciário, Matt não consegue escapar à morte, ao passo que o co-autor dos crimes Vitello consegue culpar Matt pela totalidade dos crimes, e execução total dos actos, ao passo que este se limitava passivamente a assistir, sendo punido como mero cúmplice. O problema há-de assumir gradualmente mais importância, à medida que as pessoas desejem o regresso da pena de morte.
O factor psicológico da pena de morte é muito importante, e o tema não é facil de discutir e, ainda mais, de defender. Cedo nos apercebemos que há um preconceito que esconde um motivo de vingança de satisfação com a morte de alguém quando a pena de morte é empregue. Algo que fundamentalizado irá dissolver as bases da civilização americana, pensando que os crimes foram praticados com instrumentos ao abrigo da 2ª Emenda. Se esta emenda não fosse consegrada a nível constitucional poderia o rumo ter sido diferente?
As famílias das vítimas, assim como os fundamentalistas da Pena de Morte, não só condenam a possibilidade de comutação como qualquer apoio moral e espiritualque possa ser concedido aquele ser humano. Quanto mais apoio jurídico.
A Irmã Helen Prejean cedo se viu a braços com a condenação social pelas famílias por fazer o seu trabalho de apoiar Mattew, achando que esta compactuva com todos os crimes praticados por ele eventualmente. Ao criticá-la, por fazer o seu trabalho, as famílias negavam qualquer personalidade humana aquela pessoa, as suas necessidades, e o seu eventual arrependimento.
Cedo vemos que o Estado assume este papel de retaliação para lá dos níveis de razoabilidade. Os eventuais meios de contestar uma sanção como a Pena Capital são vários, mas os níveis de sucesso bem se vê que são escassos, e ao que parece todos estão prontos para premir a válvula da agulha intravenosa da injecção letal. Como se pode reparar qualquer pessoa com sentimento, com uma réstea de humanidade não sentirá satisfação com a morte de outrém. A pena de morte é em si, uma incoerência fatal de um sistema jurídico, e um risco irreversível para a reparação de um dano a um condenado inocente.
Todos sabemos o desfecho desta história, e fica ao cargo de cada um ponderar nas eventuais consequências, e de saber se a pena de morte traz realmente sentido de justiça na punição de um crime.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

REUNIÃO DOS EAGLES - LONG ROAD OUT OF EDEN 2009


Como muito boa gente diria só nos faltava mais esta. Mas se calhar não é bem assim, porque tecnicamente os Eagles não se reuniram, mas sim acordaram do seu perído de hibernação do seu hiatus dormente. Claro está, a emancipada e proeminente empresa de espectáculos, Everything is New, decidiu que havbeira de ter cá os afmados hotel california a dia 22 de Julho do ano próximo. em termos de venda os Eagles são os mais pop de todos, superando em vendas o Princípe da Pop Michael Jackson e, mesmo o AC/Dc. Eu sempre pensei que eles eram uma Banda de um só Sucesso (One Hit Wonder).
De facto, o mundo pode não ser o paraíso para os norte-americanos que vão de se deparar com alguns fãs pouco entusiastas e pouco saudosistas , sendo que os Eagles foram uma das bandas alvo de críticas pejorativas no seio da música.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

COM O SUCESSO....#2: REUNIÃO DOS TAKE THAT


Parece que a reunião de grupos está mesmo na rodem do dia. Um destes ainda se virá o mais inesperado a reuinão dos Jackson Five, com o decrépito homem-lixívia, pedófilo inocente, estrela de rock improvável. sim, esta «boys band» está de regresso para deixar loucas as trintonas e quarentonas, que estudavam no básico e no secundário no início dos anos 90. Factor essencial, dinheiro muito dinheiro. Considerando que na onda das separações, muitos olhavam promissoramente para as suas carreiras a solo, tentativas entretanto falhas, eis que falta a peça essencial de xadrez no emio de todo este pagode, o controverso Robbie Williams. E onde se encontra ele, perguntamos nós? Basciamente a cagar para toda esta peça bem montada, à boa maneira Morrisseyniana, desfazendo os sonhos de John Marr que se encontra em plenas ruas da amargura, sem a colaboração essencial da sua prima-donna. E os sonhos desfê-los bem, porque sem Morrissey os Smith nada são.
Está mesmo visto que as reuniões são só para alguns e, que, em caso algum devem ser alvo de moda e pretexto para esquemas de financiamento a artistas perto da bancarrota. Toda a gente sabe o que vem aí, e mal das Spice Grils que não o viram. As bandas que são produto de uma geração e tempo específico tiveram o seu tempo, e malfadado ele foi. As reuniões está apenmas desti nada aos saudoistas, para aquelas bandas que não cumpriram o seu tempo, e que ainda hoje são intemporais, os Pink Floyd são disso paradigma, assim como os Led Zeppelin. Bandas que aibnda hoje despertam os corações de jovens esperançados desiludidos com a corrente mainstream do seu tempo actual. Precisam muitas vezes de ir ao passado para redescobrir o presente. Sobreviver ao tempo é um taleno, um dom, que apenas poucos o detêm. Por isso forcálo é um erro grande e crasso, ainda que a troco de alguns milhares rápidos e fáceis de alguns revivalistas. É uma mancha que cai sempre mal.....

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Experience - Sunshine of Your Love

Criado por um deus da guitarra e tocado por outro. Criado por um power trio e tocado por outro. Um clássico dos Cream, trazido ao vivo pelos Experience.

sábado, 6 de dezembro de 2008

COM O SUCESSO.....#1: JOE SATRIANI DEMANDA OS COLDPLAY EM TRIBUNAL

Já não é a primeira vez que acontece, e com a mesma música. Depois de os americanos Creaky Boards terem feito as mesma acusações sobre a música em causa «The Songs I Didn't Write», estes vieram mais tarde a retirá-las com base na confissão de que ambas as músicas poderiam ter sido inspiradas no vídeojogo «Legend of Zelda». Agora é Joe Satriani que intenta uma acção no Tribunal Federal de Los Angeles, demandando os britânicos por violação dos direitos de Autor em «If I Could Fly» tema instrumental que inseriu em Is There Love In Space?, o seu álbum de 2004. tive oportunidade de reescutar a música e o refrão instrumental, protagonizado pela guitarra é estranhamente similar. Agora cabe a um juíz decidi-lo.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

TANTRA - MISTÉRIOS & MARAVILHAS (1977/2007, EMI VALENTIM DE CARVALHO)
A música portuguesa tem muitas pérolas escondidas e muitos tesouros ainda por revelar, que apenas conseguimos descobrir com alguma sorte. Dá-se pérolas a porcos.
Se Manuel Cardoso tivesse permanecido em Inglaterra, e aí fundado os Tantra, estes não seriam apenas uma banda de culto para os fãs duros de rock progressivo, mas, talvez, uma banda que perduraria até hoje como os Marillion. Em vez disso os Tantra representam a nata, não penas do incipiente movimento progressivo, cujo eles e um José Cid experimentalista representam o seu máximo expoente, mas de toda a produção musical dita «livre» que se fez a seguir ao 25 de Abril.
O ponto de viragem foi o concerto dos Genesis no dramático de Cascais a 6 e 7 de Março de 1975, em pleno movimento revolucionário de Abril, antecedendo o Verão Quente das nacionalizaçõese, que culminaria mais tarde com o 25 de Novembro, avizianhando-se uma terrível hipotética Guerra Civil com a cisão das Forças Armadas em apoio a diferentes movimentos políticos. Ainda por cima a digressão era The Lamb Lies Down on Broadway, que faria prolongar a Era Gabriel, até mesmo após a sua saída, em Wind and Wuthering com a saída de Steve Hackett.
Portugal anda va atrasado, como sempre, em relação aos restantes países da Europa, sobretudo a nível técnico (com excepção da Espanha que via também sob a égide de uma ditadura militar). Por isso Manuel Cardoso que vivera alguns tempos em Inglaterra decidira vir a Portugal tentar a sua sorte, pois o Britâncios viviam agora uma das fases mais medíocres do rock, com a invasão punk, e o afastamento dos «boring old farts».
Cardoso travou conhecimento com um erudito musical em órgãos e teclas, um tal de Armando Gama, e em conjunto formaram os Tantra. A estes juntaram-se Tozé Almeida, um baterista recentemente saído do conservatório e Américo Luís. Manuel cardoso designou o nome da banda pois à altura era um ávido praticante de Yoga e curioso das culturas orientais.
Os trabalhos preparatórios começaram cedo, e estavam desejosos de renovar a cena musical. compuseram dois temas que foram alvo de um EP - Alquimia da Luz, do qual faziam parte um tema homónimo e um outro de nome Novos Tempos.
Passado algum tempo, o grupo conseguiu um estúdio em Campolide onde ensaiavam de sol-a-sol, e mesmo pela noite dentro. Manuel Cardosos não tinha formação musical de raíz, mas a sua inspiração em Jimi Hendrix,e depois nitidamente, num contexto mais pessoal David Gilmour e Steve Howe conseguiu chegar a peças brilhantes como Aventuras de Um Dragão Num Aquário ou À Beira Do Fim, um épico clássico nacional. Cardos recentemente, aquando da reedição do álbum em cd foi sempre muito claro sobre as influências do quarteto em que há cabeça encontramos os Deuse sdo Movimento Progressivo: Pink Floyd, Genesis e Yes. Não é de estranahr, pois os técnicos musicais procuravam sobretudo estava nova variação do rock, onde a técnica e a criaitvidade são imperativas.
Tozé Almeida demonstra-o em Máquina da Felicidade, onde assistimos a um solo de bateria como poucos e único em Terras Lusas, e Armando Gama em Variações Sobre uma Galáxia.
mas como em tudo a música portuguesa degenerou mais rápidamente do que em outros países e a passagem do moviemento em Protugal foi mais curta, e tal como aconteceu a outras bandas, muitos elementos dos Tantra saíram para prosseguir carreiras de sucesso noutros colectivos. Foi o caso de Armando Gama no final do concerto estrondoso que deram no Coliseu em Novembro de 1977, para tentar a sua sorte na Eurovisão, cuja visãpo sobre a música, diga-se já, é muito restrita. Ainda-se seguiu uma outra pérola - Holocausto - com a entrada de Dedos Tubarão (Pedro Ayres Magalhães) que recrutaria Tozé Almeida para os funestos Heróis do Mar. Determinou o auge dos Tantra no final da década de 70.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Relato do Olympiakos - Benfica

É muito mau ser lampião. minam as capas do jornais e são um clube que jesus??!?!?!!..... Serve também para demonstrar a isenção e o rigor do nosso jornalismo desportivo.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Big Love - Genérico

Mais uma excelente série da HBO que continua sem+pre a surpreender pela positiva, pelo elevada qualidade dos seus programas. Para quem não sabe produzida por Tom Hanks.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

ÁLBUNS CONCEPTUAIS#2: PORCUPINE TREE - VOYAGE 34 (2000/2004, DELIRIUM RECORDS)

Grande parte das bandas de rock/metal progressivo tem o seu porta-estandarte de ecletismo e auge de criaçõa dos seus álbuns no conceptualismo. Os Porcupine Tree não são diferentes. durabnte muito tempo afastado da cena metal, da qual Steven Wilson era, aliás, um grande fã. O rock viajante dos anos 70 tornou-se o seu paradigma durante muito tempo. Voyage 34 é uma dessas marcas que Wilson tranpôs para os Tree sempre com o psicadelismo e a alienação em mente. E o conceito não poderia ser mais explorador e atordoante. Voyage 34 marca um viagem, neste caso um viagem que correu mal, ou seja, uma «bad trip», que Brian sofreu ao decidir tomar vários comprimidos de LSD com os amigos. Voyage 34 tem sido um marco na carreira dos Porcupine Tree desde a sua existência precoce. Deve ter sido um trabalho um pouco dúbio, pois Wilson reflecte tanto o fascínio, como o repúdio pessoal por este tipo de drgoas alucinogénicas, cujas cicatrizes nas músicas são visíveis através dos tempos. Sem elas a m´suica, especialmente o rock progressivo, seria infinitamente mais pobre.
Dividida em quatro capítulos, Voyage 34 é um paranóia, e um voo imaginário, onde o instrumental é palavra de ordem. Para criar e emprestar o ambiente perdido e confuso, de quase permanente pesadelo, Richard Barbieri mostra o lado electrónico dos Tree, que por esta altura é nítidamente demarcado. Estamos na fase pré-absentia, e por isso. Wilson carrega ainda pouco nos pedais da distorção.
Phase I deparamo-nos com um narrador científico, um autêntico psiquiatra que relata a experiência de Brian. Com um riff suave tipicamente gilmouriano, a que Wilson vai buscar com frequência no seu estilo marca o compasso da viagem ao amâgo do ser. A guitarra preenche a importância de toda a 1ª fase e transporta para o vácuo - a Phase II - com nítida ligação. Brian perde-se por completo em Phase I e wilson empresta um dos seus melhores solos a este projecto, já bem lá para o meio da música. Colin Edwin, um baixista competente e respeitado, tem um ritmo constante e preenche o pano de fundo que deixa wilson brilhar.
A loucura vem já bem mais para o fim, onde o céu é o limite. Na Phase II, é Richard Barbieri quem comanda a viagem de Brian até ao infinito de si prórpio, pela alienação completa. Aqui vê-se uma tentativa experimental de explorar os campos electrónicos, tal como os Pink Floyd o fizeram em Dark Side of The Moon com On The Run. O progresso técnico é visível, mas ideia é a mesma, e não admira que os Porcupine Tree sejam apelidadados como directos descendentes dos Floyd, pois em Voyage 34 essa influência é clara e transparente. Mais até do que em outros álbuns. Com frequência vão ouvir sons e secções musicais no mesmo tom que outras secções de outras músicas, mas isso é natural porque o álbum é em si um conceito e uma história única, um conceito singular que culmina no desespero e no medo de Phase IV. o clímax é a perda da noção da realidade e a dificuldade em ganhar a consicência.
Wilson fez deste álbum um autêntico cavalo de batalha, que ocupou grande parte da carreira dos Tree, que viria a ter o seu lançamento e reedição definitiva em 2004. Um excelente álbum conceptual que merece a atenão até dos mais suspeitos, muito embora a primeira audição seja complicada.