terça-feira, 30 de setembro de 2008

SLIPKNOT - ALL HOPE IS GONE (2008, RoadRunner)
Os Slipknot são daqueles grupos que são produtos de um tempo ou dos tempos. Dificilmente se podem caracterizar como uma banda cujo legado fique eternamente delineado nos anais da história da Música. Talvez nos lembremos deles como um tempo no nosso passado adolescente em que vivíamos uma adrenalina descontrolada. Contudo, para muitos jovens os Slpknot são uma instuitção, e cada cabeça sua sentença. Infelizmente, tenho pés de barro e, apesar de não ser «aquela» banda para mim, ouvi-os muitas vezes e o seu ruído estilo «All Hell Breaks Loose».
Em 2008 os Slpknot dão sinais de algum amadurecimento e novamente manobras de mercado, puxando algum saudosismo, reflectindo no entanto um nu-metal transformado pela procura hoje existente por melhor técnica na música. Sobrevivcndo apenas ao grande talento de Joey Jordinson durante muito tempo, as Ibanez de Mick Thomson e Jim Root tanto em Gematria como em Sulfur, que dão a abertura ao cataclismo.Por falar nisso, os solos de guitarra são constantes em todas as faixas e algumas com brutais secções instrumentais, sustentados por uma brutal secção rítmica. Os riffs pesados e trepidantes permanecem e, talvez por isso, os Slipknot ainda são vistos com bastante apreço por alguma elite dentro do metal e tenham sobrevivido à decadência do nu-metal, abdicando de alguns traços que lhes eram caracterísitcos.
Nem todas as mudanças são positivas, porque os contributos de Corey Taylor são exactamente aquilo que se esperava ou até, em algumas músicas, considerados um pouco amaricados, veja-se a esquizofrénica «Psycossocial».
O regresso dos Slipknot é tudo menos inocente e, menos não se esperaria, quando uma banda implementa uma forte mensagem de culto agressivo e quase satânico, retirando influências das tendências dramáticas e teatrais de Alice Cooper. E a renovação do guarda-roupa só reforça essa façanha. Não deixa de haver algumas baladas à Slipknot com uma velocidade de atropelar alguém, mas também não é isso que os Slipknot propõem, porque eles são a verdadeira atitude do hard-core metal só que com uma atitude mainstream, por isso não pode haver espaço para mariquices e baladinhas. Todo o som é concebido para andar à porrada, mas ao fim irrita um pouco sempre a mesma afinação da guitarra, sendo muito pouco versáteis e os riffs muito pouco diferentes, assim como a secção rítimica, muito boa, mas muito monótona. Tirando Dead Memories, o resto das músicas são quase idênticas. Não se nota nenhuma diferença entre Vendetta e Butcher's Hook, a não ser as oitavas acima de Corey ente o refrão, que é quase patético. Mais valia ficar apenas a berrar.
Os Slipknot sairam-se mal em não livrar dos Dj's que ao fim destes anos todos ainda não percebi o que estão lá a fazer. Talvez para suavizar o ruído.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

ERVA - 2ª TEMPORADA (2007, ShowTime)

Depois de uma primeira temporada para rasgar alguns preconceitos, a show Time desencadeou assim o seu processo em cadeia de concorrência à já poderosa no mercado HBO da TimeWarner. Torna-se cada vez mais dificíl inovar nestes segmentos artísticos, sobretudo quando o mercado está tão massificado com o interesse dos consumidores, e os actores à procura de papéis cada vez mais relevantes e interessantes. Uma vez que a indústria de cinema que aposta mais e mais nos efeitos especiais e cenas de acção e menos na representação.

Tratando-se de um refúgio tanto para actores como para guionistas, as séries são pano de fundo para muitas vezes e, sobretudo no panorama anglo-saxónico, se fazer um retrato social muitas vezes impossível no cinema. Weed é um desses casos, e nem sempre agradável de se ver por ser tão cru e mordaz e para além de qualquer tipo de censura. E com uma boa dose de humor, às vezes negro demais. Nancy desta vez vê-se a par com o problema de ter de sustentar a sua família, recorrendo à produção e trafego ilicíto de derivados marijuana e com todas as implicações que daí advêm. Já para não contar com os episódios caricatos que vão ocorrendo pelo caminho, servindo-se da sua ousadia e sedução para conseguoir os seus propósitos egoístas. Infelizmente ocorre que estas mudanças têm um enorme impacto na sua personalidade, tornando-a áspera. Andy seu irmão continua a enfrentar algumas adversidades oriundas da sua sexualidade obscura. Principalmente quando se vê obrigado a ingressar no exército ou a voltar aos seus dotes de cozinha para actores porno. Para não falar do escândalo Acquaculture, que leva Sullivan Groff (Mattew Modine) à quase bancarrota.

Esta intensa procura pelas séries de televisão, fez com que se apostasse fortemente na aproximação visual, e no extremo detalhe fotográfico, assim como na banda sonora. Todos estes detalhes não foram negligenciados pela produção, que em Erva têm contronos especiais. Por vezes a trama não é tão nitída quanto os detalhes técnicos, acabando em pontas desprendidas do resto do «novelo da história» que compõe a série. Exemplo do caso Acquaculture que acabou em ruína, para não parar a produção da folhinha mágica. Ou mesmo o caso que Nancy (Mary-Louise Parker) tem com o produtor de erva, Conrad Sheperd. Ou mesmo a hilariante história do marido de Celia Hodes (Elizabeth Perkins), a qual se vê a par com um problema inesperado de ter de o sustentar, bem perto do final da série. Já para não falar de uma cómica entrada na série de uma das irmã Olsen ou da actuação do mais novos dos filhos de Nancy, o carismático Shane que ingressa num colégio de Cristãos Ortodoxos. Erva é uma série que brilha não só pela informação politicamente incorrecta que fornece como também pelo seu brilhante humor negro.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

PORCUPINE TREE - FEAR OF A BLANK PLANET (2007, RoadRunner Records)

Com o seu 9º álbum de estúdio, os Porcupine Tree continuam a manter a sua visão apocalíptica do futuro. Desta vez com um tema mais conciso, a crise da juventude e de uma geração que ele julga, e bem perdida. Depois de uma aproximação à «corrente mais popular» com álbuns muito bem construídos - In Absentia e Deadwing. Os Porcupine Tree aproximam-se agora dos clássicos álbuns progressivos, tanto em construcção como em concepção. O álbum foca-se numa geração perdida, alineada, num estado de letargia, que aliás é muito caracterísitco de Wilson. Este álbum diverge muito de outros álbuns dos Tree porque a sua atitude é extremamente negativa, e a conceptualidade do álbum em volta do mesmo tema é notável. A faixa homónima representa a percepção própria, do eu, que acompanha todo o álbum, a visão do mundo através de um jovem vazio. A percepção negativa é muito similar à que Roger Waters inculcou em Animals, em,bora o tema seja ligeiramente diferente, ambos os álbuns são retratos da condição humana, e do seu lado mais negro. A esquizofrenia frenética dos Tree, é renderizada para texturas bem mais suaves e extensas, daí que ouçamos músicas mais homogéneas como Sleep Together, onde a voz de Wilson marca mais uma vez a sua originalidade, pausada, suva e limpída, bastante rlexiva, como um paciente na marquesa perante o psiquiatra.


As aspiraçõessão épicas em Anestethize, que conta com a particpação de Alex Lifeson, guitarrista dos Rush. Numa acepção sinfónica, Anestethize é uma viagem ao subconsciente, começando bastante plácida e serena, evoluindo para um cenário caótico e perturbador, com um forte pendor da guitarra cheia de riffs pausados e fortes. «A good impression of myself/Not much to conceive» demonstra o vazio permanente de um jovem angustiado, que se revê numa juventude que tem acesso a tudo prematuramente, e que se revê com a única saída no sucídio «My friend says he wants to die». E é em Fear of Blank Planet que Wilson continua demontrar porque sabe manejar bem as 6 cordas. Um dedilhado ríspido desevolve para um ritmo de guitarra e cai na subtileza e no alívio do final. há um exclente trabalho por parte de Richard Barbieri, que sofre muitas influências do grande Rick Wirght, criando espaço e ambiente, muitas vezes num ambiente sonoro atribulado. Em Fear of a Blank Planet há uma maior presença dos teclados, do que em álbuns anteriores.
Gavin Harrison demontra também porque já é um baterista consolidado nos Tree, que entretanto atingiu a sua plena maturidade com Colin Edwin, que segue as pisadas de Pete Trewavas num baixo bastante melódico. A batida de Harrison em Anestethize assmelha-se ao carisma de Neil Peart, batante elaborada e completaente inserida na orgância da música, comoaliás já tinha dado frutos em Deadwing, circunscrevendo-se bem naquilo que Wilson pretende da música. Apesar da sua vertente negativa, Fear of Blank Planet demonstra que o caminho do rock/metal progressivo está entregue em boas mãos...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

FLEET FOXES - FLEET FOXES (2008, Bella Union Records)

Os Fleet Foxes no seu álbum de estreia já têm um nome e um alcance quase inesperado,pelo que se denota algum revivalismo das melodias pastorais e um renscer da música folk que não ocorria desde os finais do anos 60. Penso que a culpa será, muito provavelmente dos Arcade Fire, que introduziram no rock um espiritualismo medievalista através de coros fortes, e efeitos transcendentes através dos teclados e dos violinos brilhatemente executados. Pois bem, os Fleet Foxes aproximam-se dessa vertente com um forte pendor vocal, muito cristalino e guitarras harmonizadas.
Para ser sincero, pareciame que ao escuar Sun it Rises ouvia come All ye, o tema de abertura de Liege & Lief dos Fairport Convention. As semelhanças são notáveis, só que a voz aproxima-se mais dos mair My Morning Jacket, muito embora a atitude seja a mesma, jovial e alegre.
Os temas são curtos, bucólicos e pastorais, e vêm buscar raízes de música antiga e re-introduzi-las no panorama musical actual. O forte da secção instrumental reside nas duas guitarras e nos brutais coros vocais. De facto, o revivalismo bem conseguido aproximou-os de grandes bandas como Crosby, Stills & Nash, com um estilo muito barroco e tradicional. O potencial do grupo expandiu-se com entrada de J Tillman, que tem uma boa scção rítmica, muito embora limitada pelo estilo. Acrescentando elementos de percussão muito mais adequados ao estilo musical.
O álbum percorre uma boa disposição, invariável ao longo do álbum, e o potencial vocal dos coros chega perto de vozes como a de Jim James dos My Morning Jacket, sendo o estilo mutio similar, limpída e nitidamente masculina, e de Jon Anderson dos Yes.
O álbum está repleto de espiritualismo, e o seu expoente máximo reflecte-se em He Doesn't Know why, e as letras refletem uma inocência bucólica, típicamente pastoral, mas muito mais próximo de raízes europeias, do que propriamente do novo continente. Vê-se uma forte presença de malhas caracterísitcamente inglesas nos arranjos de cordas, muito visíveis em Herad Them Stirring.
O álbum é caracterizado ta,bém por falta de variações, sendo que as cançoes raramente são emotivas e bsatante simples, muito paisagísiticas, e quase sempre do mesmo andamento, reflectindo sempre um ambiente do campo como «Meadowlarks» (que recorrentemente me faz lembrar Grantchester Meadows dos Pink Floyd), havendo algumas mais impulsivas como Your Protector, que recorre a sopros magnifícos, e um excelente arranjo por parte dos teclados. O resto do álbum é bom e bastante uniforme e constante, mas as músicas que contêm são das mais bem eleaboradas do género. Os Arcade Fire por exemplo não são tão constantes.
Um excelente álbum, para marcar um pouco de diferença e óptima banda sonora para fazermos uma incursão pelo interior....

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Flight of the Conchords - The Humans Are Dead

Este excelente duo, orgulhosamente neo-zelandês, cuja banda tributo é mais conhecida do que eles..... hihihi!!!!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

AS AVENTURAS DE BLUEBERRY (Edições ASA)

Foi uma grande paixão para mim quando era criança e pelos vistos nunca me há-de abandonar. As aventuras de Mike Blueberry são dos melhores exemplos de banda desenhada franco-belga, que na minha opinião é bem superior aos «comics» americanos. Movida por um cariz realista e quase crónico, as Aventuras de Mike Steve «Blueberry» Donovan, relatam a encruzilhada de um herói da Guerra da Secessão, de mesmo nome. Mike Donovan foi um sulista que combateu pelas forças da União, ou também apelidados de Yankees.
Foi primeiro destacado para Forte Mescalero onde travaria conhecimento com os Apaches e o seu carismático líder, Gerónimo. Blueberry nasce pela mão de Giraud, que mais tarde e após a morte de Jean-Charlier, o argumentista de Blueberry, viria a ser conhecido por Moebius e a sua visão futurista.
Contudo, Giraud não abandonria o nosso modesto herói, mesmo sem a presença de Jean-Charlier como argumentista. E é interessante ler uma banda desenhada que relata tantos factos, importantes na história do Oeste americano, mesmo que algunssejam apenas incidentalmente referidos. Caso da história da ocupação francesa no México e a queda do Imperiador Maximiliano, apoiado pelo Imperador Francês Napoleão III, às mãos do General Juárez, ou de lendas do Oeste como Wild Bill Hicock, o General Custer ou «Cabeça Amarela», ou chefes índios como o Cochise e o acima referido Gerónimo.

O Tenente Blueberry foi conhecido sempre como um oficial pouco obediente, e não muito reconhecido nas fileiras hierárquicas, mas era um brilhante estratega militar, e acabou por padecer durante Tribunal Militar no roubo do tesouro confederado do Presidente sulista Jefferson Davis, que estava imcubido de resgatar aquando a sua ida ao México. Acabou por ser vítima de uma conspiração, e levado para a prisão militar de Francisville inocente.
As suas aventuras acabariam por se tornar numa adaptação cinematográfica e aquando da sua morte, em 1932, quando Frank delano rossevelt tomou posse enquanto Presidente dos E.U.A. o Oeste morreria com ele. è também uma boa maneira de passar o verão, a ler a «8ª arte», e observar o talento de Giraud.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Porcupine Tree - A árvore da alienação


Os Porcupine Tree começaram como um projecto ondividual. Cedo quando Steven Wilson adoptou o seu pseudónimo, ingressava na reforma que o rock, principalmente a vertente progressiva, tinha atravessado durante os anos 80 pelas mãos de bandas como os Marillion, ele já tinha a sua prórpia concepção da música, muito híbrida transcendente e espiritual. Cruzando as mãos com um novo psicadelismo e a correntes existencialistas, com uma base de ficção científica, e uma enorme paixão pelo vácuo e o espaço sideral, lentamente os Porcupine Tree deixaram de ser a banda, um projecto de um homem apenas para se alargarem a um conjunto que a imprensa tem apelidado como os mais prováveis sucessores dos Pink Floyd. As semlhanças são notórias, mas cada vez menos visíveis. Steven Wilson, na sua personalidade inteclectual e introspectiva, rejeita e bem qualquer legado de bandas passadas, embora não rejeite influências, que os músicos não conseguem deixar de ter. «Quando nos tentamos parecer com alguém, abndamos atrás de uma imagem, vivemos atrás de uma sombra....».

Os Porcupine Tree eram até há bem pouco tempo e talvez ainda uma banda de culto. Desde que os Dream Theater catapultaram o rock progressivo para as camdas mais jovens, e mais recentemente os Mars Volta na vertente psicadélica, os Porcupine Tree vieram em atalho de foice. Mas não só pelo trabalho de outras bandas deve ser reconhecido mérito aos Porcupine Tree. A ciação artísitca tem estado em ascensão graças aos excelentes três últimos álbuns. Com In Absentia, houve um abandono paulatino do experimentalismo, com o facto de as músicas ficarem substancialmente mais concisas e curtas. Ao contrário de álbuns como Stars Die e Voyage 34, que continha muitas instrumentais In Absentia e o seu sucessor Deadwing são claramente álbuns mais acessíveis, e ecléticos. Porque a característica mais +rópria digamos assim dos Tree é o seu contraste acentuado, com variações rítmicas e diposição muito repentinas. diria que eles são quase um rock progressivo «bipolar», isso vê-se em deadwing, ou na Blackest Eyes, ou Open Car.

Em Outubro, os Porcupine Tree regressam ao nosso país, depois de terem actuado em Vilar de Mouros, para promover o seu último álbum, Fear of a Blanket Planet cujo tema é precisamente a alienação e o vazio dos jovens de hoje. Têm duas datas marcadas para 7 e 8 de Outubro, em Almada e no Coliseu do Porto. A 1ª parte será a cabo dos promissores Pure Reason Revolution,

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Richard Wright (1965-2008)


Ontem foi um dia fatídico por várias razões, não só porque foi o dia que me viu nascer, como foi o dia que viu desaparecer um grande músico. Rick Wright será sempre conhecido pelo trbalho que teve com os Pink Floyd, banda que ajudou a fundar com uns colegas de arquitectura, e amigos oriundos de Cambridge. Aos 65 anos morreu o 2º membro dos Floyd após a partida de Syd Barrett a 7 de Julho de 2008, quase um ano após a lebndária actuação dos Floyd no Live 8. Rick Wright lutava contra um cancro no pulmão de que pouco se sabia. Como um gentleman brtânico, calmo e moderado, passivo, Rick Wright era olhado já como um homem fraterno e um avô simpático. A sua personalidade reflectia-se nas composições dos seus teclados que influenciaram gerações de teclistas posteriores, talvez mais do que os seus colegas do movimento progressivo conhecidos pela sua técnica exacerbada tal como Keith Emerson, Rick Wakeman ou Tony Banks.
A sua imagem ficará como uma paisagem transcendente e bucólica, como um snar a ecoar pelo espaço da nossa memória. Ficarás para sempre nos nossos corações....

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

ÁLBUNS CONCEPTUAIS#1: CAMEL - THE SNOW GOOSE (1975, Decca Records)


Em 1975, e após um relativo sucesso, os Camel como fervorosos adeptos da onda progressiva, que estava a gozar os seus últimos anos de auge, antes do advento do punk, decidiram prosseguir com adapatação da obra de Paul Gallico, com o mesmo nome. Já em Mirage White Ryder tinha a sua inspiração na obra do emntor da literatura fantástica de J.J.R. Tolkien. Não seria a primeira vez que a literatura faria incursões pelo mundo do rock, mas não era esse o fundamento, tentava-se assim fazer a música como veículo de mensagens, de histórias, a criação de um cenário melódico, transportador de mentes. Já os Zeppelin aproveitaram o cenário idílico de Tolkien por mais que uma vez, e assim como os Yes o fizeram, e os Genesis haviam de repetir.

Tal como sucedeu com os Genesis em 1973, em que Mike Rutherford propôs a adaptação do clássico de Saint-Exupéry, o Principezinho, também Andrew Latimer e Peter Barden estiveram num impasse sobre que obra adaptar para o universo musical. O esboço inicial era a adaptação de o clássico de Herman Hesse, Siddartha, a história de Budha.
Os Camel preferiram usar apenas o insturmental como veículo da sua mensagem e não admira que seja o álbum da banda mais reverenciado até hoje. Num estilo paisagísitoc e influenciado pelos Floyd, o álbum despoleta-se ao som de pianos calmos e agradáveis e passivos. The Great Marsh é uma abertura soberba com Andrew Latimer a reforçar o papel de um grandeflautista, pois os teclados e esta conjugam-se como dois cisnes encatados. O álbum é, provavelmente dos melhores e mais ocultos álbuns que a era progressiva produziu, e infleizmente as técnicas de marketing falharam em dar-lhes a ascensão e o reconhecimento que mereciam.
DePois de uma excelente abertura no campo Rhayader a nossa personagem vai para a cidade, nestas faixas, Latimer demonstra de como não vive apenas de sopros, e o harpejo em em Sanctuary não é de menos, e como quem compõe um arranjo clásscio moderno superam-se em Friendship. Os instrumentos modernos parecem ser levados pelo sons majésticos do violoncelo e das cordas, mas é tudo o grande poder dos mellotron. E os atributos de coros em surdina não ficam de fora, como é visível em Migration. The Snow Goose, quase que poderia ser a derradeira banda sonora de Fernão Capelo Gaivota.
Apesar de se encontrar no fundo de um pantâno de um rock há muito esquecido, os Camel são representativos de um movimento, que teima em renascer, encontrando-se em Snow Goose um dos seus expoentes máximos, de um moviemtno que teima, e bem, em renascer....

domingo, 14 de setembro de 2008

O pior cover de sempre

Olhem o que acontece quando os meninos decidem brincar a estrelas de rock. Não esperem para ver o solo de guitarra......

sábado, 13 de setembro de 2008

Revelaçoes #2: qual o valor da vida?

A pergunta é difícil de responder e é, com certeza, aquilo que os filósofos designam de questões últimas, aquelas que se nos apresentam sempre, independentemente do nível civizacional que atinjamos, porque a morte há-de ser sempre ser um limite no horizonte temporal de qualquer ser vivo, e ainda mais nos seres racionais.
Mas a minha dúvida é bem mais concreta, sendo Dexter um assassino em série com princípios, terá ele mesmo assim legitimidade para matar? Só porque ele mata quem merece matar, confere-lhe isso poder para matar..... Penso que essa é a grande questão levantada pela série.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Dexter - 2ª Temporada




Ontem vi o primeiro episódio da 2ª temporada de Dexter, que agora estreia no FX. Levantaram-se de imediato as minhas suspeitas, pois Dexter parecia ser uma daquelas séries que era o bolo de creme com natas, perfeito, com exuberantes participações dos catores, um bom elenco (para uma série de televisão). Apesar de ter um final em aberto, parecia que pronlongar a série iria ser um presente envenenado. Aquilo que é geralmente designado como o síndrome das sequelas.

De qualquer modo é ainda cedo para se fazer prognósticos. Por esta altura Dexter enfrenta um dilema com a sua própria natureza, de ser assassino em série. Os guionistas e o criador fizeram, a meu ver bem, em mudar o paradigma, de maneiras a Dexter começar a duvidar da sua prórpia maneira de ser. Até ao momento, Dexter apenas conseguiu matar o seu irmão Rudy, no final da 1ª temporada, que teve um efeito subversivo na sua maneira de ser. Para além disso Dexter enfrenta cada vez mais problemas com as autoridades. O seu pequeno cemitério subaquático foi descoberto, como todoo seu álibi infalível, parece desmoronar-se com o Sg.t Doakes a cerrar cada vez mais as fileiras e a vigilância sobre Dexter, e do seu lado sombrio.


É impressionante o detalhe sobre que se debruçam os guionistas, com Dexter a perder cada vez mais o seu poder de focagem e concentração. Para além que se assola sobre ele cada vez mais dilemas morais, que anteriormente nunca sucederiam. Problemas morais que eram facilmente por ele ignorados, são agora barreiras ao seu modus operandi. a misericórida tornou-se finalmente uma frqueza para Dexter, vamos ver como ele se irá safar.....

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

THIN LIZZY - FIGHTING (1975, Mercury Records)

Quando pensamos na República da Irlanda a primeira coisa que nos vem à cabeça para além do Dia de St. Patrick, dos trevos da cerveja Guiness e tudo mais, em termos musicais lembramo-nos com certeza dos malfadados U2 e o seu pop-rock de mega sucesso mundial, e os Cranberries com o seu activismo político. Mas o cenário musical irlandês regride com grande valor alguns anos para lá dos anos 80 e da primazia dos U2. Se calhar, hoje, cada vez mais. Talvez em 1984, Phill Lynott nunca imaginaria que o seu trabalho seria apreciado pelos fãs do hard-rock e do metal como um Van Gogh. Phill Lynott é sem dúvida um mártire do rock e, ao contrário de alguns artistas, deixou-nos um grande legado.
Consta que Lynott já ao tempo de aproximação da sua morte, gostava que os Thin Lizzy fossem lembrados como uma banda de guitarras. Ironicamente, ele era o baixista da banda. Por esta altura, muitas bandas utilizavam na formação dois guitarristas solista e a par dos Wishbone Ash, os Thin Lizzy foi nesse panorama aqueles que mais se aproximaram da segunda formação dos Yarbirds (que já prosperava com dois reis da guitarra Jeff Beck e Jimmy Page, tentando fazer jus à já lenda viva Eric Clapton).

Fighting é o melhor exemplo do auge dos Thin Lizzy. A antecipar a sua obra-prima Jailbreak, reverenciado como um dos grandes álbuns hard-rock/heavy metal, Fighting traça o caminho de uma excelente criatividade. Escrito durante a ausência de Gary Moore da banda, a escrita da guitarra ficou a par do exemplar Scott Gorham, que juntamente com Lynott escreveu grande parte das músicas. Curiosamente o álbum abre com um cover de Bob Seger, Rosalie que os Thin Lizzy andavam a fazer a primeira parte dos concertos juntamente Bachman-Tuner Overdrive. Com um riff muito bem construído e a voz de Lynott, com o seu carisma próprio, caracterísitcamente masculina e com muita pujança. Os préstimos de Gorham, e o competente Brian Robertson superam-se em King's Vengeance e Suicide com os solos de duas guitarras a encaixarem perefeitamente. Custa a compreender como Gorham nunca foi reconhecido fora dos Lizzy, e raramente mencionado no mundo da guitarra eléctrica. De facto, o solo de King's Vengeance é dos melhores que já tenho ouvido. E apesar de ser o calista, Linott consegue muito bem controlar o seu fender Jazz bass, com um groove tímido, mas completo e bem construído. Mais seria difícil e, se calhar, indesejável, com duas excelentes guitarras a preencherem muito bem a música, para além de uma boa secção de ritmos por parte de Brian Downey que asegurou a compoisção de grande parte das músicas. Lynott apesar de frontman, sempre encarou os Lizzy como um grupo e uma espécie de joint-venture, onde mesmo o novato Brian Robertson participou com Silver Dollar. Fighting my Way Back é um grande exemplo da alternatividade das duas guitarras, onde cada uma assegura um ritmo mais heavy e outra um traço mais tradicional e folk, quase que uma guitarra de 12 cordas. a grande King's Vengeance é outro exemplodisso mesmo. Thin Lizzy é uma das poucas bandas onde se vê tão boa quimíca entre dois guitarristas-solistas. Primeiro do álbum dos Lizzy a cruzar no Top 100 britânico.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

METALLICA - DEATH MAGNETIC (2008, VERTIGO)

O nono álbum dos quarteto de São Francisco é, sem dúvida um dos álbuns mais aguardados desta década, até deste novo século. Provavelmente até mais, depois que St. Anger arruinou as expectativas dos fãs em 2004 com uma sonoridade ranhosa, fraquinha, pouco elaborada, nada que tenha que ver com os Metallica. Aí estamos de acordo. E Death Magnetic é aquilo que os «hard-core» fãs dos metallica esperam há anos, senão mesmo décadas com um toque de amadurecimento. E Death Magnetic é isso mesmo, uma atracção fatal para os fãs clássicos dos Metallica, vestidos de cabedal e pretos, com camisolas de Anthrax e Slayer à mistura.


Sim nesse Death Magnetic é um bom álbum, não é um grande álbum, um excelente álbum. Parece um álbum extraído directamente da década de 80, só que com um som nítido e tratamento nítido que na altura não era possível dar.


Depois da desilusão, os Metallica passaram duas digressões a tocar material antigo e de baú, cedo se percebeu que a era nu-metal estava ultrapassada, e os Metallica a aperceberem-se de que o seu posto na era do metal era material ultrapassado com bandecas modernas a elevarem o seu nível técnico e de performance como os Avenged Sevenfold, e outras tantas com excelente nível como os Mastodon a retornarem às origens dos Metallica e a tomá-las como influências.


A necessitarem de um novo rumo, os Metallica fizeram a melhor coisa que podiam, fazer digressões. Por isso Death Magnetic é tudo aquilo que o povo pedia «novo velho material». Não se pode dizer que Death Magnetic seja algo inesperado, pelo contrário tem tudo aquilo que era esperado, ultrapassando todas as expectativas. Extensas composições, com a média das músicas a rondar os 7/8 minutos, instrumentais (Suicide & Redemption), e trilogias (The Unforgiven III). That was just Your life é o clássico, rápido e trepidante com riffs e batidas a superar a velocidade de uma NSR, e Lars Ulrich a melhorar significativamente o nível da sua performance. Contudo ele só voltou a ser o que era.


Os riffs continuam a ser brutais, aliás esse é o ponto forte de Hetfield, um excelente riff meister, cabendo os solos recuperados a Hemmett que parece reucperado da sua encruzilhada, voltando a pegar na sua Gibson Flying-V e rompedo em The End of the Line, ou no clássico Broken, Beat & Scarred. Aliás para culminar esta composição e completar o álbum de família em grande só faltava ressuscitar o Génio do 5 cordas Cliff Burton. Trujillo mostra, no entanto, porque é merecedor do título em All Nightmare Long.


Os Metallica voltaram à sua velha forma, mas não se deixem levar pois não estamos na década de 80 e o Master of Puppets já foi há 20 anos. É um excelente álbum sim sra. mas não traz nada de novo, mas outra vez recordar é viver... P.S. Oiçam Cyanide e The End of Line. Grandes riffs.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Festa do Avante - 5,6 e 7 de Setembro, Seixal


Este ano celbrou-se a 32ª Edição da Festa do Avante, o último grande festival de Verão, se é que lhe podemos assim chamar. Este foi dos anos em que o meu entusiasmo pela Festa caiu um pouco, e se como no ano anterior não pudesse ir, não ficaria tão incomodado.

De novo a Festa voltou a surpeender-me, mostrando porque não é um centro comercial ao ar livre, e é sem dúvida umas das iniciativas mais emblemáticas no nosso país, superando o célbre centro comercial ao ar livre «Rock In Rio». Para além da música, que é excelente e desconhecida, a Festa do Avante leva um pouco de todo o nosso país, com as comissões regionais do partido a levarem um pouco da tradição das regiões ao subúrbio da península de Setúbal. Não conta apenas com excelente gastronomia (mesmo assim houve quem se rendesse às cadeias de comida rápida que com mau grado de ano para ano entram no recinto da Festa), mas vestuário, livros, debates, teatro e muita música, e participação de organismos internacionais comunistas.


Todos os anos a Festa parte com um tema, este ano era comemoração dos 160 anos do Manifesto Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels publicado em 1848. uma das grandes novidades era a noite de abertura com Ópera que, infelizmente, não ocorreu pela forte chuva que desabou na 6ª feira. Mas isso não desanimou os visitantes, pelo menos alguns que continuavam com algumas «bengalas» a deambular pelo recinto. E para o bem de muita gente, a Festa do Avante não é para os comunistas apenas, mas para todos aquelesque gostam de convívio e de boas iniciativas colectivas. Obviamente os visitantes não podem descurar propaganda e slogans que proliferam na Festa, e o habitual Comício de Domingo, mas isso é claramente ultrpassável para muito boa gente.


Felizmente a Organização do Partido não tem dinheiro para pagar grandes cachés aos artistas, por isso, esforçam-se por trazer grandes artistas portugueses e estrangeiros um pouco desconhecidos do grande público, com excepção de alguns portugueses. Ao fim de um tempo torna-se um bocado repetitivo, mas a Festa tem o seu ambiente próprio, de passo a redundância, festa. Deste modo, artistas como Xutos & Pontapés e Da Weasel, são prenseças anuais na Festa. Ao fim de umas edições cansam, outros não chgeam a cansar, porque ficam pela abstinência de audiência.

Claro que um dos pontos fortes da Festa é a habitual Carvalhesa, que abre e encerra as actuações no placo 25 de Abril. No Sábado acturam entre outros, Galandum Galandaina e Kum pania Algazarra. Foi memorável, também jantar Salda de Polvo a ouvir um tributo a Carlos Paredes no Palco da Zona de Setúbal. Ao fim da noite deu para ver Camané no Auditório 1º de Maio. Camané foi muito bom, e houve apelo, mesmo pelas camadas mais jovens. Já o último dia foi o fatídico encerramento, mas foi bom rever Wragyunn e Terrakota, os primeiros hão-de com certeza voltar com mais amor, para todos os camaradas.....

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Yes - Wonderous Stories

A banda que mais ouvi hoje, e que grandes histórias eles contaram das suas músicas e da grande voz de Jon Anderson e dos coros de Chris Squire. Com Steve Howe a tocar guitarra portuguesa, e o fabulosos teclados de Rick Wakeman.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

PINK FLOYD - IS THERE ANYBODY OUT THERE? (2000, EMI Records)

Poucas são as bandas que se conseguem superar ao vivo, com bons e por vezes magníficos trabalhos de estúdio. Há casos de bandas que ficam lendárias com apenas álbuns ao vivo. Há, n0 entanto, para mim um grande momento na história da música moderna, em que os Pink Floyd se esmeraram por dar a todo um conceito, o seu máximo de teatricalidade. The Wall, na mente de Roger Waters foi concebido, como um álbum conceptual, um filme e um espectávculo ao vivo. Superando assim as óperas-rock dos Who, Tommy e Quadrophenia, que nunca tiveram uma representação musical caracterísitca, embora fossem tocadas ao vivo, na sua globalidade inúmeras vezes.

Is there anybody out there? é a digressão do álbum The Wall entre 1980/1981, a última tournée que antecede o colapso da banda em 1985, num tribunal londrino, numa querela pelos louros das composições. É certo que por esta altura as óperas-rock tinham adquirido o seu carisma, muito graças às ideias de Pete Townshend e ao sucesso de Tommy e posteriormente de Quadrophenia, e a mítica dos Genesis, The Lamb Lies Down on Broadway.
Seria no final da década de 70 que um esboço de Roger Waters viria a romper como a mais promissora ópera-rock de sempre. A digressão foi curta, com apenas uns concertos em Los Angeles e Nova Iorque, com várias noites, o que completou a digressão americana. a digressão europeia culminou em Berlim e, finalmente, em Londres, Inglaterra, casa dos Pink Floyd. Foi em Earls Court que se deu a gravação desta digressão e onde o The Wall ao vivo foi tocado mais vezes. É com certeza o concerto mais arrojado de sempre, e uma ideia característica e, de facto, surpreendente. Nunca ninguém pensou num concerto, onde a peça principal seria uma banda a tocar atrás de um muro de pedra simulado. Este seria construído durante a primeira parte do concerto, o que cobnstituiria o primeiro integral do álbum The Wall, mais akgumas músicas inéditas, introduzidas por Roger Waters, para que a música acompanhasse toda a construcção do muro. É o caso de What shall we do now? que não faz parte do elenco de canções do álbum. Outro factor que é brilhantemente acrescentado ao álbum, o que o não torna uma cópia exacta de estúdio, é a improvisação que é dada aos músicos durante o concerto, o que significa que vemos, solos, secções acrescentadas, o que a meu ver, torna as músicas ainda mais belas. Prefiro ouvir Another Brick in The Wall Part. 2 com dois grandes solos de guitarra, tanto de Gilmour como do guitarrista convidado Snowy White (ex-Thin Lizzy) como Rick Wright apesar de não ser um virtuoso, consegue puxar as suas cpacidades, que já vimos em álbuns anteriores, ou mesmo Gilmour a esmerar-se nas suas favoritas Comfortably Numb e Run Like Hell, que estão bastante melhor que em estúdio. Para um áçbum ao vivo, o som teve de ser extremamente cuidado, e a nitidez é impressionante, isto porque se queria que The Wall Live fosse tão bom ou melhor que o The Wall em estúdio.
No entanto, só se pode contar mesmo com The Wall e o seu final triunfal com o tribunal a sentenciar a demolição do muro. Roger assume assim o megafone e ordena que «o muro venha de si abaixo». um oportunidade única para ver Waters tocando clarinete e Nick Mason tocando a guitarra Outside the Wall. Para mim é bem melhor que o álbum de estúdio. A entrada de Waters em Run Like Hell é fenomenal, this is for all the weak people in the audience..... This is for you, it's called Run Like Hell...». Brutal...

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Two Gallants - Os Franciscanos

Depois da surpresa de Paredes de Coura, começava o meu caminho para afinidade a uma banda, que cedo encantou. Two Gallants eram bem mais que uma revelação. O título do texto pode ser controverso, e aberrante, obvimanete para quem não conhece a banda. Mas para além de terem o carisma do facto de serem um dueto, têm a agradável caracterísitca de serem oriundos de uma cidade que há muito e durante anos foi uma meca da música juvenil. São Francisco no final dos anos 50 e início dos anos 60 era o destino de muitos peregrinos rebeldes, que se reviam numa luta pelo fim da opressão dos velhos costumes, e procuravam libertar-se, prematuramente, do jugo dos progenitores. Abrindo os seus horizontes através de drogas alucinogénicas, para as quais não era conhecido os seus verdadeiros efeitos. Contudo ajudaram a construir um íconicidade, que só agora pertence a uma década como a de 60.
Foi neste ambiente, volvidos mais de 40que Adam Stephen e Tyson Vogel se juntaram, com as suas carreiras individuais. Adam Stephens parece o lado triste do filme Juno, mas a guitarra country, e a harmonica, com a batida forte, e peculiar de Tyson Vogel. No início fazia comparações com outros grandes duetos, mas não tem nada que ver. Os Two Gallants não são mais nada do que eles prórpios, com a sua humildade, com as suas camisasde flanela, falando de problemas quotidianos urbanos, e de amores desavindos. de certa maneira, não deixa de haver uma marca típica dos blues nos Two Gallants, mas que eles abordam à sua maneira, pois Adam Stephens não deixa de ter uma incrível preferência por dedilhados e arranjos quase desconexos e assimétricos, quase como que, momentaneamente, e ao acaso a música surgisse. As músicas dos Two Gallants não têm uma forma rigída e pré-definida, é bastante sentida e emotiva, o que a faz variar várias vezes consoante os segmentos, caso disso é Two Days Short Tomorrow, ou Deader. Como se pode ver facilmente pela batida de Tyson Vogel .
Os duos têm uma característica muito particular o facto de, serem extremamente criativos. Apesar de serem recentes (formaram-se em 2002), os Two Gallants têm já três álbuns e dois EP's, e múscas bastante compridas para um grupo tão reduzido. Excelência disso é Crow Jane do álbum the Throes. Não deixam, apesar do seu traço característico do blues e folk, terem variações interessantes como em Fail Hard to Regain, com o riff quasi-punk de stephens a puxar a batida rufante de Vogel. Two Gallants são para mim das bandas mais marcantes dos últimos tempos, e dos que hão-de vir......