quinta-feira, 31 de julho de 2008

Joe Satriani - Extremist


1992 é provavelmente o ano mais emblemático a nível do rock na década de 90, para mim pelo menos, e com certeza para a carreira de Joe Satriani, descontando 1970, especificamente 18 de Setembro, ano em que Jimi Hendrix deixou o mundo dos mortais.

Poucos anos mais tarde Satriani, ainda antes de se tornar um mórmon do rock lançaria aquele que seria o álbum instrumental, e com maior contributo para a guitarra desde os anos dourados da guitarra na década de 70. Satriani já tinha dado passos importantes até aqui. ~Parte dos seus maiores temas, e um dos seus álbuns mais carinhados tinham sido lançados durante a época de 80. Satch Boogie foi um êxito de rock instrumental focado na guitarra eléctrica como não havia há muito tempo, carregado com um blues quase esquizofrénico. Surfing with Alien ainda lançaria o título hmónimo e uma estranha Not of This Earth. Passados uns anos seria Flying in a Blue Dream com Flying in a Blue Dream, Big Bad Moon ou Mystical Potatoe Head Thing a demonstarem a genialidade do mestre.

Mas nenhum álbum de guitarra é comparável a The Extremist, ele é o derradeiro dedicado à guitarra eléctrica, nem mesmo Jimi Hendrix produziu um álbum assim, muito embora ele seja comume consensualmente considerado o maior guitarrista de todos os tempos. Mas nem ele produziu um álbum inteiramente instrumental com uma guitarra cantante, e que faz literalmente a audiência cantar atrás da guitarra, que encosta os melhores vocalistas, literalmente, a um canto. Por esta altura Satriani percebeu finalmente que o seu potencial vocal não era muito bom, e é sobretudo visível em canções como I Believe. Decidiu assim pegar no que tinha de melhor o seu virtuosismo auto-didáctico e quebrar as barreiras e fazer um ´labum totalmente instrumental e particularmente cativante. Foi brilhante a actuação no SBSR 2007 quando Satriani nos visitou pela primeira vez em muitos anos e ao tocar várias músicas deste álbum conseguiu muita gene fazê-lo perseguir na sua guitarra.

Talvez por ser um auto-didacta Satriani não se deixe ficar enredado por esquemas clássicos e pouco inovadores, o maio exemplo é talvez o virutoso Yngwie Malmsteen, muito bom técnicamente, mas muito fraco na criatividade. A capacidade de criar um ambiente, e transmitir uma dada sensação através de um instrumento é de facto uma virtude de que poucos possuem. Logo em Friends vemos um guitarra que produz empatia e proximidade, e ao mesmo tempo em Cryin' nos envolve numa atmosfera de tristeza. A guitarra de Satriani reporduz tudo isso com intensidade. Não surpeende que em todos os G3 toque sempre mais que uma música do seu famoso álbum, porque o público adere a elas como se tivessem, mesmo, letras.

Mas não é apenas na sua grande habilidade como solista que se fica Satriani, ele produz riffs não muito conhecidos, mas dos melhores que sairam de uma 6 cordas, caso de War ou Extremist, em que Satriani puxa uma vez mais da sua velha harmonica e cria uma dualidade de solos entre os dois tão próxima e natural as suas raízes blues. O álbum é todo ele merecedor de atenção, mas ainda melhor é com certeza Rubina's Blu Sky Happiness, uma das malhas melo-dramáticas mais bonitas de sempre, com um riff sacado quase de um bandolim, ou um banjo com uma tonalidade muito country, a lembrar um ambiente bucólico e mais uma vez a demonstrar Satriani como um solista natural. Mas a maioria das pessoas reconhecerá este álbum pela Summer Song, uma das suas músicas intrumentais mais reconhecidas, onde Satriani saca o seu taping/fretting de mão esquerda no braço e recria assim um movimento inédito.
Eu diria que para além de Jimi Hendrix, o estilo de Satriani receb claramente influências de David Gilmour, seja nos Floyd ou a solo, mas principlamente a solo. Satriani localiza-se a par de Gilmour nos blues num contexto progressivo. Quem ouvir o primeiro álbum de David Gilmour a solo, penso que fará elucidado. Bastará ouvir Mihalis.A partir deste álbum a guitarra eléctrica volteou do torpor que atravessou nos anos 80 e levou de batida os sintetizadores, e recuperou peremptóriamente o seu posto na história do rock. Oiçam e não hesitaram em acompanhar a guitarra.....

terça-feira, 29 de julho de 2008

Mars Volta - The Bedlam in Goliath


Talvez a melhor maneira de descrever o som dos Mars Volta seja um caos ordenado. E fazer com que uma música seja audível quando uma banda parece improvisar ao l0ongo de todos os segmentos seja um conceito bem inovador num mundo da música cada vez mais gasto com a massificação da criação musical. Os Mars Volta serão talvez o melhor exemplo de como um som estranha-se, e depois entranha-se, e quem passar a gostar dos Mars Volta dificilmente deixará de gostar deles e da sua música bastante caracterísitca e única.
Eles acabam por quebrar a definição tradicional de que a música é uma sequência ordenada de sons. Eles criam um sentido quando parecem andar à deriva.
Mas o experimentalismo, à medida que se tornam um projecto mais coeso, centrado na voz singular de Cedric Bixler-Zavala, e na guitarra frenética de Omar Rodríguez-Lopez, ambos colegas de banda dos At The Drive-In. The Bedlam in Goliath parece um projecto bastante mais definido, com um ligeiro abandono do psicadelismo presente em Frances The Mute ou em De Loused In the Comatorium. A Par de bandas como os Pink Floyd que diram agora andar à deriva em álbuns como Ummagumma ou Atom Heart Mother, os Mars Volta criaram o seu ambiente de produção de música. Cedric tem uma participação vocal extensa de álbum para álbum, e apesar de as múicas serem grandes, a sua presença vocal é fenomenal.
Para além disso os Mars Volta continuam a optar por álbuns quase-conceptuais, com as músicas sucedendo-se umas às outras de forma praticamente imperceptível caso de Aberinkula e Metatron (a minha preferida do álbum). A paranóia é uma constante no álbum e talvez a guitarra e a voz sejam o nosso mlhor ponto de orientação. A bateria de Thomas Pidregen é extenuante, sempre a um ritmo notoriamente punk bastante visível em Wax Simulacra ou Ilyrien. Há um reforço dos teclados seja pela presença de Ikey Owens ou de Marcel Rodríguez-Lopez, irmão de Omar.
A par de alguma paranóia, não deixa de se notar alguma esquizofrenia, com contrastes acentuados e muito bem entre as músicas, veja-se entre Goliath e a já referida Wax Simulacra. A primeira seria talvez uma das melhores músicas para single com um excelente solo de guitarra e uma excelente participação vocal de Cedric, que mais uma vez consegue vestir personagens através da sua potente voz. Bedlam in Goliath é um bom exemplo de como se é capaz de inovar e ainda demonstrar excelente qualidade instrumental na produção de música.


segunda-feira, 28 de julho de 2008

LTE - 10 anos de ecletismo


Assim que Jordan Rudess ingressou as fileiras dos Dream Theater, Mike Portnoy sucintamente descreveu aquilo que foi o fim de um excelente projecto paralelo: «Now that 3/4 os LTE are 3/5 of Dream Theater, there's no point in keep playing together...». Parece que os LTE tiveram mesmo esse própósito anexar Rudess aos Dream que até aquele momento se recusara a fazer. »But we don't mind in playing live whenever we can...» e fizeram-no de facto, ao ponto de reunirem numa digressão comemorativa dos 10 anos de LTE1. Pena que acções como estas nunca cheguem a terras recônditas.....

domingo, 27 de julho de 2008

Festival Paredes de Coura


Volvidos 2 anos que deixei aquele recinto minhoto, preparo-me para deslocar-me novamente à Praia Fluvial do Tabuão, este ano, como tem acontecido desde então, sem um dos membros ou ex-membros de Queens of The Stone Age, para fazerem a cerimónia. É pena.

Mas o Festival mais alternativo de terras lusas continua com um cartaz muito atractivo, senão o mais atractivo. Desta vez a proenminente Everything is New aliou-se à já organizadora/criadora do Festival Ritmos para criar um entusiasmo pelos Festivais, e arrasar, na minhaopinião ,com o sudoeste, o grande concorrente de Paredes de Coura.

Os Texanos Mars Volta, e os vweteranos do Punk agora reunidos sob a formação original, deram um nome sonante ao Festival. A par deles os Primal Scream e os Thievery Corporation fazem cintilar o nosso espírito festivaleiro. Espero que nos reserve muitas supresas. Para além disso vêm uma das bandas mais cativas do público portugês os belgas dEUS, que virão naquele que é o dia mais promissor deste festival, que já tem 15 anos de edições. Parabéns Paredes.....

sábado, 26 de julho de 2008

O Perfeito exemplo de uma pessoa medíocre

É dificíl descrever um sujeito com este carácter seja de que sexo for. Apenas posso dizer que uma pessoa que escreve isto é apenas motivada ou pela carência de atenção, ou pela inveja. Mas enfim é bom pessoas como estas existirem pois para mim elas servem de exemplo de como não se deve ser, a menos que tenha sido menosprezado durante toda a infância. Se eu lhe conhecesse a fronha saberia como lidar com alguém deste género- Sendo que o cobarde não se revela, exponho todas as suas «virtudes» (se realmente soubesse expor uma crítica mais valia dizer que o comentário estava mal escrito, o que com agrado aceitaria....):

«Innuendo disse...
Parece que este blog voltou ao activo, mas agora com um novo nome. Continua tudo igual, até os comentários, que são sempre da mesma pessoa. Quanto aos Queen, essa "preciosa" informação que agora chegou a ti através da VH1 (os artistas preferidos deles), está disponível há 27 anos, quando foi lançada a compilação de vídeos "Greatest Flix". Que grande achado fizeste tu, meu caro! Até quase que aposto, que o que passou na VH1, não foi mais do que essa colectânea, tendo em conta a criatividade desse canal."o mérito de um artista não conhece tendências sexuais"Esta frase é ridícula. Se acreditasses verdadeiramente nisso, nem sequer tinhas referido o assunto. Não te interessa referir que o Freddie Mercury era gay, porque respeitas os Queen e a sua música. Caso não gostasses deles, era logo um motivo de gozo que mandarias à cara de um amigo qualquer que adorasse os Queen. E depois a Curse, confirma isto que acabei de dizer com aquela do Rufus.Sobre música, não sabes nada. Nunca soubeste. Quanto ao resto, ainda sabes menos.»

E já agora amigo, a forma correcta não é "não sabes nada", mas "não sabes coisa alguma". A tua expressão quer induzir que sei alguma coisa, pois é uma dupla negação. Estou apenas a referir isto porque tu és um erudito na língua de Camões, e não quero que te falte nada...

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Kansas - Carry on Wayward Son

Uma das melhores malhas de rock de sempre. Instrumentalmente fenomenais, e um refrão brutal que desencadeia toda a maravilha do rock....

terça-feira, 22 de julho de 2008

Rush - Rush

Tenho ouvido muito nos últimos dias porque, de facto, é um grande álbum do princípio ao fim, sobretudo para um trio, e para mim a par dos Cream os melhores de sempre, e com certeza bandas como os Muse aspiram ou têm influências em bandas como estas. Estamos em 1973 e por esta altura, muito embora não tivesse ainda nascido, produzia-se outro tipo de música, ou melhor boa música, não seja só a nível técnico, assim como com substância, conteúdo.
Alex Lifeson e Geddy Lee estreiam-se num mundo da múysica bastante competitivo, embora para mim não fosse realmente competitivo, porque como o Sr. Steve Vai pode confirmar há muito mercado para dar e vender, e existem bons fãs e admiradores para todos os gostos e por vezes até para muitas bandas.

No entanto os Rush nunca adquiriram muito sucesso nas terras do velho continente, ao passo que enquanto auctótenes do Candá, aí adquiriram bastante renome, assim como nos Estados Unidos, enchendo estádios e salas, com enormes digressões esgotadas. Estava na expectativa que com Snakes & Arrows os Rush viessem finalmente visitar-nos mas infelizmente fizeram uma pequena digressão europeia. Não admira que os Dream Theater fossem fortemente influenciados por bandas como os Rush, porque a sua música seja a nível do hard rock ou do rock progressivo é espantoso.
A abertura de um álbum é essencial para o impacto que este causar, mas por esta altura os Rush ainda eram um pouco ortodoxos no ramo do rock, com músicas mais concisas, se bem que com um forte pendor instrumental, principalmente das guitarras, com Alex Lifeson a demonstrar o valor de um verdadeiro guitarrista. Finding My Way é um bom exemplo da abertura de um álbum de rock, com um riff pujante, solitário, sendo ao fim de uns compassos acompanhado pela voz esganiçada, forte e caracterísitca de Geddy Lee, que ao mesmo tempo consegue fazer a ligação entre a melódica guitarra e preenher o groove para a bateria. Geddy Lee demonstra tão somente a importância de um baixo numa banda, ainda mais num trio guitarra-baixo-bateria. Pois para além de demarcar o ritmo e o compasso da banda, este situa-se entreo ritmo e a melodia, e magia de Geddy Lee como baixista vê-se bem em What You're Doing, com uma extensa secção instrumental, para além de ter uma boa posição vocal, consegue criar o solo para Alex Lifeson desenvolver a sua virtuosidade. John Rutsey também demonstra algum acompanhamento dos mestres, só que em nada se compara ao que viria enriquecer a banda. Neil Peart, para além de um mestre na bateria foi inovador, e a sua influência é vísivel para bateristas como Mike Portnoy, que aproveitaram uma bateria extensa em recusros técnicos, como em instrumentos, com cimbalinos, bongos e outros instrumentos de ritmo, aliás usual numa banda de rock progressivo. In the mood e Working Man é o melhor exemplo de músicas que adviriam com extensas secções instrumentais, e mudanças de tonalidade, e arranjos complexos. E o nome é tudo menos casual pois a música muda de tom como se de mudança de disposição se tratasse, e imperceptívelmente julgamos que se trata de uma nova música, quando na verdade, é a mesma música, com um grande introdução instrumental. Working Man é, com certeza, a maior lição a retirar deste álbum. Instrumentalmente é evolutiva, com uma guitarra pesada e soberba, e uma jam instrumental pelo meio uqe é tudo menos casual. Working Man é um dos maiores êxitos dos Rush e a única que eles retiraram para o seu álbum de êxitos Spirit of The Radio, quando todo o álbum é fenomenal. Só que nenhuma música nos traz tanto espírito como Working Man. Um álbum não poderia culminar da melhor maneira. A demonstrar um excelnte grupo e os géniso de Lifeson e Lee que mais tarde trariam outro mago para o seu conjunto, o já referido Neil Peart. A grande diferença deste álbum é que não contém nenhuma contribuição de Peart para banda a nível de letras, algo que seria mais tarde uma marca dos Rush, a par de Robert Plant dos Zeppelin , conhecido por introduzir elementos fantásticos na sua música. Tirando Working Man, as letras de Geddy lee, não sendo más, são bastante usuais, muito iguais ao que se assistia na época em outras bandas......

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Queen Weekend


A VH1 é uma televisão dedicada a temas, e ontem foi um bastante especial dedicado aos Queen - o Queen Weekend. Deram um périplo por toda a carreira deles, e o curioso foi a passagem de um vídeo de carreira onde havia uma escrição de todos os membros da banda, onde fiquei a saber que o artista preferido de Freddie Mercury era Elton John, de Roger Taylor era Stevie Wonder, para Brian May foi Jimi Hendrix, todos estes adoram os Beatles e John Deacon é muito afecto aos Police, uma banda que lhes é posterior. Viu-se alguns vídeos antigos onde a irreverência roça ali nos limites do decoro, mas qundo interessa se o mérito de um artista não conhece tendências sexuais. E, é bem verdade....

sábado, 19 de julho de 2008

O Resgate do Soldado Ryan de Steven Spielberg

REALISMO CÉNICO DE GUERRA

Durante anos o cinema foi conhecido por tornar o irreal verosímil, e hipoteticamente possível. Recentemente surgiu uma corrente de realismo televisisvo nu e cru, onde a realidade àspera e cruel é captada ao último detalhe. Sendo um filme de guerra histórico com certeza que tem de ser realista, mas o seu detalhe é impressionante mesmo para um filme de guerra.

Apesar de tudo este filme pode ter desencadeado uma corrente desse género, desde o tratamento de imagem, até à acção incompreensível aos nossos olhos. Refiro-me a realizadores como Michael Mann que abandonaram o prolongamento excessivos de cenas, e dão a cada corte de cena seu uma efemeridade, brevidade e realismo impressionante. Talvez o pico desta corrente se encontre em Mel Gibson que quer representar um realismo exacerbado, como se as câmaras não estivessem e a cena estivesse de facto a ocorrer.... Muito do realismo tem passado para a televisão, para algumas séries onde a preponderância histórica é muito relevante. E o relato cénico dos acontecimentos é importante no conceito da mesma....

Tendo isso em mente ou não, com certeza que Steven Spielberg queria que o seu filme fosse bastante real, e uma fiél representação daquilo que se sucedeu durante o desembarque da Ñormandia. Pelo seu valor histórico, O Resgate do Soldado Ryan conseguiu superar grandes filmes de guerra como A Ponte sobre o Rio Kwai, ou Apocalypse Now, ou Nascido Para Matar, ou para mim o muito bom Inimigo às Portas, apelidado de O Melhor Filme de Guerra de Sempre. Claro que o filme realça o heroísmo norte-americano, o sacrifíco pela liberdade, e não deixa de ser um pouco parcial na sua aproximação. Objeftivamente penso que a nível técnico o filme está excelemente, e faz o espectador envolver-se completamente pelo cenário de guerra, para além de a caracterizar tal e qual ela é, um inferno na terra. Como leigo, O Resgate do Soldado Ryan pode muito bem ser uma reconstituição daquilo que terá acontecido no dia 6 de Junho de 1944, o Dia-D, em que o Comandante Geral das Forças Armadas, o General Norte-Americano Dwight Eisenhower, ordenou o desembarque do seu exército nas praias da Normandia, Norte de França.

Foi uma carnificina sendo que Hitler já esperava o desembarque e ordenou a fortificação da praia, para esperar o desembarque das forças dos Aliados. apesar das inúmeras baixas os Alaidos conseguiram sefurar a praia, perto fim da manhã. Curiosamente o filme é construído à volta de um resgate, como o título sugere, pelo que se trata de uma missão de salvamento, no meio de um conflito armado. Ryan (Matt Damon) é o último dos filhos sobreviventes da famíla Ryan, todos recrutados para a Guerra. Captain Miller (Tom Hanks) lidera uma companhia para recrutar Ryan e devolvê-lo à família. Claro que a visão americana não poderia deixar de lado o seu retrato heróico durante o conflito e a bravura com que enfrentaram as forças do eixo. Mas mais do que isso, o filme transporta-nos directamente para o conflito, como se fossemos um elemento da qequipa, Spielberg socorre-se da visão na primeira pessoa, para slém dos detalhes da figuração, que se comportam como um actor por si mesmos, contribuindo muito para o retrato não só fisíco, mas psicológico da Guerra. E se queremos demonstrar realmente o seu horror, não pode haver censura, qualquer que ela seja, e Spielberg não hseista em focar as entranhas de fora, os braços amputados, o sangue, a perda da vida humana num efémero segundo.
Para além do desembarque da Normandia, o filme visualiza ainda a re-conquista de França, pelo que mostra bem as batalhas em cenário urbano que constituiram em muito a II Guerra e que Inimigo às Portas demonstra igualmente no mesmo sentido. Aliás este último foi um filme claramente influenciado pelo primeiro, seja em técnica e em abordagem.
O Filme é espectacular na recriação dos cenários, e na lento avanço que foi desde o desembarque na Normandia até Berlim, que demorou quase um ano.
Apesar de parcial, o heroísmo de guerra foi merecidamente tratado sendo igualado e ultrapassado apenas pelos soldados soviéticos. Não sei se é o melhor, mas arriscava a dizer que é o melhor que conheço, sobretudo por nos demonstrar a realidade da Guerra, especialmente a mais destrutiva de todas.....

terça-feira, 15 de julho de 2008

Jeff Buckley - Mojo Pin (Ao vivo)

Muitoss génios morrem cedo, mas apenas fisicamente. Têm a felicidade de viver para sempre nas nossas memórias.....

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Deadwood - Genérico

Uma das mais bonitas e formidáveis séries históricas de sempre, e com o melhor genérico que conheço (excelente fotografia). Com o selo de qualidade da HBO. Passou despercebida em Portugal, mas valeu-nos a SIC Radical neste aspecto.....

domingo, 13 de julho de 2008

OSI - Office of Strategic Influence

Quem gosta de Dream Theater acaba por adorar a música em toda a sua extensão. Podia dizer-vos agora as dezenas de bandas que os Dream Theater me levaram a conhecer seja por projectos paralelos, colaborações, influências, ou até mesmo, coberturas que costumam fazer nos seus concertos. Também por esta razão são uma das minhas bandas preferidas e elemento integrante da minha personalidade. O seu tecnicismo e estilo eclético, para além de uma enorme criatividade, fazem dos Dream Theater uma das grandes bandas, para mim pelo menos.

Um dos seus elementos, um dos maiores bateristas de sempre, Mike Portnoy é a par de poucas outras pessoas no mundo da música, um homem de mil projectos. Cada trabalho seu tem como que um selo de qualidade. Já tive oportunidadede me pronunciar sobre os Transatlantic, sobre os Liquid Tension Experiment, mas hoje é a vez de se falar de uma banda com um nome tudo menos casual - os Office of Strategic Influence (de agora em diante OSI). Estamos em 2003 e a guerra do Iraque acaba de rebentar, Donald Rumsfeld secretário de Estado da Defesa da Administração Bush, fala da criação de uma Agência de Estado destinada a prom0over relaçãoes bilaterais de influência geo-estratégica militar e política em matéria de relações internacionais entre Estados.
Jim Matheos (guitarrista da banda de metal progressivo Fates Warning) não poderia estar melhor acordo quanto à sua nova banda, e como tópico para um novo álbum. Com ele estava Kevin Moore (ex-teclista de Dream Theater e Fates Warning) que prosseguia a sua carreira a solo com Chroma Key . A conspiração política e militar servia de tema filosófico para um bom álbum de rock metal progressivo. O projecto não estaria completo sem a presença de Mike Portnoy, o aclamado baterista de Dream Theater, que estava ansioso para trabalhar com o seu antigo colega de banda e com um guitarrista admirável.
De facto, Office of Strategic Influence é sem dúvida um album peculiar, mas comum entre outros de rock/metal progressivo, de que se pouco conhecem de entre a editora Inside Out, Muito apelativo e escrito em tempo record, os OSI nunca chegaram a actuar ao vivo sendo que Mike Portnoy tinha por mãos a World Turbulence Tour e ainda a gravação de Train of Thought para fazer.
Genial foi a banda conseguir fazer uma música instrumental de 17 minutos, que resume o álbum praticamente todo, na edição especial sobre o título The Thing That Never Was (uma referência aos Metallica com The Thing That Should Not Be?), poque talvez fosse apenas um preâmbulo do álbum, nunca devesse ser lançado.
Para quem desconhece Fates Warning fica aqui com a possiblidade de ver um grnde riff meister em acção, brilhabnte executante das seis cordas mas muito pouco solista, bem ao estilo de Geoff Tyson dos T-Ride. A guitarra de Jim Matheos, que também coube a gravação do baixo, e a bateria são sem dúvida o grande forte do álbum, sendo que os teclados de Kevin Moore criam um bom abiente, soturno e misterioso, bem enquadrado no tema de conspiração política que rodeia o álbum. A abertura do álbum, The New Math He Said, começa com um riff poderoso de guitarra a seguir um discurso de Estado americano, que encaixa que nem uma luva, quase como se de uma banda sonora de uma Guerra-Relâmpago se tratasse (soaria bem como fundo da invasão do Iraque pelos EUA), as declarações do porta-voz da casa branca são geniais, a anteceder cada riff de guitarra «If you know where Bin Laden is, Just tell me where...». Grande parte das músicas contam com as vozes de Kevin Morre, bastante electrónicas e artificiais, aliás habitual nos Chroma Key. OSI e Horseshoes and B-52's ou Hello, Helicopter são exemplo da presença das vozes de Kevin e da sua visão orwelliana do mundo. Com certeza Ofiice of Strategic Influence poderá apenas ter uma concepção política desse género na sua base, onde Estados supremacistas e de grande extensão territorial impõe a sua hegemonia, para além de uma sociedade vigiada por poderosos meios electrónicos, onde o indivíduo é absorvido pelo Estado e pelo colectivo, sobretudo visível em Memory Daydream Lapses.
O álbum tem também boas músicas instrumentais, caso disso é a referida OSI, que abre o álbum e na edição limitada The Thing That Never Was. Um doas grande spontos fortes do áçlbum tem destaque para a intervenção da referência na cena do rock/metal progressivo, Steven Wilson, que trabalha no segundo maior tema do álbum Shut Down, com a sua concepção habitual de abstracção e alienação, neste caso num contexto de guerra. Os contributos vocais de Wilson são, de facto excelentes, ou não fosse ele quem é. Consegue-se ver neste caso aquilo que é habitual vermos nas bandas progressivas, falar sobre temas metafísicos e abstractos, que não é natural ver noutros estilos musicais. O estilo progressivo acaba por ser um estilo musical muito espiritualista e psicológico, o que não é de stranhar tanto pela atitude dos seus artistas comono desenvolvimento de grandes peças musicais.
Este seria contudo o único contributo de Mike Portnoy para banda, que continuou em Free, o que é pena porque a bateria de Portnoy era bem ajustada.
Na edição limitada pode-se ainda ver para além de alguns vídeos de produção um over de Pink Floyd na era psicadélica em Set The Controls For The Heart of The Sun, e de Neil Young com New Mama, e a brutal épica instrumental The Thing That Never Was.


sexta-feira, 11 de julho de 2008

Rage Against The Machine - 10 de Julho, Optimus Alive Algés


Desde que tornei fã dos Rage Against The Machine, sonhava com desalento um dia poder vera fúria enm palco e ao vivo, sem a mediação de um ecrã. Entretia-me com as visitas raras dos Audioslave (duas tanto quanto sei, que na útlima no SBSR de 2005 fizeram a proeza de fazer três covers dos Rage). Há cerca de ano e meio foi uma surpresa, inesperada mesmo, quando os RATM confirmaram sua presença no Festival de Coachella. Depois de alguns concertos por vários países a Everything is New conseguiu trazer o quarteto revolucionário ao nosso país e fazer brilhar o cartaz mais uma vez com um grande nome inesperado. Esse vai ser o lema do Alive.

Depois de aturar algumas bandas execráveis, de origem sueca, cuja técnica, e dote nos instrumentos apenas pode ser duvidoso, por volta da uma da manhã, o som da sirene tocava, como que uma chamada para a guerra. «Testify» é o discurso de partida, e a multidão começa ao rubro despoletando a confusão e adrelanina ao som da guitarra ecoante de Tom Morello e o groove poderoso do baixo funk de Tim Bob. Os RATM não precisam de grande alarido, nem de grandes representações, a simplicidade e a revolta está presente em toda a sua actuação. Muito embora tenha faltado alguma interacção com o público, Zack não deixou de frisar a importância da literatura de José Saramago como nobel identificado como ideal comunista. Hoje as suas letras pertencem ao mundo diz Zack.




Mas adrenalina não pararia durante uma hora seriamos bombardeados por um clima de guerra, algo que apenas os RATM podem oferecer, ou como diria Duro (Jel dos Kalashnikov) não há tempo para fucking canções de amor..... Apesar do esforço o público conseguiu acompanhar e vibrar com as músicas em cada riff, e atitude dos RATM não deixaria de estar presente em todas as músicas, com a banda a visitar o melhor dos três albuns, negligenciando o álbum de covers remisturadas, mas brilhantemente executadas de Renegades. Bombtrack, a célebre canção de abertura animaria ainda mais a energia que já se fazia sentir na audiência e com os corpos a suar em bica. Viam-se poucas raparigas, mas que estavam presentes eram como nossas amigas camaradas a testemunhar o acontecimento e a aguentarem a testosterana muito bem. Numa situação daquelas muito pouco se pode fazer, ou nada, e curtir o concerto para que posssa passar mais depressa. Não deixa de haver a regra básica de que se alguém cai devems ajudá-los a levantarem-se, e essa consciência é visível por todos na audiência.




O Evil Empire seria bem representado com Bulls On Parade, People of The Sun e a poderosa Tire Me. O arranjo clássico em Bulls On Parade com especial destaque para a parte instrumental, e a bateria simples de Brad Wilk, que não deixa de ter um poder imenso, que cobre bem os solos de guitarra juntamente com o baixo forte e sentido de Tim Bob. Ao que não faltou na Calm Like a Bomb, com o célebre solo de baixa de entrada, e aguitarra de Tom Morello que é tão inacreditável em álbum como ao vivo. Como é que le faz aquelas cenas? Inacreditável. E com as malhas instrumentais em crescendo que aproximam o rebentar, ou climax da música se se quiser (essa é um característica muito própria dos RATM) quando se ouve «And tha riot be the rhyme of the unheard/ Whatcha sayin' Wactha say what/ So calm like a bomb». Tom Morello é sem dúvida um riff meister muito pouco igualável. Exibindo e trocando frequentemente as suas guitarras, ao passo que Tim Bob nunca poucas vezes largou o seu Fender Jazz Bazz creme. Mas isso era óptimo porque Morello usa frequentemente guitarras nas músicas, o que significava que nos podíamos antecipar, caso de Guerilla Radio que acontece sempre quando ela pega na guitarra preta e vermelha e se desloca para junto do amplificador. Quanto ao poder de Brad Wilk, ele é dos melhores bateristas da escola de Joh n Bonham. Um set de bateria aparentemnte simples, mas rápido nas transições de riff, sinal para o despoletar da fúria e não faltando a caixa chinesa que viria a ser necessária mais à frente para o encore. Mas todos queríamos também uma boa fatia do álbum homónimo, um dos melhores álbuns de metal/hard rock de sempre, e eles far-nos iam essa gentileza, tocando todas as músicas a seguir umas às outras. Foram um pouco profissionais de mais, quase que a preencher calendário, não obstante há 12 anos que não os víamos.



Bullet in the Head e Know Your enemy foram lançadas como tiroteio para audiência, sobretudo Know Your Enemy cujo som poderosíssimo rasgava cada vez que Tom Morello lançva aquele riff. Bullet in the Head um pouco mais compassada dava para o pessoal descansar e recuperar o fôlego. War within a Breath um pouco esquecida para os leigos dos RATMteve a sua presença, com um refrão tão poderoso como uma guerra-relâmpago. Mas por volta de uma hora, cerca das 2 da manhã era hora de terminar o cncerto, e a banda foi para o encore. Curtos e concisos mas verdadeiros os RATM voltariam para tocar umas das suas melhores músicas do seu reportório Freedom. Instrumentalmente brutal, com um grande forte da guitarra, e uma sletras no mínimo apelativas. A adrenalina era constante, mas a aprte que sucede o excelente solo de guitarra desencadeia o rubro «struck back». depois do caos final, a remisturação que já faziam anteriormente com parte de Township rebellion deixou-nos mais confusos mas a curtir o riff pausado e poderoso.

Mas só havia duas maneiras de culminarem o concerto e só poderia ser em matar a energia que tínhamos de reserva em nome deles. E este é um dos riffs mais conhecidos da história do rock. A música da contestação por excelência, levou-nos a gritar todos no final «Fuck you I won't do what you tell me...». O elogio à desobediência civil, para ser politicamente correcto, e sim os Kalashnikov foram a verdadeira banda de abertura. Faltaam muitas músicas mas para quem é fã contenta-se e fica insatisfeito sempre que vê a sua banda.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Rage Against The Machine - Regresso (des)esperado


O primeiro texto que publiquei, denominaod Sound of Anger no já enterrado Music Against The Machine, um nome que só por essa designação só pode ser suspeito. Este quarteto é e continua a ser a minha banda de eleição. Todos temos um grupo que nos acompanha na formação enquanto pessoas, que nos agarra como obsessão e depois passam a ser íc0ones de estimação. Os Rage Against The machine foram a banda com que me identifiquei desde o primeiro momento, a música agressiva e o som corroído, com uns riffs pujantes, uma bateria simples e preenchida, e um baixo inovador, comparavel apenas ao de John Entwistle dos The Who, e igulável ao Flea de Red Hot Cilli Peppers. E as letras tudo menos ignoráveis, sendo das primeiras bandas cujo conceito se orientava para a contestação e a consicência política e económica dos seus ouvintes. É indiscutível, os Rage Against The machine são um marco do rock dos anos 90.

Tudo começou quando Tom Morello, um estudante promissor do curso de Ciência Política da universidade de Harvard, auto-didacta passara cerca de 9 horas por dia juntamente com o seu amigo Adam Jones (guitarrista dos Tool), tornaram-se mestres e criadores de uma nova forma de tocar as 6 cordas, especialmente Morello. Este abandona os Lock Up, e num pequeno bar vê uma actuação dos Inside Out, cujo vocalista manifesta nas suas letras ideias políticas e de guerilha e luta revolucionária, sobretudo esquerda marxista e anarco-sindicalista e alguns activistas de direitos civis como Martin Luther King e Malcom X. Os RATM lutam e imprimem na sua música tudo o que seja luta contra o poder, daí que eles apoiem entre outros movimentos, a Libertação do Tíbete da China comunista, muito embora os RATM se identifiquem mais como um ideal anti-capitalista do que comunista no verdadeiro sentido da palavra. Zack apresentou o seu amigo de infância Timothy Commerford (Tim Bob) ao grupo, cujo domínio do baixo era já bastante bom para quem não tinha uma grande formação musical de base. Entretanto, Morello trouxe consigo um baterista da escola de Joh Bonham dos Zeppelin, dos que sacam qualquer batida num simples bateria de rock, Brad Wilk, que já tinha anteriormente trabalhado com Eddie Veder num pequeno Projecto de garagem.

Zack de la Rocha tem como maior influência, para além de Ernesto «Che» Guevara e Martin Luther King, o seu pai Bento de la Rocha. Não admira que os RATM nunca tivessem músicas de amor, e issso pareceria provavelmente aberrante. A revolta, a frustração e as vidas destruídas por um sistema corrompido, protector de uma elite. Não admira que os fãs de RATM sejam em grande parte jovens, contestatários, e os RATM são das poucas bandas que têm muito a ensinar aos seus ouvintes, desenvolvem o interesse dos jovens pela política e pela economia, cpomo os mobiliza moralmente para uma verdadeira justiça. Dái que os RATM apesar da sua atitude anti-capitalista contraponham que tocar em grandes festivias, para além de merecido e terem uma grande editora a suportá-los, sejam meros instrumentos para massificar a sua mensagem, que deve chegar ao maior segmento da população posível, sobretudo os jovens que hoje facilmente são seduzidos por uma economia de consumo e de imagem, algo que os RATM sempre se revoltaram à instrumentalização do indivíduo pelas máquinas económicas e políticas.
E melhor momento para o regresso não podia ter sido escolhido para regressarem ao activo, e não foi por motivos de dinheiro porque como músicos dar-se-iam melhor com Zack fora do baralho e Chris Cornell a bordo dos Audioslave. a mudança de administração foi uma das maiores conquistas do movimento neo-conservadore que se representa facilmente no Partido Republicano e nalguns segmentos do Partido Democrático norte-americano. As mentalidades mudaram um pouco desde que os RATM sairam de cena, e as juventudes são um pouco mais conformadas do que eram há uns anos atrás. Os RAtm nunca cederam no seu patrocínio a causas tanto financeiramente, como em mobilização. A causa dos zpatistas ou dos índio tibetanos nunca teriam sido tão conhecidas senão através das letras do revolucionário Zack de la Rocha.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Cat Stevens - The Very Best Of


Cat Stevens é como os América o catalizador da música introspectiva e provavelemente foco de influência para tantos senhoras e senhores liricistas que pegam nas guitarras acústicas e fazem um abiente descontraído, reflexivo e ponderado onde a elevação do espírito e da mente é o verdadeiro propósito humano. sim Cat Stevens é o canta-autor.
Muitos dizem que a melhor maneira de conhecer um artista pela sua colectânea de mlhores êxitos. Não sei se isso é bem assim, mas não tenho argumentos para contrapôr. Tem, de facto, uma facilidade: o leigo consegue reconhecer mais fácilmente os êxitos e estimular o interesse que pode ter no trabalho do músico. E se Cat Stevens não tem êxitos. O melhores dos mlhores, a nata da nata está compilada neste pequeno álbum, que saem sempre por iniciativa das editoras para pomoverem os seus lucros, que, continuam em rota descendente se a estratégia não descer e depressa. Não é estranho que cada vez os cd's tenham um trabalho artísitco e uma elaboração cada vez mais refinada. Apelar ao objecxto físico é algo que apela a qualquer verdadeiro fã de música em geral.
Contudo, esta edição é bem modesta mas dá para um desconhecedor explorar o fantástico mundo zen de Yussuf Islam. Desdee os finais da década de 60, onde Stevens actuava bem numa geração irreverente proeminente, e as concepções hippies, mantendo o seu estilo bem característico e voz de profeta num mundo que permanecia cada vez mais profano e corriqueiro. Sem dúvida que Cat Stevens é um marco do espiritualismo pessoal que actuação com sentimento profundo facilmente se reflectia na música, na sua simplicidade e singeleza. É esse o maior legado de Stevens, sernidade, humildade e compaixão, cuja posição na vida poderá ter muito bem como exemplo Jesus Cristo, não bstante ter-se convertido ao Islamismo. »I Believe you're old and happy...»

domingo, 6 de julho de 2008

Vitória Hispânica numa final histórica


Rafa Nadal está a tornar-se o pesadelo do maestro suiço. A elegância de Federer não parece aguentar a força e a precisão de Rafa. Desde 1980, que ninguém igualou o feito de Björn Börg, fazendo a dobradinha em Roland Garros e em Wimbledon. Esta é sem dúvida a melhor época de Rafa Nadal que acumula assim o seu 5º título de Grand Slam, e tornou-se definitivamente o carrasco do Maestro, pelos parciais de 6-4, 6-4, 6-7, 6-7 e 9-7, num encontro que foi interrompido por duas vezes pela chuva que favoreceu a intervenção para Federer. Mas por estes parciais via-se mesmo que o hispâncio merecia ganhar. A sua constância foi esmagadora.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Sofie revela futuro a Ben

Ben Hawkins olha suspiciosamente para o seu futuro, incrédulo no que Sofie lhe destina nos próximos anos. Se calhar muitos de nós também desperdiçamos os nossos talentos de uma forma inacreditável...

Regresso dos Barbudos


As lendas vivas do Blues rock, com guitarradas e muita atitude e barbas possantes vêm a Portugal demonstrar o rock da américa profunda. Billy Gibbons, Dusty Hill e Frank Beard, curiosamente o único membro da banda sem barba vêm encher os nortenhos de puro rock and roll.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Cat Stevens - Father and Son

Um dos maiores canta-autores de todos os tempos. A sua vida, as letras inspiradoras e a música introspectiva hão-de ecoar para sempre nos nossos corações. Já lá via o tempo em que tratava a música nobre com desdém. Obrigado pela revelação Cat Stevens......

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Carnivale - Misticismo em Época de Depressão



Carnivale pertence a um elenco de séries da HBO que passaram um pouco despercebidas ao público português. Talvez por isso, juntamente com Deadwood e A Escuta, sejam daquele elenco as mais acessíveis para as nossas bolsas, mas nem por isso de menor qualidade. Lembro-me de ver alguns dos episódios que passaram pela Sic Radical, antes de comprar as séries.

Carnivale é um apelo à magia. Essa ideia é imediatamente frisada aquandoi da abertura da série, quando Samson, o anão gestor do circo ambulante profecia um passado quase biblíco e nevrálgico onde o bem e o mal se degladiavam numa batalha épica. Esse misticismo biblíco está presente, de uma maneira aproximada à que podemos rever em o Senhor dos Anéis, mas de uma maneira diferente, porque o sagrado e o profano convivem mundanamente de uma maneira psicologicamente perturbadora, e a série não deixa de caracterizar isso mutio bem, porque, de facto não há heróis nesta história, pelo menos nos princípios, e mesmo os que vão aparecendo não são perfeitos e muitas vezes deparam-se em que para fazerem algo de bom têm de produzir mal por outro lado. E o ponto forte da série é, sem dúvida, a conciliação entre o real e o mito, ou a magia.

A história começa num local inóspito e decadente, cronologicamente stuamo-nos na Grande Depressão de 1929-32. Um período muito conturbado, atravessado por enormes tumultos sociais, fome e revolta, a que os E.U.A. conseguiram responder sem uma revolução. Ben Hawkins (Nick Stahl)assiste à morte da sua mãe, e tenta confortá-la no seu leito da morte, mas esta afásta-o e repudia-o, ao que apenas mais tarde descobriremos o porquê desta rispidez e rancor. Ben é uma pessoa atormentada no espírito e devo dizer que as seuquências de sonhos são das mais belas e assustadoras que tive oportunidade de asistir. E, de outro modo não poderia ser porque os sonhos são laços ao passado de Ben e a um tal indivíduo de nome Scudder. Ben visualiza também outra pessoa nos seus sonhos, o Irmão Justin, um homem deuma profunda fé e força de vontade em Deus, cujos desejos têm uma estranha possibilidade de se materializar, mesmo que sejam de facto suspiros. Nem Ben, nem Justin se conhecem, no entanto visualizam-se um ao outro em sonhos, onde a dor e o sofrimento é predominante.
Ben trava então conhecimento com um grupo circense, denominado Carnivale, onde conhece Sofie, uma cartomante,cuja mãe se encontra num estado vegetativo, e indica-lhe que este tem um grande talento que se encontra desperdiçado. Curiosamente Ben Hawkins apesar do se estatuto de Avatar, é uma personagem bastante humilde, e muito poucos confiam nas usas capacidades. Inevitavelmente e, isso é o belo que a série nos transmite, é que todas as personagens são humanamente falíveis, com medos, dilemas, determinações, e sobretudo perdidas e a precisar de orientação. Os argumentistas brilhantemente conseguiram introduziram mitologia, que apenas na segunda temporada é completamente desmistificada, sendo que durante a primeira temporada as personagens vão-se apercebendo ligeiramente do papel que desempenham. O dilema moral do Irmão Justin que está mergulhado numa fé que em nada se encontra com o destino que lhe foi préviamente definido permanecendo o seu passado obscuro mutio graças à sua irmã, está muito bem retratado por Clancy Brown que está acostumado a representar vilões veste muito bem o cordeiro na pele de lobo.

Carnivale é uma excelente produção televisiva não apenas a nível técnico como também com um brilhante guião que concilia o mito, e mistura-nos nos nossos maiores medos sociais, nos sonhos e algures numa natureza humana animalística algo perdida.